Qual suposição não pode ser identificada com a corrente estruturalista Norte

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Slides sobre o capítulo "Estruturalismo" do livro Manual de Linguística de Mario Eduardo Martelotta

Qual suposição não pode ser identificada com a corrente estruturalista Norte

Professora / Teacher em IFSP - Avaré

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  1. 1. O Estruturalismo Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim https://lingualem.wordpress.com
  2. 2. Costa. M. A. O estruturalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2016. Marco Antônio da Costa Mario Eduardo Martelotta
  3. 3. Costa. M. A. O estruturalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2016. Ferdinand Saussure Leonard Bloomfield
  4. 4. Sistema, Estrutura e Estruturalismo  Reconhecimento de língua como uma estrutura ou sistema.  Sistema: Conjunto de princípios verdadeiros ou falsos reunidos de modo que formem um corpo de doutrina. 2 - Combinação de partes reunidas para concorrerem para um resultado, ou de modo a formarem um conjunto;  Estrutura: 2 - Modo como as diferentes partes de um todo estão dispostas. 3 - Construção e disposição (de um edifício). 6 - O que serve de sustento ou de apoio. “ (...) a língua é um sistema, ou seja, um conjunto de unidades que obedecem a certos princípios de funcionamento, constituindo um todo coerente.”(p.114)
  5. 5. Sistema, Estrutura e Estruturalismo “ O estruturalismo, portanto, compreende que a língua, uma vez formada por elementos coesos, inter-relacionados, que funcionam a partir de um conjunto de regras, constitui uma organização, um sistema, uma estrutura. Essa organização dos elementos se estrutura seguindo leis internas, ou seja, estabelecidas dentro do próprio sistema.” (p.114)  Curso de Linguística Geral – Charles Bally e Albert Sechehaye – 1916  Influenciou os incontáveis progressos verificados no quadro das ciências humanas  Linguagem = jogo de xadrez – o valor de cada peça não é determinado pela sua materialidade mas sim no interior do jogo
  6. 6. Sistema, Estrutura e Estruturalismo “A possibilidade de darmos andamento ao jogo depende exclusivamente de nossa compreensão de como as peças se relacionam entre si, das regras que as governam, da função estabelecida para cada uma delas e em relação às demais.” (p. 114) • Estabelecemos comunicação – conhecemos as regras da “gramática” de uma determinada língua ( as “peças” disponíveis no jogo e suas possibilidades de movimento, organização e distribuição. • Normas internalizadas precocemente – aquisição da linguagem
  7. 7. Sistema, Estrutura e Estruturalismo  A língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma.  A língua deve ser descrita a partir de suas relações internas – ficam excluídas as relações entre* • Língua X Sociedade • Língua x Cultura • Língua X Geografia • Língua X Literatura * Escola de Copenhaghe Estudo Imanente da Língua
  8. 8. Língua e Fala  Dicotomia – designa a divisão lógica de um conceito em dois de modo que se obtenha um par opositivo • Língua X Fala • Sincronia e Diacronia • Paradigma e Sintagma • Motivado e Arbitrário  A linguagem deve ser tomada como um objeto duplo  “O fenômeno linguístico apresenta perpetuamente duas faces que se correspondem e das quais uma não vale senão pela outra” (Saussure,1975:15) Dicotomias de Saussure
  9. 9. Língua e Fala  A linguagem tem um lado social – a Língua (ou Langue, nos termos saussureanos), e um lado individual, a Fala (ou Parole) – impossibilidade de se conceber um sem o outro.  A é um sistema supraindividual – um “tesouro” de uma mesma comunidade linguística – sozinho, não se pode criar nem modificar a língua.  A constitui o uso individual do sistema que caracteriza a língua – “um ato individual de vontade e de inteligência” (1975:22)  A língua é condição da fala, uma vez que, quando falamos, estamos submetidos ao sistema estabelecido de regras que corresponde á língua.
  10. 10. Língua e Fala  A língua só se estabelece a partir das manifestações concretas de cada ato linguístico efetivo. Assim, a língua é ao mesmo tempo, o instrumento e o produto da fala. O objeto de estudo da linguística estrutural é a Língua e não a Fala!
  11. 11. Sincronia e Diacronia  Sincronia - Qualidade do que é síncrono ou sincrônico. 2 - Ocorrência ou realização em simultâneo. 3 - Conjunto dos fatos ou fenômenos, especialmente linguísticos, considerados num dado período.  Diacronia - Caráter dos fenômenos ou fatos, especialmente linguísticos, estudados do ponto de vista da sua evolução no tempo. Método de investigação a ser a dotado pelo linguista em sua pesquisa.
  12. 12. Sincronia e Diacronia  “É sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, diacrônico tudo o que se diz a respeito às evoluções. Do mesmo modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado da língua e uma fase de evolução.” (1975:96)  Sincrônico – descrição de um determinado estado da língua em um determinado momento do tempo.  Diacrônico – estabelecimento de comparações entre dois momentos da evolução histórica de uma determinada língua. Linguística Estática – Linguística Evolutiva Prioridade do estudo sincrônico sobre o diacrônico.
  13. 13. O Signo Linguístico  Língua - conjunto de elementos solidários, um sistema de signos.  Língua é uma realidade psíquica – um tesouro – um sistema gramatical depositado virtualmente no cérebro de um conjunto de indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade linguística.  Signo – unidade constituinte do sistema linguístico e formado por duas partes inseparáveis – Significante e Significado  Significante – sequência de fonemas – “imagem acústica”- impressão psíquica do som  Significado – chamado de conceito – sentido que é atribuído ao significante Signo – associação de um conceito com uma imagem acústica.
  14. 14. A arbitrariedade do Signo  Para Saussure, o signo linguístico é arbitrário – não existe uma relação necessária, natural entre a sua imagem acústica (seu significante) e o sentido a que ela nos remete (seu significado)  Há certos contraexemplos dessa arbitrariedade – onomatopeias  “Não apenas são pouco numerosas, mas sua escolha é já, em certa medida, arbitrária, pois não passam da imitação aproximativa e já meio convencional de certos ruídos”. (1975:83)  Reconhece a limitação da arbitrariedade – “vinte” (+) “dezenove” (-)
  15. 15. Relações Sintagmáticas e Paradigmáticas  O signo linguístico representa uma extensão – mensurada linearmente  Caráter linear da linguagem articulada  A distribuição das palavras (dos signos) não ocorre de maneira aleatória, e sim pela exclusão de outros possíveis arranjos distribucionais.  Sintagma - Conjunto de palavras subordinadas a um núcleo e que forma um constituinte da frase.  Relações em praesentia – dois ou mais termos que estão presentes. A) Nível Fonológico – casa (cvcv) B) Nível morfológico – menin- o (radical + vogal temática) C) Nível Sintático – O menino (SN) – gosta de bolo (SV)
  16. 16. Relações Sintagmáticas e Paradigmáticas  Paradigma - Conjunto das formas que servem de modelo de derivação ou de flexão. Conjunto dos termos ou elementos que podem ocorrer na mesma posição ou contexto de uma estrutura.  Estabelecimento de relações - organização dos elementos linguísticos. A) Livro – Livraria B) Leiteiro – Sapateiro C) Estudo – Estudas D) Caridoso – Bom E) Educação – Aprendizagem  Sintagma e paradigma - relações concomitantes
  17. 17. Relações Sintagmáticas e Paradigmáticas
  18. 18. A corrente norte-americana  Leonard Bloomfield – Language (1933)  Distribucionismo ou Linguística Distribucional  Elaboração de um sistema de conceitos aplicáveis à descrição sincrônica de qualquer língua. A) Cada língua apresenta uma estrutura específica; B) Essa estrutura é evidenciada a partir de três níveis – o fonológico, o morfológico e o sintático; C) Cada nível é constituído por unidades do nível imediatamente inferior: as construções são sequências de palavras; as palavras, sequências de morfenas; os morfemas, sequências de fonemas; D) A descrição de uma língua deve começar pelas unidades mais simples; E) Cada unidade é definida em função de sua posição estrutural – de acordo com os elementos que a precedem e que a seguem na construção; F) Na descrição é necessária absoluta objetividade, o que exclui o estudo da semântica do escopo da linguística.
  19. 19. A corrente norte-americana  Para que possamos estudar uma língua, faz-se necessário: A) A constituição de um Corpus – a reunião de um conjunto, os mais variado possível, de enunciados emitidos por usuários de uma determinada língua em uma determinada época; B) A elaboração de um inventário, a partir desse Corpus, que poderiam determinar as unidades elementares em cada nível de análise, assim como as classes que agrupam tais unidades; C) A verificação das leis de combinação de elementos de diferentes classes; D) A exclusão de qualquer indagação sobre o significado dos enunciados que compõem o Corpus.
  20. 20. A corrente norte-americana  Postura mecanicista  Behaviorismo – a partir de 1920 - Burrhus Frederic Skinner  Comportamento como objeto de estudo  Totalemente explicável e previsível  Independente de fatores internos  Estímulo - Resposta  Ficam descartados conceitos e categorias centrais para outras correntes teóricas, como consciência, vontade, inteligência, emoção e memória – os estados mentais ou subjetivos.
  21. 21. A corrente norte-americana  Linguística Distributiva – análise distribucional  Observação de um corpus  Associação dos elementos entre si de maneira linear  Partes de uma língua não se organizam de maneira arbitrariamente  Método descritivo e indutivo – todas as frases de uma língua são formadas pela combinação de construções  Análise em Constituintes Imediatos  A frase é o resultado de diversas camadas de constituintes
  22. 22. A corrente norte-americana Frase – O aluno comprou um livro Sintagmas – o aluno / comprou um livro Palavras – o / aluno / comprou / um / livro Morfemas – o / alun /o/ compr/ ou/ um / livr/ o Fonemas – o / a/l/u/n/o / k/õ/p/r/o/u / ũ / l/i/v/r/o  Modelo estruturalista como um todo  Perspectiva demasiadamente formal do fenômeno linguístico
  23. 23. Questões  1) Comente a afirmativa saussuriana: “A língua é um sistema cujas partes podem e devem ser consideradas em sua solidariedade sincrônica” (Saussure, 1975)  2) Defina os conceitos de “língua” e “fala”  3) Um dos postulados de base da linguística estrutural é que o signo é arbitrário. Explique o que significa essa afirmação.  4) A linguística estrutural reconhece o princípio saussuriano de que todo o mecanismo linguístico repousa dobre relações de dois tipos: sintagmática e paradigmática. Explique tal princípio, exemplificando-o.  5) A afirmativa de que “a Linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma”, que finaliza o texto do Curso de Linguística Geral, é fundamental para que possamos compreender os postulados de Saussure. Faça alguns comentários a respeito dessa questão.  6) Aponte três características da linguística descritiva norte-americana (distribucionalismo) que fazem dela uma vertente do estruturalismo saussuriano

Qual suposição não pode ser identificada com a corrente estruturalista Norte

7a Questão (Ref.: 201712164863) Qual suposição não pode ser identificada com a corrente estruturalista norte-americana: A descrição linguística deve começar pelas unidades mais simples. Cada subsistema é formado por unidades: para a fonologia, o fonema; para a morfologia, o morfema; e para a sintaxe, o sintagma.

O que é estruturalismo Bloomfieldiano?

O estruturalismo norte-americano tem como representante Leonard Bloomfield que desenvolve seus trabalhos de acordo com a corrente da Linguística distribucionalista. Assim, é publicada em 1933 a obra "Language", marcando essa vertente estruturalista norte-americana.