Quando o câncer de mama atinge o linfonodo?

Os linfonodos normais são pequenos e podem ser difíceis de serem detectados, mas quando há uma infecção, inflamação ou câncer, os gânglios podem aumentar de tamanho.

Os localizados próximos da superfície do corpo, podem aumentar de tamanho e serem sentidos com os dedos, e alguns podem até ser vistos. Mas, se há apenas algumas células cancerosas em um linfonodo, podem não ser vistas e não se sentir nada. Nesse caso, o médico verifica a existência de câncer mediante a remoção de todo ou parte do linfonodo.

Quando um cirurgião opera para remover um tumor primário, um ou mais dos gânglios linfáticos próximos (regionais) podem também ser retirados. A retirada do um gânglio linfático é chamada de biópsia. Quando muitos linfonodos são removidos, é chamada de amostragem ou dissecção linfonodal. Quando o câncer já se espalhou para os gânglios linfáticos, existe um risco aumentado de que o câncer possa voltar após a cirurgia. Esta informação ajuda o médico a decidir se mais tratamentos, como a quimioterapia ou radioterapia, são necessários após a cirurgia.

Os médicos também podem colher amostras de um ou mais linfonodos usando agulhas. Geralmente, isto é feito em gânglios linfáticos aumentados de tamanho. O procedimento é chamado de biópsia por agulha. O tecido retirado é estudado sob o microscópio por um patologista (médico que diagnostica doenças utilizando amostras de tecido) para descobrir se existem células cancerosas na amostra.

Sob o microscópio, todas as células cancerosas nos linfonodos retirados se parecem às células onde está localizado o tumor primário. Por exemplo, quando o câncer de mama se espalha para os gânglios linfáticos, as células nos linfonodos se parecem com as células de câncer de mama. O patologista elabora um laudo anatomopatológico, que detalha o que foi encontrado. Se um linfonodo contém câncer, o laudo descreve em detalhes o achado quanto à aparência e quantidade de doença que foi observada.

Os médicos também podem usar exames de imagem para estudar os gânglios linfáticos ao redor de um tumor em caso de se encontrarem em locais mais profundos no corpo.

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Acompanhamento de linfonodos é essencial para evitar a metástase

As ínguas – tecnicamente chamadas de linfonodos – fazem parte do sistema linfático do corpo. Elas são pequenas estruturas existentes em inúmeros lugares que agem principalmente na defesa do organismo e são encarregadas de fazer toda a drenagem de vírus e/ou bactérias que tentam atacar o corpo. Cada conjunto de linfonodos é responsável por drenar um ponto do corpo – os que ficam localizados nas axilas, por exemplo, drenam as mamas. 

Segundo o dr. Rodrigo Souto, mastologista e diretor técnico da PróOnco Mulher, quando há a invasão de vírus ou bactérias no organismo, eles são automaticamente barrados ao passar pelos linfonodos, com isso, os linfócitos – que são as células de defesa – se multiplicam, aumentando os linfonodos e formando a famosa e conhecida íngua. 

Pelo corpo existem inúmeros linfonodos que não apresentam alterações relacionadas com doenças, mas, em alguns casos, é importante observá-los, como no rastreio do câncer de mama. Nessa situação, os linfonodos axilares aumentam o risco de a doença se espalhar pelo organismo, se tornando a principal fonte de metástase, por isso, o seu rastreamento deve ser um hábito para os pacientes que possuem um tumor mamário.

A retirada dos linfonodos é necessária?

Hoje em dia, a necessidade de remover os linfonodos está restrita a pacientes específicos, pois o objetivo é tornar o procedimento menos invasivo, sem prejudicar o tratamento, com menos exposição aos efeitos colaterais.

“A retirada dos linfonodos era comum há um tempo, mas, hoje, é possível saber, por intermédio de exames, qual o grau de comprometimentos dos gânglios. Com a análise do linfonodo sentinela, que é o primeiro a receber as células cancerígenas oriundas do câncer de mama, podemos saber se será necessário ou não realizar o esvaziamento axilar”, diz o dr. Rodrigo.

É sempre importante fazer o acompanhamento com o seu mastologista, ele está preparado para realizar a melhor abordagem clínica especializada, de acordo com o seu quadro de saúde. E não se esqueça de que cuidar de você deve ser uma rotina.

Os linfonodos estão espalhados por todo o corpo, sendo conhecidos também como gânglios linfáticos. São responsáveis por coletar diversos materiais e líquidos.

Quando há algum tipo de problema próximo a um linfonodo, como uma infecção ou um câncer, ele tende a aumentar de tamanho, à medida que vai filtrando as chamadas “células ruins”.

O aumento de um linfonodo indica sempre que algo ali não está certo, mas a presença de outros sintomas ajuda muito na identificação do problema, como febres e dores, entre outros.

Em algumas áreas, o linfonodo aumenta muito de tamanho, como virilha, axilas e pescoço.

Quanto maior for a área ou região onde os linfonodos estão aumentando, mais indica algum problema generalizado, como câncer, leucemia ou infecções, como a catapora.

O câncer também pode surgir nos gânglios linfáticos, de maneiras distintas, começando no próprio local ou chegando aos linfonodos a partir de outra região corporal.

E como o câncer se espalha pelos linfonodos?

Ele começa a se espalhar desde o local onde se iniciou até as outras regiões corporais, pois as células cancerígenas tendem a desprender-se do tumor e viajar para diversas outras partes do corpo.

Quando são conduzidas por meio do sistema linfático, podem chegar até os linfonodos, e uma ou duas células podem começar a formar novos tumores, disseminando-se na chamada metástase.

A célula que causa metástase, depois de desprender-se do tumor original, vai se fixando na parte interna de um vaso linfático, movendo ao longo da linfa até um novo linfonodo.

Sempre que o câncer começar a crescer em um gânglio linfático, isso acomete todos os outros linfonodos próximos, que tentarão filtrar ou matar essas células.

Por isso, é importante acompanhar como está a saúde dos linfonodos, principalmente em paciente com câncer.

Quando o câncer de mama vai para os linfonodos?

No câncer de mama, os linfonodos axilares são a primeira fonte de metástase da neoplasia mamária. Por isso, a remoção dessas estruturas é necessária, durante todos os procedimentos cirúrgicos que envolvem o câncer de mama, para identificar ou excluir células metastáticas.

Quando o câncer se espalha para os linfonodos?

Como o câncer se espalha para os linfonodos? O câncer pode se espalhar a partir do local onde começou (sítio primário) para outras partes do corpo. Quando células cancerígenas se desprendem do tumor, podem viajar para outras partes do corpo, quer através da corrente sanguínea ou do sistema linfático.

Porque as metástases do câncer de mama são comuns em linfonodos axilares?

A maioria das células tumorais que se desprendem do tumor primário é transportada pelo sangue ou pelos gânglios linfáticos através do corpo. A circulação destas células explica porque o câncer de mama muitas vezes se dissemina para os gânglios linfáticos da axila (linfonodos axilares).

O que é um linfonodo com metástase?

Metástase é quando há a presença de células cancerosas fora da região do câncer primário. Ela pode ser regional, quando está próxima do local original, ou à distância. Por exemplo, em um câncer gástrico é possível ter metástase em linfonodos perto do estômago (regional) ou em outros órgãos, como o fígado (à distância).