Qual o número de idosos no ano de 1950 a 204 milhões de idosos no mundo b 250 milhões de idosos no mundo C 100 milhões de idosos no mundo D NDA?

O envelhecimento é um fenômeno mundial. Em 1950, a população de idosos no mundo era de cerca de 204 milhões. Em 2015, já alcançava 900 milhões de pessoas.

Segundo a ONU, em 2019, a população de idosos se tornou mais numerosa que a de crianças com menos de 5 anos de idade. Em 2050, a previsão é de que tenhamos 2 bilhões de pessoas na terceira idade, duas para cada criança com menos de quatro anos.

No Brasil, o envelhecimento populacional tem se estabelecido de forma muito acelerada. Segundo o IBGE, somente no intervalo de 2012 a 2018 a população idosa cresceu 26%, chegando a 30 milhões de pessoas nessa faixa etária.

Esse total corresponde a cerca de 14% da população, o que caracteriza o Brasil como um país envelhecido. Em 2039 haverá uma equivalência numérica entre o número de idosos e jovens no país, quando teremos 25% da população envelhecida. Antes disso, em 2030, o Brasil já será detentor da quinta maior população de idosos do mundo.

Como envelhecemos e a importância da Geriatria

O privilégio de poder viver tanto será acompanhado, entretanto, de um desafio: o de envelhecer com saúde. Tão fácil quanto encontrar um idoso é, infelizmente, encontrá-lo fragilizado por complicações de doenças crônicas não diagnosticadas ou maltratadas.

São problemas que afetam a autonomia e a independência, comprometendo a qualidade de vida. Mas, podem ser prevenidos. Muitas pessoas idosas são acometidas por doenças crônicas que demandam acompanhamento constante, pois, em razão da sua natureza, não têm cura.

Essas condições crônicas tendem a se manifestar de forma expressiva na idade mais avançada e, frequentemente, estão associadas (comorbidades). Podem gerar um processo incapacitante, afetando a funcionalidade das pessoas idosas, ou seja, dificultando ou impedindo o desempenho de suas atividades cotidianas de forma independente.

Ainda que não sejam fatais, essas condições geralmente tendem a comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos idosos. Elas podem colocar em risco a autonomia, que é a capacidade individual de decisão e comando sobre as ações e a independência, capacidade de realizar algo com os próprios meios.

A Geriatria é a especialidade médica que cuida da saúde da pessoa que envelhece. Trata de modo específico e individualizado os problemas de saúde e busca prevenir as doenças que podem acontecer durante o envelhecer, favorecendo a qualidade de vida.

Os cuidados geriátricos devem também preparar as pessoas para que não temam a velhice, sem que vivam com os preconceitos associados ao envelhecimento, aprendendo a discernir o que é normal e anormal durante esse processo. Isto significa, inclusive, saber reconhecer quais são os problemas de saúde mais frequentes no envelhecimento, como:

  • constipação intestinal;
  • depressão e/ou ansiedade;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • dificuldades para caminhar e para manter o equilíbrio;
  • tonturas;
  • vertigens;
  • zumbidos;
  • insônia;
  • dores articulares;
  • incontinência urinária;
  • osteoporose;
  • distúrbios de memória;
  • quedas;

É fundamental, também. saber reconhecer o perigo do uso excessivo de medicamentos, condição que muito frequentemente encontramos no cuidado aos idosos.

As vantagens do atendimento geriátrico

Ser atendido por um especialista na sua faixa etária é uma das principais vantagens. Assim como um pediatra se especializa no conhecimento da saúde da criança, o geriatra conhece especialmente a saúde e as doenças do idoso.

Ele deve estar capacitado para reconhecer a manifestação dos distúrbios de saúde mais comuns no idoso e orientar com bom senso os tratamentos necessários. Além disso, o atendimento geriátrico oferece assistência integral à saúde.

Muitos pacientes passam pela experiência de serem atendidos por vários especialistas, cada qual cuidando de um órgão ou sistema específico. Nossa saúde, entretanto, deve ser abordada de forma integral, o que envolve não somente aspectos físicos, como também psicológicos, sociais e até mesmo espirituais.

Para quem faz acompanhamento com diversos especialistas, costuma ser desgastante e custosa a frequência a diversas consultas, nas quais, muitas vezes, não há tempo de se contar todo o histórico clínico. Isto aumenta muito a chance, por exemplo, de serem utilizados medicamentos em excesso ou até inadequados. ​

Texto escrito pelo Prof. Dr. Leonardo Lopes

Coordenador do Curso de Pós Graduação em Geriatria Afya/IPEMED

  • Idosos serão 30% da população mundial em 2050 (bloco 1)

A Organização das Nações Unidas estima que, em meados deste século, 30% da população no Brasil e em outros 64 países, terão mais de 60 anos. Em 1950, a expectativa de vida não passava de 50 anos nos países desenvolvidos, onde hoje é superior a 80. O envelhecimento da população traz desafios aos países, principalmente para aqueles em desenvolvimento, onde o ritmo é mais acelerado. Previdência, adaptação do sistema de saúde e violência são temas prioritários nesse momento de transição demográfica e serão discutidos na Reportagem Especial desta semana.

Na capítulo de amanhã, o envelhecimento da população e os novos desafios, como o sistema de previdência, que preocupa governos em todo o mundo.

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Daqui a doze anos, em 2025, o Brasil vai ocupar o sexto lugar em número de idosos no mundo. Hoje, indivíduos com 60 anos ou mais já representam 12% da população. De acordo com o IBGE, são 23 milhões e meio de pessoas. Em 2001, os idosos representavam apenas 9% do total de brasileiros.

Estudo da ONU mostra que, em 2050, o planeta terá 2 bilhões de idosos. Em 1950, eles eram 200 milhões. Segundo o mesmo levantamento, entre 2010 e a projeção para 2015, ocorre crescimento anual da população acima de 60 anos três vezes maior que o observado para a população total.

No Brasil, no entanto, o envelhecimento ocorre de forma particularmente acelerada, como destaca a coordenadora do Estudo Brasileiro de Saúde e Bem Estar dos Idosos (Elsi/Brasil), a médica e pesquisadora Maria Fernanda Lima:

“O Brasil é um dos países com o ritmo mais rápido de envelhecimento no mundo. Enquanto, por exemplo, a população da França idosa, com 65 anos ou mais, demorou cem anos pra dobrar de tamanho, a gente vai fazer isso em pouquíssimas décadas, em duas décadas.”

A expectativa de vida no Brasil do início do século passado não chegava a 34 anos. Um bebê brasileiro nascido em 2013 pode esperar viver pelo menos 40 anos mais. A média de vida já ultrapassa os 73 anos. Mas, além de as pessoas estarem vivendo mais, há outros fatores que explicam o envelhecimento populacional.

O principal deles é a queda da fertilidade, hoje inferior a dois filhos por casal no País. Atualmente, o porcentual de crianças entre zero e cinco anos está em 8,5%, contra 11% há dez anos.

E entre os jovens a realidade, claro, não é diferente. Na população de 6 a 14 anos também houve queda. Eles representavam 17,5% do total de brasileiros em 2001, e já eram 15% em 2011. Com isso, diminui cada vez mais o peso proporcional de crianças e jovens e aumenta o de idosos.

Como reflexo dessa mudança demográfica, o Congresso brasileiro aprovou em 2003 o Estatuto do Idoso, considerada internacionalmente como uma das melhores leis de proteção à pessoa idosa. O secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da República, Gabriel dos Santos Rocha, ressalta que o estatuto inaugurou dois princípios fundamentais para a população idosa – o princípio da proteção integral e o da prioridade absoluta.

O estatuto estabelece que o idoso tem sempre prioridade – seja em filas, processos judiciais ou programas governamentais. O que levou o governo a dar atenção especial a essa faixa da população, como explica Gabriel Rocha:

Hoje, todas as estruturas do Governo Federal têm alguma política voltada para as pessoas idosas. Eu dou exemplo do transporte, se a gente for olhar na habitação, todos os programas habitacionais públicos, ou aqueles subsidiados com recurso público, o idoso goza de uma prioridade na aquisição desse imóvel. Seja no Minha Casa, Minha Vida, seja num programa municipal com recursos do Governo Federal, fala da reserva de 3% das unidades que têm que atender aos idosos.”

Na Câmara, há mais de 90 projetos relacionados a direitos de idosos. Cinquenta e seis deles alteram o estatuto, mas apenas em aspectos pontuais, como a extensão do direito à gratuidade no transporte à modalidade aérea. Há também uma série de propostas que visam tornar mais rigorosa a punição para crimes contra maiores de 60 anos.

Uma das críticas ao Estatuto é a diferença entre a idade em que um indivíduo é considerado idoso, 60 anos, e aquela em que passa a ter direito ao transporte gratuito. Pela lei, esse benefício é adquirido aos 65 anos. Vários projetos em análise buscam corrigir esse aspecto e conceder a gratuidade também a partir dos 60.
Garantias como essas são fundamentais para assegurar a qualidade de vida de quem já passou dos 60. Afinal, o último levantamento do IBGE mostra que mais da metade dos idosos brasileiros – 51,9% – vive em domicílio com renda per capta inferior a um salário mínimo.

Um dos fatores que explicam a baixa renda é o nível de escolaridade. O estudo o IBGE aponta que os idosos têm, em média, menos de quatro anos de estudo, e 32% deles frequentaram a escola por menos de um ano.
No mundo, como mostra levantamento da ONU, a situação média dos idosos não é diferente – 20% deles vivem abaixo da linha de pobreza, com renda inferior a 2 reais por dia. Nos países em desenvolvimento, 58% das mulheres e 34% dos homens acima de 60 anos são analfabetos.

Mas, em um aspecto, o Brasil está em situação bem mais confortável que a média mundial. Segundo o IBGE, quase 80% dos idosos brasileiros recebem algum benefício de previdência social. Pela lei brasileira, todo idoso que não tenha condições de prover o próprio sustento ou ser mantido pela família tem direito a um salário mínimo mensal.

No mundo, conforme dados da ONU, apenas 1/3 dos países têm sistemas abrangentes de seguridade social, e somente 20% dos trabalhadores mundiais contam com algum tipo de proteção social, inclusive aposentadoria.

Reportagem: Maria Neves
Produção: Iris Cary
Trabalhos técnicos: Ribamar Carvalho
Edição: Mauro Ceccherini

Que mudanças ocorreram no estado da população idosa entre 1950 e 2000?

Comparando os anos de 1950 e 2000, houve uma migração de idosos da zona rural para áreas urbanas, em que existiam em 1950, 43,8% de idosos residindo em áreas urbanas. Já no ano 2000, essa proporção passou para 81,4%.

O que ocorreu com a população idosa no Brasil ao longo dos anos e por quê?

POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA CRESCE GRADATIVAMENTE, SEGUNDO DADOS DO IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao longo dos anos, aumenta consideravelmente o número de pessoas idosas no Brasil. Um dos fatores que impulsionam essa progressão é o aumento da expectativa de vida da população.