Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

Em outro postmostramos a técnica de Radiofrequência como sendo uma opção para o tratamento da flacidez de pele e da amenização de rugas e linhas de expressão através do estímulo sobre o tecido cutâneo à proliferação de novas fibras colágenas. Este procedimento é considerado inovador, pois não são necessários cuidados extras após o procedimento, o que não afeta o ritmo de vida da mulher moderna.

A aplicação da Radiofrequência nas disfunções dermatológicas ainda é muito recente. Seu uso foi liberado nos Estados Unidos apenas em 2002 pela US Food and Drug Adminstration (FDA). Desde lá, muitos aparelhos vêm surgindo e a técnica tem sido refinada, cada vez mais, para que melhores resultados sejam alcançados e a segurança do paciente seja garantida.

Logo, surgem no mercado várias opções de tratamento com Radiofrequência. Você deve se perguntar qual é a diferença entre tantos tipos de Radiofrequência. Monopolar, bipolar ou tripolar? Qual seria a melhor?

Primeiramente entenda como a onda de Radiofrequência é gerada:

  1. O equipamento é conectado a uma fonte de energia elétrica para gerar a corrente de Radiofrequência.
  2. Esta corrente penetra nos tecidos através de eletrodos de contato.
  3. A circulação da corrente entre os eletrodos é que vai aumentar a temperatura na área tratada.

As diferenças entre os tipos de Radiofrequência estão no item 2, ou seja, na configuração dos eletrodos que alteram a maneira como a corrente penetra no tecido. Então:

Radiofrequencia Monopolar

É a primeira geração de equipamentos que surgiu. A corrente é gerada e penetra na pele através de um cabeçote móvel até uma placa de retorno que é colocada em uma região distante da área de tratamento. A energia se concentra próxima ao cabeçote e diminui rapidamente com a distância chegando até uma profundidade de 6 mm. Os primeiros equipamentos combinavam juntamente com o aquecimento propriedades de resfriamento, além de utilizar anestesia tópica. Hoje em dia, com a criação de novos aparelhos, isso não é mais necessário. Um exemplo dessa modalidade é o aparelho Spectra da marca Tonederm.

 

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

Radiofrequência Bipolar

É a segunda geração. Nesta, os eletrodos de saída e retorno da corrente estão no próprio cabeçote. Portanto, na Radiofrequência Bipolar não é necessário a placa de retorno. A energia gerada por esse dispositivo teria um efeito mais superficial de até 2 mm de profundidade. Dessa maneira, menos corrente é requerida para atingir o mesmo efeito, pois a corrente passa através de um pequeno volume de tecido. Podemos citar como modelo da Bipolar o aparelho Accent da marca Alma Lasers.

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

Radiofrequência Tripolar

É a terceira geração de equipamentos desenvolvida. O desenho tripolar é baseado em três ou mais eletrodos. Como nos outros tipos de Radiofrequência, a energia é gerada quando a corrente passa entre os eletrodos. A profundidade da penetração é aproximadamente a distância média entre os três eletrodos. O aparelho Hertix, da marca KLD apresenta um cabeçote aplicador nesse modelo.

 

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

Portanto, o que difere entre tantos equipamentos é a configuração dos eletrodos, sendo a interação entre a corrente e o tecido similar. Ainda não encontramos estudos comparativos entre os equipamentos. Mas sabendo que todos emitem a energia de Radiofrequência, que é responsável pelas mudanças em sua pele, cabe ao profissional competente usar o aparelho da maneira adequada à disfunção e aliar outros recursos para potencializar os resultados.

A radiofrequência é um método usado para eliminar a gordura localizada e combater a flacidez da pele, eliminando rugas e celulite

A radiofrequência foi usada pela primeira vez no século XIX pelo físico francês Jacques-Arsène D'Ansorval e vem sendo utilizada ate hoje nas práticas da dermatologia estética. A radiofrequência tornou-se um padrão de tratamento estético com muitas indicações, devido à sua versatilidade, eficácia e segurança.

A técnica age através da geração de calor no tecido embaixo da pele, que induz a produção de novas fibras de colágeno e melhora o aspecto da pele. "Para isso, são emitidas correntes de alta frequência, que contam com uma tensão aproximada de 30.000 a 40.000 Volts e com frequência de 1560 a 200 kilohertz", explica a dermatologista Ana Paula Jordão, da clínica Vivid.

Inicialmente a pele deve ser higienizada com água e sabonete ou óleo de limpeza. Em seguida será aplicada vaselina na área a ser tratada caso seja parte do corpo ou gel de condução quando a área de tratamento for facial. Através dos aplicadores posicionados na pele, são realizados disparos de radiofrequência no local tratado. Após se retira o material aplicado e termina a sessão.

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

A radiofrequência trata rugas e flacidez da pele - foto: Getty Images

A técnica não é invasiva e causa efeitos apenas na área de tratamento. O objetivo de cada sessão é elevar a temperatura da pele e do tecido subcutâneo até 39°C a 42°C e mantê-la por um período de 14 minutos. Após o tratamento é retirado o gel ou a vaselina da pele.

O transdutor (ponteira) deve ser movimentado o tempo todo a fim de distribuir bem o calor por toda a pele. Durante o tratamento é medida a temperatura da pele diversas vezes para garantir que ela chegue a 40-42 graus Celsius e não ultrapasse esse nível de temperatura. A radiofrequência pode ser realizada em todas as regiões do corpo e face, exceto região da tireoide.

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Atuação na gordura localizada
O calor profundo, proporcionado pela radiofrequência, atua na célula de gordura, melhorando seu metabolismo, aumentando a oferta e a difusão de nutrientes, diminuíndo o estoque de energia (triglicérides) e contribuindo para a redução de seu volume.

Atuação na celulite
A radiofrequência atua na inflamação causada pela celulite no tecido adiposo. Com a melhora da gordura localizada, um dos pilares para a formação da celulite, acontecerá a melhora do aspecto da celulite. Em adição, em técnicas em que o vácuo está associado o método funciona também como uma drenagem linfática, contribuindo para a redução de toxinas nos tecidos.

Atuação no colágeno
O aparelho de radiofrequência aquece o tecido através da corrente elétrica, ocorrendo a produção da temperatura acima do normal, que gera a contração imediata do colágeno e remodelação da fibra de colágeno e elastina já existentes. Após o tratamento observa-se o estímulo dos fibroblastos para produção de novo colágeno.

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"Dentre as indicações mais comuns para a radiofrequência, estão: melhora da flacidez da pele, redução derugas, redução da celulite, tratamento de cicatriz de acne e estrias", explica a dermatologista Elvira Cancio Assumpção, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Radiofrequência Monopolar
Na radiofrequência monopolar a corrente elétrica é emitida através de um eletrodo aplicado na área de tratamento e retorna ao gerador através de um eletrodo de dimensões maiores localizado à distância, podendo atingir uma profundidade de até 6 milímetros. Um exemplo dessa modalidade é o aparelho Spectra da marca Tonederm, e o Thermage.

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Radiofrequência bipolar
Na radiofrequência bipolar o eletrodo de saída e o de retorno é a própria ponteira, gerando dessa forma uma efeito mais superficial em relação a RF monopolar (até 2mm de profundidade. Podemos citar como exemplo o modelo o aparelho Accent da marca Alma Lasers.

Radiofrequência ameniza flacidez, gordura localizada e celulite

Radiofrequência tripolar
Na radiofrequência tripolar os três eletrodos estão na mesma ponteira. A profundidade da penetração da energia é, aproximadamente, a distância média entre os eletrodos. O aparelho Hertix, da marca KLD, apresenta um cabeçote aplicador nesse modelo e o Apollo tripolar da Pollogen.

Terapias combinadas
Atualmente existem equipamentos de radiofrequência que trazem outras tecnologias associadas para potencializar o efeito da radiofrequência como o vácuo, que maximiza a penetração da energia na área tratada, aumenta a circulação local, estimula a drenagem linfática e contribui na redução do volume da célula de gordura.

Os aparelhos Velasmooth, Velasmooth 2, Reaction e Freeze, possuem vácuo com rolamentos associado à radiofrequência. Outros, como Ultra Accent Xl, trazem outros tratamentos associados - no caso, o ultrassom.

O Maximus Med da Pollogen tem associado um sistema de ativação muscular (sistema DMA) que estimula o músculo junto com a radiofrequência que atua no colágeno.

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

A radiofrequência também age no tratamento da gordura localizada - foto: Getty Images

São necessárias de três a dez sessões em cada região tratada. O número de sessões dependerá do objetivo a ser alcançado, da alteração apresentada e da resposta individual de cada paciente. Devem ser respeitadas as frequências de uma sessão semanal para o corpo e uma a cada duas ou três semanas para o rosto. Para manutenção do resultado, devem ser realizadas novas sessões de radiofrequência anualmente.

Cada sessão dura de 20 a 40 minutos.

"Um técnico especializado e treinado, sempre com supervisão médica", recomenda a dermatologista Elvira Cancio Assumpção.

Não é necessário nenhum cuidado específico antes da radiofrequência.

Aspecto da pele
Logo após a radiofrequência, a pele ficará com uma leve vermelhidão e inchaço suave a médio. Pode ainda haver urticária - caracterizada por vergões vermelhos e salientes na superfície da pele que geralmente provocam coceira - e marcas arroxeadas na pele. Pode ainda acontecer alergia à substância utilizada (o gel ou a vaselina). Todos esses efeitos colaterais são transitórios

Proteção solar
O protetor solar é recomendado todos os dias, mas deve ser aplicado depois de pelo menos uma hora da realização do procedimento.

Cosméticos
O uso de cosmético e maquiagem está liberado uma hora após o procedimento.

Qualquer doença de pele na área tratada, uso de marca-passo, desfibrilador, ou qualquer implante eletrônico contraindica o tratamento com radiofrequência. Coagulopatias, sangramento excessivo ou hematomas, histórico de trombose profunda e uso de medicamentos como anticoagulantes e corticoides de modo contínuo e uso de isotretinoína nos últimos seis meses também impedem o método. Pessoas com tumores malignos ativos ou recentes, doenças da tireoide descontrolada, qualquer histórico de doenças estimuladas pelo calor, como a herpes, no local a ser tratado, desordem endócrina, como diabetes e HIV também não podem passar por sessões de radiofrequência. Além disso, mulheres que usam o método anticoncepcional DIU são contraindicadas à técnica para a região abdominal.

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O tratamento com radiofrequência não deve ser feito em regiões com implantes sintéticos, sobre tatuagens ou maquiagem definitiva. Após aplicação de botox, é necessário aguardar pelo menos quatro dias para fazer a radiofrequência, após preenchimentos e peeling químicos deve-se aguardar duas semanas. Após peeling profundo e procedimentos com laser é necessário esperar um mês.

Gestantes não podem fazer o tratamento com radiofrequência.

O risco da aplicação de radiofrequência está relacionado a queimaduras geradas pelo calor emanado pelo aparelho. Para evitar a complicação, é necessário que o aparelho esteja bem calibrado e a técnica seja realizada da maneira correta.

Qual é a diferença entre os tipos de radiofrequência?

Os resultados da radiofrequência aparecem a partir da terceira sessão - foto: Getty Images

Os resultados são rápidos e progressivos e começam a aparecer a partir da terceira sessão, dependendo de vários fatores, como idade, local de aplicação, grau de flacidez, número de sessões e manutenção dos resultados obtidos.

Os valores podem variar de R$ 200,00 (face) a R$1.000,00 (coxas), de acordo com a extensão da região tratada*.

*Valores pesquisados em outubro de 2013, sujeitos à alteração.

  • Dermatologista Ana Paula Jordão (CRM: 134.367), da Clínica Vivid
  • Dermatologista Elvira Cancio Assumpção (CRM: 138.220), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Quais são os tipos de radiofrequência?

Tipos de radiofrequência: Existem dois tipos de tecnologia de emissão de ondas eletromagnéticas ou radiofrequência: capacitiva e resistiva.

Qual a diferença entre radiofrequência e radiofrequência fracionada?

A radiofrequência penetra na pele por meio de um pequeno furo em sua camada superficial, alcançando regiões mais profundas e distribuindo calor em uma grande área. A técnica é chamada fracionada, devido a maneira como trabalha o equipamento utilizado.

Qual a diferença da radiofrequência?

Qual a principal diferença entre radiofrequencia e criofrequencia? A diferença mais notável entre os procedimentos durante a aplicação é: a Criofrequência trabalha com resfriamento externo e aquecimento interno e a Radiofrequência trabalha com aquecimento total.

Qual a diferença entre radiofrequência Bipolar e Tripolar?

Portanto, o que difere entre tantos equipamentos é a configuração dos eletrodos, sendo a interação entre a corrente e o tecido similar.