Qual foi o papel dos bandeirantes no que se refere ao território brasileiro?

Os “Bandeirantes”, também chamados “Sertanistas”, foram os exploradores pioneiros a desbravar os sertões brasileiros, entre os séculos XVI e XVIII.

Via de regra, eram descendentes diretos de europeus, sobretudo portugueses e foram responsáveis por expandir e conquistar os limites das possessões da colônia lusitana.

Os bandeirantes dilataram as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Tordesilhas, conquistando "palmo a palmo" cada região a partir de cada expedição realizada.

Munidos de coletes e armaduras, bem como pistolas, arcabuzes, espingardas, mosquetes, bacamartes, espadas, lanças, bestas, etc, os destacamentos de bandeirantes adentravam as matas brasileiras, integrados por tropas de índios e caboclos, estabelecendo núcleos de povoamento e fazendo guerra.

Não obstante, estes pioneiros falavam mais o idioma tupi do que o próprio português.

A eles é creditada a descoberta de metais e pedras preciosas das regiões mineradoras, bem como o fomento da economia na colônia, uma vez que praticavam o comércio, sobretudo de gado e escravos indígenas para a agricultura e a dizimação de tribos inteiras, quer pela violência ou pelas doenças.

Para saber mais: Brasil Colônia e Tratado de Tordesilhas

Principais Tipos de Bandeirantes

De partida, vale distinguir as ações dos bandeirantes daquelas perpetradas pelo Governo oficialmente, a saber, as “Entradas”, financiadas pela coroa, mas circunscritas ao Tratado de Tordesilhas.

Por sua vez, as “Bandeiras” eram expedições particulares, muitas vezes com apoio extra oficial da coroa, para obtenção de metais e pedras preciosas, conhecidas como “bandeiras de prospecção”; para a captura e escravização de indígenas (primeiramente os mais arredios, depois, os já catequizados nas missões jesuíticas); e aquelas conhecidas como “Sertanismo de Contrato”, nas quais os bandeirantes eram contratados como mercenários para combater índios agressivos e negros quilombolas.

São Paulo e os Bandeirantes

De partida, vale ressaltar que os bandeirantes se concentraram no atual estado de São Paulo, por onde sua passagem gerou inúmero de vilas, que viraram cidades.

Usando o rio Tietê e seus afluentes, eles eram capazes de cruzar as densas florestas que separavam o litoral do planalto, transformando São Paulo num entreposto avançado, logo após a Serra do Mar, ligando São Vicente no litoral com o interior da colônia, lembrando que o povoamento português se concentrou no litoral, onde eram praticados o extrativismo do pau-brasil e o plantio da cana-de-açúcar.

Contexto Histórico

A partir da segunda metade do século XVI, com a união das coroas ibéricas, já se organizavam as Bandeiras que adentravam o território brasileiro para conter os ataques indígenas. Contudo, a partir de 1595, a escravização dos gentios estava proibida pela corte na colônia.

Por sua vez, no século XVII, os holandeses tomam o controle dos mercados africanos, tornando a mão de obra negra escassa e levando à escravização do índio, muitas vezes com o aval da metrópole.

Por este motivo, os paulistas irão atacar as missões jesuíticas durante décadas, capturando índios já catequizados e “domesticados” para o trabalho. Foi com essa intenção a bandeira organizada por Dom Francisco de Sousa em 1605 parte com mais de 270 portugueses para caçar índios.

Em 1628, uma grande ofensiva de bandeirantes (mais de novecentos brancos e 3000 índios) expulsa definitivamente os jesuítas e capturam milhares de índios nas missões. No ano de 1632, esse fato se repete com a captura de milhares de guaranis na Vila do Espírito Santo.

A partir de 1640, com o fim da União Ibérica, os bandeirantes irão auxiliar na expulsão dos holandeses. Vinte anos depois, eles já estavam no alto Tocantins, no sul de Mato Grosso, no centro de Goiás, no Piauí, na Bolívia, Uruguai e norte do Paraguai, sem mencionar o território de Minas, onde foi descoberto ouro em 1690.

Em 1695, Domingos Jorge Velho destrói o Quilombo dos Palmares. Alguns anos depois, em 1707, os bandeirantes paulistas se envolvem na Guerra dos Emboabas, sendo derrotados por portugueses e migrantes de outros territórios da colônia.

No ano de 1748, os bandeirantes já haviam se estabelecido nas capitanias de Goiás e de Mato Grosso, bem como ao sul de Laguna, em Santa Catarina.

Nesse ínterim, seus descendentes se fixaram nos territórios conquistados e o movimento de bandeiras foi declinando.

Para saber mais:

  • Quilombo dos Palmares
  • Guerra dos Emboabas
  • Triângulo Mineiro

Principais Bandeirantes

Os mais notórios bandeirantes foram:

  • Fernão Dias Pais
  • Manuel Borba Gato
  • Domingo Jorge Velho
  • Antônio Raposo Tavares
  • Bartolomeu Bueno da Veiga
  • Jerônimo Leitão

Qual é o papel dos bandeirantes na formação do território brasileiro?

Os bandeirantes foram os primeiros a descobrirem as minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, dando início ao povoamento do sertão brasileiro. Essas expedições colaboraram para reprimir os quilombos, em especial o maior deles, o de Palmares.

Qual é o papel dos bandeirantes?

Os bandeirantes consistiram em um grupo de homens paulistas, que entre os séculos XVI e XVII, foram responsáveis pelo desbravamento das terras interioranas no Brasil, tendo como algumas de suas funções a captura de escravos fugitivos, a escravização de populações indígenas e a busca de metais preciosos no território ...

O que foram as bandeiras e qual o papel dos bandeirantes?

As bandeiras foram expedições que saíram da capitania de São Paulo em direção ao sertão brasileiro. Foram os bandeirantes os primeiros a encontrarem ouro às margens dos rios em Minas Gerais. Essas expedições tiveram como objetivo, além da procura pelo ouro, a captura de índios para trabalharem nas lavouras paulistas.

O que os bandeirantes procuravam no interior do território brasileiro?

Bandeirantes é a denominação dada aos sertanistas do período colonial, que, a partir do início do século XVI, penetraram no interior da América do Sul em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a prata, abundantes na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos.