Que medidas alguns governos de países europeus têm adotado para incentivar o aumento da taxa de natalidade e por consequência do crescimento populacional?

Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014)

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O controle de natalidade é visto em muitos países como uma solução para o crescimento populacional, a partir de políticas públicas para o incentivo da diminuição do número de nascimentos no país, por meio de campanhas, distribuição gratuita de contraceptivos, preservativos, entre outros.

Essa ideia de utilizar o controle de natalidade como método de diminuir os nascimentos, vem das teorias malthusiana e neomalthusiana, teorias demográficas que analisam o alto índice populacional de um país como o fator principal de seu baixo desenvolvimento econômico, colocando em vista que os países com maiores índices de desenvolvimento econômico tem baixo crescimento populacional, e conseguem esse fato a partir da utilização dos controles de natalidade.

A China, por exemplo, utilizou durante décadas uma política de controle de natalidade conhecida como Política do Filho Único, onde ela regulamenta por lei que os casais não podem ter mais do que um filho, sendo penalizados caso tenham um segundo filho, ou mais. Essa política vigorou de 1970 até 2015, quando foi modificada para permitir até dois filhos por casal. Muitos analistas indicam que ela tenha auxiliado na contenção da explosão demográfica no país, visto que a China é o país mais populoso do mundo, e atualmente se encontra entre as maiores potências mundiais. Porém essa política implica em problemas relacionados a abortos de bebês do sexo feminino, pois há preferência ao sexo masculino, principalmente nas áreas rurais do país, causando um desequilíbrio na população da China, onde há mais homens do que mulheres.

Políticas de controle de natalidade rigorosas como a da China ocorrem pelo mundo baseadas nas teorias demográficas, porém, existem formas menos rígidas de conter as taxas de natalidade, como a distribuição de preservativos, contraceptivos, educação sexual nas escolas, entre outros métodos que não implicam em determinar ações de tamanha rigidez e que não tragam malefícios, como o aborto clandestino e inseguro, por exemplo.

Por outro lado os controles de natalidade podem afetar as economias dos países após as fases de transição demográfica, pois com a redução de natalidade em um país, a faixa etária de crianças diminui, e quando essa leva de crianças estiver na fase adulta, o número de pessoas em idade ativa para o trabalho, mão de obra, será baixa, diminuindo a quantidade de arrecadação governamental a partir da força de trabalho e consequentemente uma menor renda de produto interno bruto (PIB) dentro do país.

Países como a França vem incentivando um aumento da natalidade, pois se encontra com baixos índices de crescimento, e uma maior população na faixa etária idosa, onde o governo tende a gastar muito com o pagamento dos benefícios e está arrecadando pouco, devido o baixo número de mão de obra, com isso, incentiva as famílias, principalmente às mulheres que trabalham, com auxílios de creches e escolas públicas, pois necessita de maior crescimento para suprir os gastos.

Bibliografia:

ALMEIDA, Mauricio de – Geografia Global 2 – São Paulo: Escala Educacional, 2010.

SAMPAIO, Fernando dos Santos – Para viver juntos: geografia 7º ano - 3. Ed – São Paulo: Edições SM, 2012.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/controle-de-natalidade/

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Resposta:uma das medidas adotada é o "bônus bebê ".na Alemanha,o governo realiza um pagamento de 13 parcelas quinzenais q oscilam entre o valor equivalente a R$650 e R$1500 além disso,incluem-se outros bônus, como auxílio-maternidade e outros

Explicação:

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Com índices de natalidade e mortalidade cada vez menores, a população da Europa segue tendência do envelhecimento e preocupa autoridades.

Um dos principais problemas atualmente existentes na Europa é o envelhecimento médio de sua população. Esse processo acontece em função de dois fatores conjunturais principais: a queda das taxas de mortalidade (em função das melhorias nas condições de vida) e a queda acentuada das taxas da natalidade (que só foram mais baixas em períodos de grandes catástrofes, como a difusão de doenças e a realização de guerras).

O resultado disso é a preponderância de uma população mais velha na maioria dos países europeus, a exemplo dos dramas vividos por França, Itália e Alemanha. Nesses países, a população idosa – ou seja, que possui mais de 60 anos de idade – é superior ao número de habitantes que possuem até 15 anos, fator que vem se agravando nos últimos anos. O número médio de nascimentos gira em torno de 1,5 criança por mulher, enquanto a expectativa de vida, em alguns países, já está próxima aos 80 anos.

Uma medida que vem sendo tomada para regular, de certo modo, o ritmo de crescimento da população é a concessão de incentivos para que as famílias passem a ter mais filhos. Isso porque, à medida que a média de idade em um país se eleva, a PEA (População Economicamente Ativa) vai diminuindo, de forma que os gastos por parte do governo para sustentar os aposentados e manter outros custos aumentam. Além disso, há uma queda na geração de empregos, com a ocorrência de vagas ociosas, atraindo menos investimentos e gerando menos riquezas ao país.

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Uma das medidas adotadas em vários países é o chamado “Bônus Bebê”. Na Alemanha, o governo realiza um pagamento de 13 parcelas quinzenais que oscilam entre um valor equivalente a R$650 e R$1500. Além disso, incluem-se outros bônus, como o auxílio-maternidade e outros.

Para além dessa questão, é preciso lembrar que a diminuição da PEA não é o único problema encontrado pelos países europeus no que diz respeito ao envelhecimento de suas populações. Tanto é que os governos também vêm tomando medidas para adequar as estruturas sociais aos padrões de uma população cada vez mais idosa, com medidas de inclusão das pessoas mais velhas, melhorias nas condições de acessibilidade, inclusão digital e outros elementos.

As medidas públicas tomadas pelos países europeus em relação ao tema em tela devem ser observadas com atenção pela maioria dos países emergentes (com exceção de Índia e China), que vêm passando pelo mesmo processo e, no futuro, poderão ter de enfrentar o problema.

O Brasil, por exemplo, vem registrando sucessivas quedas nas taxas de natalidade, acompanhando a queda das taxas de mortalidade, o que é responsável por uma elevação gradual da expectativa de vida dos habitantes. O país, por enquanto, ainda é considerado um “país adulto”, mas alguns especialistas já vêm demonstrando certa preocupação sobre o envelhecimento acelerado atualmente em curso.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Que medidas alguns governos de países europeus têm adotado para incentivar o aumento das taxas de natalidade e por consequência o crescimento populacional?

A Europa tenta conter a redução de sua população com uma medida inovadora: dar mais férias pagas ao pai para tentar incentivar os casais a terem filhos. Nos últimos anos, vem crescendo o número de propostas e novas leis ampliando a licença-paternidade.

Que medidas alguns governos de países europeus têm adotado para incentivar o aumento das taxas de natalidade?

Segundo a ONU, dois terços dos países europeus lançaram medidas para aumentar suas taxas de natalidade — de bônus pagos a cada bebê nascido a licença-paternidade remunerada, com variados graus de sucesso.

Como o governo tem estimulado a natalidade na Europa?

Na Alemanha, por exemplo, o governo estendeu o prazo da licença-maternidade para até 3 anos após o nascimento da criança, sem corte de salário; há também outros benefícios, como abonos em dinheiro, disponibilidade de vagas para a educação infantil, assistência médica e redução de impostos para aqueles que desejam ter ...

O que tem motivado a queda nas taxas de natalidade na Europa?

Entrada da mulher no mercado de trabalho: essa ocorrência provocou inúmeras transformações, entre elas a diminuição das taxas de fecundidade. A dificuldade de conciliar a vida profissional com as tarefas domésticas e as atividades familiares tem impactado diretamente o número de nascimentos no continente europeu.