Qual adição mais recente da tabela periódica com número atômico 118?

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Desde a sua composição pelo químico e inventor Dimitri Mendeleev, na segunda metade do século XIX, a tabela periódica ficou sujeita a constantes atualizações. Algum tempo depois de sua ampla adoção, foram descobertos o gálio e o germânio, cujas propriedades preenchiam satisfatoriamente as lacunas da tabela, previstas anos antes por Mendeleev.

O último elemento químico que se presumia ocorresse espontaneamente na natureza, o frâncio, foi descoberto em 1939. Em 1971, porém, cientistas identificaram pequenas partículas de plutônio que se formavam naturalmente. Quase ao mesmo tempo em que os últimos elementos de formação espontânea iam sendo adicionados à tabela, pesquisadores realizavam experiências com o urânio e o plutônio, que, ao terem seus átomos bombardeados por outras partículas (como por exemplo, nêutrons ou partículas carregadas de movimento rápido), dão origem a novos entes, os chamados elementos sintéticos. É esta a principal vertente na qual a química atual investe, no que tange à descoberta de novos elementos, todos artificiais em essência, ou seja, sintetizados em laboratório.

Assim, os elementos mais recentes da tabela periódica são ao mesmo tempo classificados como transurânicos, por terem número atômico maior que 92 e sintéticos, pela fabricação artificial. Como a tabela periódica conta, ao momento da composição deste artigo (04/2012), com 118 elementos classificados, temos 26 elementos transurânicos e 20 elementos sintéticos. Nos últimos vinte anos, nove foram os elementos adicionados à tabela periódica:

  • 110 - Darmstadtium (Ds) - 1994
  • 111 - Roentgenium (Rg) - 1994
  • 112 - Copernicium (Cn) - 1996
  • 113 - Ununtrium (Uut) - 2003
  • 114 - Ununquadium (Uuq) - 1999
  • 115 - Ununpentium (Uup) - 2003
  • 116 - Ununhexium (Uuh) - 2000
  • 117 - Ununseptium (Uus) - 2010
  • 118 - Ununoctium (Uuo) - 2012

As principais características de todos estes elementos, além de não terem na prática um uso definido, é que são todos radioativos, tem uma vida média brevíssima, em muitos casos, poucos segundos ou às vezes menos, e em consequencia, sofrem um processo chamado "decaimento", que consiste na conversão, ao momento em que sua vida média cessa, em elementos de massa atômica menor.

Até o momento, apenas três destes elementos listados possuem nome definido, que é selecionado pelo IUPAC - em inglês, International Union of Pure and Applied Chemistry ou União Internacional de Química Pura e Aplicada. O Darmstadium recebe o nome da cidade onde foi pela primeira vez sintetizado - Darmstad, na Alemanha; o Roentgenium, batizado em homenagem a Wilhelm Conrad Röntgen, o descobridor do Raio-X; o Copernicium deve seu nome ao astrônomo polonês Nicolau Copérnico.

Os elementos seguintes não possuem nome definido. Seu nome provisório é apenas o equivalente em latim para os numerais 113 a 118 (ununtrium é a forma latina de cento e treze, e assim por diante). Mas a qualquer momento a IUPAC pode atribuir uma nomenclatura definitiva a estes elementos, que receberão, provavelmente nomes de personalidades, ou das cidades onde foram sintetizados pela primeira vez.

Bibliografia:
CHABOT, George. How are synthetic elements made? (em inglês). Disponível em <http://hps.org/publicinformation/ate/q4086.html>. Acesso em: 06 abr. 2012.

KULKAMI, Mayuri. Synthetic Elements (em inglês). Disponível em <http://www.buzzle.com/articles/synthetic-elements.html>. Acesso em: 06 abr. 2012.

Synthetic elements (em inglês). Disponível em <http://www.infoplease.com/ce6/sci/A0847507.html>. Acesso em: 06 abr. 2012.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/quimica/elementos-quimicos-recentemente-adicionados-a-tabela-periodica/

4 janeiro 2016

Qual adição mais recente da tabela periódica com número atômico 118?

Crédito, SPL

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Novos elementos foram criados pelo homem e são altamente radioativos

Livros de química em todo o mundo ficaram desatualizados depois que a União Internacional de Química Pura e Aplicada confirmou a descoberta de quatro novos elementos.

Trata-se dos elementos 113, 115, 117 e 118, identificados nas últimas décadas por cientistas russos, japoneses e americanos e que completam a sétima fila da tabela periódica.

Eles ainda não têm um nome oficial. Por enquanto, são conhecidos como unúntrio (Uut, ou elemento 113), unumpêntio (Uup, ou elemento 115), ununséptio (Uus, ou elemento 117) e ununóctio (Uuo, ou elemento 118).

Os pesquisadores que descobriram esses elementos sintéticos devem batizá-los nos próximos meses com um nome mitológico, de um mineral, um lugar ou país, uma propriedade ou inclusive de um cientista.

Em 2009, por exemplo, o elemento químico 112 foi batizado como Copernício, em homenagem ao astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), e com o símbolo Cn.

Os quatro novos elementos não são encontrados na natureza. Eles foram criados pelo homem. São altamente radioativos e só se mantêm estáveis por alguns segundos ou até mesmo por um mero milissegundo.

Essa característica dificulta seu estudo e, por isso, ainda não se sabe como podem ser usados na prática.

Elemento asiático

O elemento 113 pode ter uma vida tão reduzida quanto a de um milissegundo, e sua instabilidade é tal que, até agora, é inútil para uso industrial. Por enquanto, só é utilizado em pesquisas científicas.

A primeira vez em que falou da descoberta deste elemento por uma equipe formada por russos e americanos foi em 2003. Mas só em 2012 a equipe do cientista japonês Kosuke Morita, da Universidade de Kyushu, confirmou sua existência.

Trata-se do primeiro elemento sintético produzido no Japão, e é resultado da desintegração do elemento 115. O isótopo mais estável do Uut, o 286-Ut, tem uma vida útil de 20 segundos.

Microvida

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Kosuke Morita liderou a equipe japonesa que confirmou existência do elemento 113

O elemento 115, o unumpêntio, existe por menos de um segundo antes de se decompor em átomos mais leves e é altamente radioativo.

Cientistas russos o relataram pela primeira vez em 2004. Nove anos depois, especialistas de uma universidade sueca confirmaram sua existência a partir de novas evidências.

Os cientistas da Suécia conseguiram produzir um novo isótopo desse elemento, que se transformou em outras partículas por meio de um processo radioativo.

Isso permitiu ter uma melhor compreensão da estrutura e das propriedades de núcleos atômicos superpesados.

Um dos superpesados

O ununséptio (elemento 117) é o segundo elemento sintético mais pesado depois do elemento 118.

Também sabe-se muito pouco sobre ele, porque foi só em 2010 que uma equipe russo-americana anunciou sua descoberta.

O Uus tem uma vida de meros milissegundos, e o que o permite existir nesse breve intervalo são as chamadas ilhas de estabilidade temporal entre prótons e nêutrons.

O mais pesado

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Tabela periódica já inclui os novos elementos

O ununóctio (elemento 118) tem a maior massa atômica de todos os elementos sintetizados até agora.

Em 2002, cientistas do Instituto Unificado de Pesquisas Nucleares de Dubna, na Rússia, confirmaram sua existência.

Seu átomo é altamente instável, o que dificulta seu estudo experimental. No entanto, com o que se sabe até agora, especialistas estimam que, sob condições normais de temperatura e pressão, o 118 seja um sólido.

Como o restante de seus companheiros, o Uuo só serve até agora para pesquisas científicas.

Qual o número atômico 118 Qual desse elemento químico e adição mais recente à lista de gases nobres na tabela periódica?

Além destes, existe também o Ununócio (Uuo), elemento de número atômico 118, que foi descoberto em 2006, sendo sintetizado em laboratório por meio do bombardeamento de átomos de califórnio (Cf) com íons de cálcio (Ca2+).

Qual a Adicao mais recente da tabela periódica?

A alteração mais recente ocorreu em 2015, com a adição de nihônio (Nh), moscóvio (Mc), tennessino (Ts) e oganessono (Og), elementos sintéticos que têm, respectivamente, os números atômicos 113, 115, 117 e 118.