Qual é o foco narrativo é tipo de narrador da obra de Júlio Verne Justifique sua resposta?

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Qual é o foco narrativo é tipo de narrador da obra de Júlio Verne Justifique sua resposta?

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- Abandonar o senhor? Nunca farei isso - afirmou. - Na verdade, espero afogar-me primeiro do 
que o senhor!
[...] Suspendemos os movimentos e nos pusemos à escuta. [...] Naquele momento, aos últimos 
raios da lua que desaparecia no horizonte, distingui um rosto que não era o do meu criado. 
- Ned! - exclamei.
- Em pessoa, professor.
- Você também foi atirado ao mar?
- Fui. Mas tive mais sorte do que o senhor, porque quase imediatamente encontrei um escolho 
flutuante e me agarrei nele.
- Um escolho?
- Ou, para dizer melhor, agarrei-me ao nosso narval. 
- Ao monstro?
- Nele mesmo. Agora sei por que o meu arpão não conseguiu furar-lhe a pele.
É que este animal, Sr. Aronnax, é feito de chapa de aço. Subi de imediato ao ponto mais elevado 
do objeto semi-submerso que nos servia de refúgio. Bati-lhe com o pé. Tratava-se evidentemente de 
um corpo duro, impenetrável, e não da substância mole característica dos mamíferos marinhos. 
LíNgUA PORTUgUESA 109
O dorso escuro que nos suportava era liso e polido. Ao ser tocado, produzia um som metálico. Não 
podia haver mais dúvida. O animal, o monstro, o fenômeno que tinha intrigado todo o mundo científico, 
agitado e transtornado a imaginação dos marinheiros dos dois hemisférios, era algo ainda mais espan-
toso, porque tinha sido feito pela mão do homem. A descoberta da existência do ser mais fabuloso e 
mais mitológico, não teria surpreendido mais a minha inteligência. 
Que venha do Criador tudo o que é prodigioso, espera-se. Mas encontrar de repente, diante dos 
nossos olhos, o impossível realizado misteriosamente pelo homem, confunde as ideias. E, no entanto, 
era verdade. Encontrávamo-nos estendidos sobre o dorso de uma espécie de submarino, com a for-
ma, tanto quanto pude perceber, de um imenso peixe. [...] Era, pois, urgente que nos comunicássemos 
com quem quer que estivesse no interior daquela máquina. Procurei uma abertura na superfície, mas 
as linhas das cavilhas, solidamente achatadas na junção das folhas, eram contínuas e uniformes. [...] 
Preparava-me para proceder a um exame atento do casco, que formava na parte superior uma espécie 
de plataforma horizontal, quando o senti submergindo.
- Com mil diabos! - gritou Ned Land, batendo com o pé no casco. 
- Abram, seus marinheiros pouco hospitaleiros! Porém era difícil que o ouvissem no meio dos 
ruídos produzidos pelo barulho da hélice. [...] De repente, ouvimos o som de manuseamento de ferros 
no interior do barco. Abriu-se uma chapa e surgiu um homem que desapareceu imediatamente, assim 
que nos viu. Instantes depois, apareceram oito robustos marinheiros, com os rostos cobertos, que nos 
levaram para o interior da sua formidável máquina. [...]
Tradução livre (da versão em espanhol) realizada por Mary Jacomine e cedida pela autora para uso neste material. VERNE, 
Júlio. Veinte mil leguas de viaje submarino. Disponível em: https://cutt.ly/LPzJj8b. Acesso em: 17 fev. 2022. (adaptada))
SAIBA MAIS
JÚLIO Verne: a viagem da sua vida. A mente é maravilhosa, 2020. Disponível em: 
https://cutt.ly/ZPzJCmW. Acesso em: 17 fev. 2022.
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Júlio Verne. Ebiografia, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/
bPzKSfk. Acesso em: 17 fev. 2022. 
20.000 mil léguas submarinas. Direção Richard Fleischer. Publicado no canal película1. 07 out. 
2016. 1 vídeo. (104min39s). Disponível em: https://cutt.ly/QPzK1qA. Acesso em: 17 fev. 2022.
VERNE, Júlio. 20.000 mil léguas submarinas. Prefeitura de Itapema. Zahar. Livraria Pública. 
Disponível em: https://cutt.ly/YPzLc3G. Acesso em: 17 fev. 2022.
Texto II
POR QUE OS SUBMARINOS AFUNDAM?
Leandro Mendes
Mary Jacomine
A palavra submarino, originalmente, significava sob o mar. Algumas empresas que realizavam 
montagens sob o mar (submarinas) denominavam essas tarefas de engenharia submarina. Desta 
forma, uma designação referente a um navio submersível originou-se para reduzir o termo barco sub-
marino, e obras literárias clássicas, como do autor Júlio Verne, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, aca-
baram utilizando estas denominações. Porém, a pergunta que vem a calhar é: Por que o submarino 
nunca afunda? 
CADERNO DO ESTUDANTE110
Segundo dados publicados na revista especializada Science Sea, em março de 2021, referente à 
pesquisa realizada pelo oceanógrafo e pesquisador holandês Cordelius Freebel do Instituto Holandês 
de Oceanografia (IHO), o submarino, uma embarcação especializada para operações submersas, foi 
usado pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial com a finalidade científica, não somente em águas 
doces mas também no mar, a fim de operar em profundidades consideradas impossíveis de seres 
humanos mergulhadores alcançarem. 
Esta embarcação submersível possui reservatórios entre a parte interna e externa do casco: para 
que ele afunde, esses reservatórios devem ser preenchidos com a própria água do mar, de maneira 
controlada, até ajustar o peso para o valor desejado. E, para que ele volte a flutuar, é necessário expul-
sar a água de seus tanques para deixá-lo mais leve e fazer com que o empuxo (força que empurra, que 
atua como elemento de impulsão) se torne maior do que seu peso. O raciocínio é simples.
É assim desde a criação dos primeiros modelos no século XVII, porém com um adendo: tais 
modelos desciam no máximo 5 metros e não possuíam os tanques de ar. Desta maneira, a cabine 
do piloto precisava ser inundada até seus joelhos para a submersão acontecer. E tudo isso impul-
sionado no braço, pois, na época, o motor a vapor que existia consumia todo o ar disponível para 
a tripulação.
Este conjunto teve evolução no século XIX, quando chegaram os motores elétricos, entretan-
to surgiu um novo inconveniente: o submarino precisava submergir toda hora para recarregar as 
baterias. Essa obrigação só foi sanada na década de 1950, com a chegada dos submarinos nu-
cleares, que são movidos por reatores e podem ficar mergulhados por tempo indeterminado. A 
velocidade e profundidade também aumentaram bastante. Os modelos nucleares alcançam 78 
km/h contra os 18 km/h dos elétricos, que só chegavam a 260 metros de profundidade, enquanto 
os nucleares atingem 850 metros. 
Texto cedido pelos autores para uso neste material. 
Baseado nos links a seguir: 
LAPORTE, Franklin. Entenda a física por trás do funcionamento dos submarinos. Estado de Minas. 
Caderno Educação, 22 nov. 2019. Disponível em: https://cutt.ly/1PzXreR. Acesso em: 17 fev. 2022. 
COMO os submarinos conseguem ficar debaixo d´água? Super interessante, 2018. Disponível 
em: https://cutt.ly/yPzXQ5R. Acesso em: 17 fev. 2022. 
UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). O Princípio de Arquimedes. Alegre: PIBID Física, 
2016. Disponível em: https://cutt.ly/xPzXGA3. Acesso em: 17 fev. 2022.
MOMENTO 2 − VISÕES DE MUNDO NOS TEXTOS 
Discuta as questões, a seguir, anotando as informações consideradas importantes em seu caderno.
1. Você conhece ou já ouviu falar de alguma história de ficção científica? Se sim, qual (is)?
2. Em sua opinião, há semelhanças entre os Textos I e II? Quais? 
3. No início do capítulo 1 de “Vinte Mil Léguas Submarinas”, o narrador-personagem relatou um 
acontecimento “estranho” ocorrido em 1866. Que fato era esse? 
LíNgUA PORTUgUESA 111
Sobre o Texto I e os elementos da narrativa
4. Pesquise e em grupo faça um levantamento sobre os tópicos a seguir. 
a) Que tipo de narrativa e gênero podem ser caracterizadas na obra “Vinte Mil Léguas Submarinas”? 
b) Qual é o foco narrativo e tipo de narrador da obra de Júlio Verne? Justifique a sua resposta, 
transcrevendo com elementos do texto: 
c) Em que tempo cronológico se passa a história? 
d) Qual é o espaço físico que se passa a narrativa? 
e) Descreva o enredo da obra.
f) Cite as personagens principais que aparecem nos capítulos do romance.
5. O que era o “narval” citado pelos tripulantes da “Abraham Lincoln”? Pesquise em dicionários im-
pressos ou on-line o significado do termo. Sugestão: referencie o local pesquisado. 
6. Transcreva com elementos retirados da obra o clímax do capítulo. 
7. Ned Land,

Qual o foco narrativo da obra de Júlio Verne?

Na obra Miguel Strogoff, de Júlio Verne, verifica-se a presença clássica do tipo de narrador observador: distante e neutro, ele apresenta a vida do personagem como um filme.

Qual é o foco narrativo é tipo de narrador da obra de Júlio Verne justifique a sua resposta transcrevendo com elementos do texto?

Resposta verificada por especialistas b. O foco narrativo é a aventura da qual o narrador participa, pois se trata de um narrador personagem.

Qual é o narrador e o foco narrativo justifique?

O foco narrativo é, em síntese, o ponto de vista do narrador acerca de uma história. Ele pode ser dividido em dois tipos: em primeira pessoa e em terceira pessoa. Enquanto o foco narrativo trata da perspectiva dos acontecimentos narrados, o narrador é aquele que conta a história.

Qual o foco narrativo utilizado narrador

O narrador observador, assim como o narrador personagem, é centrado no foco narrativo em 1ª pessoa do discurso. Distingui-se do narrador personagem, pois o narrador observador participa da história não como um personagem protagonista, mas como um coadjuvante que vê o que narra, mas sem ser o centro do enredo.