Receba os novos posts desta coluna no seu e-mailQuando garoto, Joelison Fernandes ouviu centenas de vezes que deveria jogar basquete ou vôlei. Atualmente com 2,37m de altura, o homem mais alto do Brasil queria muito poder escolher a primeira opção, mas a cidade dele, a pequena Assunção, no sertão da Paraíba, não tem nenhuma quadra de basquete para seus menos de 5 mil habitantes praticarem o esporte. Show Só hoje (3), aos 36 anos, é que Ninão, como é conhecido, fará sua estreia como atleta, em um esporte que ele nem sabia que existia, e já com expectativa de revolucionar o status do Brasil no cenário internacional do vôlei sentado, uma adaptação, para o movimento paralímpico, do tradicional vôlei de quadra. RelacionadasToda a lógica do vôlei sentado é a mesma do tradicional, com a diferença que os atletas, deficientes físicos, devem permanecer sentados no chão, em uma quadra menor. Na impossibilidade de saltar, a vantagem do atacante sobre o bloqueio é proporcional a quanto sua envergadura é maior do que a envergadura de quem está no outro lado da quadra. Isso ficou ainda mais claro depois que o Irã passou a contar com MortezaMehrzad, segundo homem mais alto do mundo, que de pé tem 2,46m, ainda que uma perna seja 15 centímetros maior que a outra — o que o torna um deficiente físico apto ao vôlei sentado. Com ele atacando quase todas as bolas quando está na rede, o Irã ganhou as duas últimas Paralimpíadas. Apenas nove centímetros mais baixo, Ninão pode ser a chave para levar o Brasil passar a brigar pelo ouro também no vôlei paralímpico, depois de dois quartos lugares na Rio-2016 e em Tóquio. "Eu não conhecia a história desse rapaz do Irã até conhecer o vôlei sentado. O interesse do professor Fernando foi esse: colocar minha altura para competir com ele e se Deus permitir no Mundial a gente vai se encontrar", diz Ninão. Fernando, no caso, é Fernando Guimarães, técnico da seleção brasileira e da equipe do Paulistano, de São Paulo. Foi ele quem procurou Ninão e o convidou para fazer parte do clube e começar a treinar com a seleção assim que teve seus primeiros contatos com uma bola de vôlei. Natural do sertão da Paraíba, Ninão trabalhava como garoto-propaganda de comércios da região, utilizando sua altura para atrair a atenção de clientes. Em dezembro do ano passado, ele precisou amputar a perna direita abaixo do joelho, por conta de uma osteomielite, doença infecciosa que atinge os ossos. Ele sofria com dores há anos, e passou pela cirurgia para ter uma melhor qualidade de vida. A operação foi noticiada na imprensa e chamou a atenção do técnico da seleção de vôlei sentado, uma vez que, com a perna amputada, Ninão é elegível para este esporte paralímpico. Convidado, assinou contrato profissional com o Paulistano e se apaixonou pelo esporte. "Foi amor à primeira vista", afirma. A estreia no vôlei sentado será neste sábado, pelo Campeonato Paulista, em rodada dupla, com jogos do Paulistano contra o São José e o Barueri. Como o gigante não tinha nenhuma prática com o vôlei, por enquanto ele é reserva, mas deverá ser utilizado durante os jogos. A ideia é que, no futuro, ele seja a bola de segurança do time e da seleção brasileira, passando por cima dos bloqueios adversários. "O intuito é esse, mas para isso eu tenho que treinar muito ainda, tenho que aprender muito ainda", reconhece o jogador, que já está convocado para o Campeonato Mundial, que vai acontecer em novembro em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina. "A vinda do Ninão deu um alento maior, a equipe recebeu ele com muito carinho e foi visível que ele gostou, isso pode ser um divisor de águas. Vamos fazer um trabalho específico com muito carinho e empenho faltando apenas três meses para o mundial. Sabemos que é precoce, mas ele poderá nos ajudar", comentou o treinador. Atletas da Seleção BrasileiraCARLOS EDUARDO BARRETO SILVA (KADU) – PONTEIRO EDUARDO CARÍSIO SOBRINHO (CARÍSIO) – LEVANTADOR FELIPE
MOREIRA ROQUE (F. ROQUE) – OPOSTO FERNANDO GIL KRILING (F. CACHOPA) – LEVANTADOR FLÁVIO CÉSAR REDENDE GUALBERTO (FLÁVIO) – CENTRAL HENRIQUE DANTAS NOBREGA HONORATO (HONORATO) – PONTEIRO MAIQUE
REIS NASCIMENTO (MAIQUE) – LÍBERO MATHEUS BISPO DOS SANTOS (MATHEUS) – CENTRAL RODRIGO PIMENTAL SOUZA LEÃO (RODRIGUINHO) – PONTEIRO THIAGO PONTES VELOSO (THIAGUINHO) – LEVANTADOR VICTOR
ALEXSANDER ALMEIRA CARDOSO (VICTOR) – PONTEIRO COMISSÃO TÉCNICA Qual a altura dos jogadores de vôlei da seleção brasileira?A média de estatura da seleção brasileira de vôlei que disputou a liga mundial de 2012, incluindo a estatura dos líberos foi de 197,04 cm. Contudo, a média dos jogadores da seleção brasileira sem a inclusão do líbero foi de 197,82 cm, e a média dos jogadores da superliga sem a inclusão dos líberos foi de 197,8 cm.
Qual o jogador de vôlei mais baixo do Brasil?Contrariando uma tendência mundial, que pede jogadores cada vez mais altos, o levantador Hermison, 1,70 m, disputa pela sexta vez a Superliga de vôlei, a principal competição interclubes no país. Segundo dados da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Hermison, 27, é o atleta mais baixo da história do torneio.
Qual a altura mínima para jogar vôlei masculino?Então, para o voleibolista brasileiro fazer parte da elite desse esporte precisa ter no mínimo 190 cm e possuir 200 cm ou mais, geralmente o mais baixo atua como defensor e o jogador com estatura mais elevada de bloqueador.
Quem é a mais alta da seleção brasileira de vôlei?Julia Bergmann é a jogadora mais alta da formação que está atuando na Liga das Nações (com Macris, Carol, Diana, Lorenne e Pri Daroit). “Estou muito feliz de jogar a Liga das Nações pelo Brasil. Foi meu primeiro jogo como titular na seleção adulta e estava um pouco nervosa no começo, mas as meninas me ajudaram muito.
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