A imunoglobulina anti Rh(D) (conhecida como vacina Rogan) é utilizada para prevenir a sensibilização materna ao fator sanguíneo de um bebê Rh positivo quando a mãe possui o fator Rh negativo. Esta condição também é conhecida por incompatibilidade sanguínea. Com a vacina, que contém anticorpos IgG específicos contra antígenos Rh(D) de eritrócitos humanos, a gestante de fator sanguíneo Rh negativo, previne a
produção de anticorpos que combatem o Rh positivo do feto e a gravidez transcorre normalmente sem risco para a mãe e para o bebê. O Rh negativo da mãe não vai gerar doenças genéticas no bebê ou aborto durante a primeira gravidez. A maioria dos abortos do primeiro trimestre ocorrem devido a uma alteração cromossômica, por isso, é importante analisar o material de aborto e conversar com o médico de sua
confiança sobre outros exames para auxiliá-la a prevenir a repetição da perda em uma próxima gestação. Indicações para a vacina RoganA administração da imunoglobulina anti Rh(D) em mulheres Rh(D)negativas é indicada nos seguintes casos:
Tomei a vacina Rogan uma vez, preciso tomar novamente?A proteção das imunoglobulinas é de curta duração. Assim que o organismo as elimina cessa seu efeito, sendo necessária sua aplicação toda vez que houver risco de sensibilização. A duração do efeito da imunoglobulina anti Rh(D) não é para a vida toda. A proteção chega a 12 semanas, por isso, a mulher Rh negativo pode necessitar recebê-la em diversas oportunidades, conforme o médico identificar risco de sensibilização ao fator Rh. Rogan e interações com medicamentosA imunoglobulina anti Rh(D) não apresenta interações com outros medicamentos conhecidos até o momento, porém sabe-se que ela pode prejudicar a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados, tais como: sarampo, rubéola, caxumba e catapora, por períodos de 6 semanas a 3 meses. Com o uso de altas doses, este efeito pode persistir por mais de um ano. Reações adversasComo geralmente ocorre na administração de preparações de imunoglobulina, reações alérgicas moderadas e passageiras, incluindo as sensações de calor, dor de cabeça, calafrios e náuseas, podem ocorrer ocasionalmente. É importante avisar seu médico sobre qualquer mal-estar. Incompatibilidade Sanguínea Vs. Compatibilidade GenéticaApesar do nome parecido, a incompatibilidade sanguínea e compatibilidade genética são coisas completamente diferentes. Estas terminologias são frequentemente utilizadas ao referir-se respectivamente à sensibilização do Fator Rh materno-fetal e ao risco do casal relativo à transmissão de doenças genéticas de herança autossômica recessiva. Ou seja, enquanto a incompatibilidade sanguínea está ligada ao fator Rh, conforme explicado anteriormente, a compatibilidade genética é um dos nomes do Teste Genético de Portadores (CGT) que rastreia mutações em genes em comum nos progenitores (pai e mãe) para avaliar o risco de nascimento de filhos com doenças genéticas hereditárias. As doenças autossômicas recessivas se manifestam apenas quando uma variante no mesmo gene é herdada por parte de ambos progenitores, que são portadores saudáveis, ou seja, possuem a alteração que pode gerar o distúrbio genético em um descendente, porém não manifestam a doença em si. Quando existe esta compatibilidade genética, o risco de ter um filho afetado é de 25%. Então, o casal é orientado através de um aconselhamento genético sobre o possível impacto na descendência, bem como a respeito das alternativas de prevenção da condição antes da gestação, que podem ser a seleção de embriões livres da mutação familiar através do tratamento de fertilização in vitro (FIV) com o Teste Genético Pré-Implantacional para Doenças Monogênicas (PGT-M), FIV com doação de gametas ou a adoção. Quem leu este artigo também se interessou por:
Qual o fator Rh da mãe é preocupante durante a gravidez?No caso de mulheres com sangue Rh negativo, a sensibilização pode ocorrer em qualquer momento durante a gestação. Contudo, o momento em que há mais propensão de isso ocorrer é durante o parto. Quando a sensibilização ocorre pela primeira vez na gravidez, é pouco provável que o feto ou o recém-nascido seja afetado.
Qual deve ser o fator Rh da mãe para que possa ocorrer a eritroblastose fetal?Para que ocorra eritroblastose fetal, a mãe deve ser Rh negativo e produzir anticorpos contra as hemácias de seu filho Rh positivo.
Como fator Rh pode afetar a gestação?Durante a gravidez, os anticorpos Rh produzidos no corpo da mulher podem atravessar a placenta e atacar o fator Rh nas células sanguíneas fetais. Assim, podem causar um tipo grave de anemia no feto, em que os glóbulos vermelhos são destruídos mais rapidamente do que o corpo pode substituí-los.
Qual tipo sanguíneo pode dar problema na gravidez?Mulheres que têm sangue do tipo O, A, AB ou B negativos precisam ficar atentas na hora de serem mães, alertam especialistas.
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