Quem foi Barão de Mauá e qual sua relação com a economia brasileira no segundo reinado?

Quem foi Barão de Mauá e qual sua relação com a economia brasileira no segundo reinado?

Visconde de Mauá – Irineu Evangelista de Sousa

Irineu Evangelista de Sousa, Visconde de Mauá (Arroio Grande, 28 de dezembro de 1813 – Petrópolis, 21 de outubro de 1889) foi um comerciante, armador, industrial e banqueiro brasileiro. Ao longo de sua vida foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império (1822-1889), dos títulos nobiliárquicos primeiro de barão (1854) e depois de Visconde de Mauá (1874). Foi pioneiro em várias áreas da economia do Brasil.

Dentre as suas maiores realizações, encontra-se a implantação da primeira fundição de ferro e estaleiro no país, a construção da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro Mauá, no atual estado do Rio de Janeiro, o início da exploração do rio Amazonas e afluentes, bem como o Guaíba e afluentes, no Rio Grande do Sul, com barcos a vapor, a instalação da iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro, a criação do terceiro Banco do Brasil (o primeiro, de 1808, concretizou em 1829 a possibilidade existente em seu estatuto de se dissolver ao final de 20 anos), e a instalação do cabo submarino telegráfico entre a América do Sul e a Europa.

Primeiro como barão, título recebido após construir a primeira estrada de ferro da América do Sul, e vinte anos depois, Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Sousa é o principal representante dos primórdios do capitalismo na América do Sul, ao incorporar e adotar, no Brasil, ainda no período do Império brasileiro (1822-1889), em suas empresas, os recursos e maquinários aplicados na Europa e nos Estados Unidos no período da Revolução Industrial do século XIX. É considerado, pelos registros históricos, como o primeiro grande industrial brasileiro. Foi um dos grandes opositores da escravatura e do tráfico de escravos, entendendo que somente a partir de um comércio livre e trabalhadores libertos e com rendimentos poderia o Brasil alcançar situação de prosperidade.

Nascido em uma família de proprietários de pequena estância de criação de gado no Rio Grande do Sul, na fronteira com a República do Uruguai, Irineu Evangelista de Sousa ascendeu socialmente pelos seus próprios méritos, estudos e iniciativa, sendo considerado um dos empreendedores mais importantes do Brasil, no século XIX, estando à frente de grandes iniciativas e obras estruturadoras relacionadas ao progresso econômico no Segundo Reinado. De início incompreendido e contestado por uma sociedade rural e escravocrata, hoje é considerado o símbolo dos empreendedores capitalistas brasileiros do século XIX. Foi precursor, no Brasil, do liberalismo econômico, defensor da abolição da escravatura, da valorização da mão de obra e do investimento em tecnologia. No auge da sua carreira (1860), controlava dezessete empresas localizadas em seis países (Brasil, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Estados Unidos). No balanço consolidado das suas empresas em 1867, o valor total dos ativos foi estimado em 115 mil contos de réis (155 milhões de libras esterlinas), enquanto o orçamento do Império, no mesmo ano, contabilizava 97 mil contos de réis (97 milhões de libras esterlinas). Sua biografia ficou conhecida, principalmente, pela exposição de motivos que apresentou aos credores e ao público ao ter a falência do seu banco, a Casa Mauá & Cia., decretada em 1878.

Referência:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Irineu_Evangelista_de_Sousa

Bar�o de Mau� (Irineu Evangelista de Sousa) (1813-1889) foi um industrial e pol�tico brasileiro. Pioneiro da industrializa��o no Brasil, foi um s�mbolo dos capitalistas empreendedores brasileiros do s�culo XIX.

Foi respons�vel por grandes obras como um Estaleiro, a Companhia Fluminense de Transporte e a primeira estrada de ferro ligando o Rio de Janeiro �Petr�polis. Investiu como s�cio nas ferrovias do Recife e de Salvador que chegavam at� o Rio S�o Francisco, entre v�rias outros empreendimentos.

Inf�ncia e Adolesc�ncia

Irineu Evangelista de Sousa nasceu em Arroio Grande no Rio Grande do Sul em 28 de dezembro de 1813. Filho do fazendeiro Jo�o Evangelista de �vila de�Sousa e de Maria de Jesus Batista de Carvalho, ficou �rf�o de pai aos oito anos de idade, sendo entregue aos cuidados de um tio, capit�o da marinha mercante. Entre 1821 e 1823 permaneceu internado em um col�gio em S�o Paulo.

Com 11 anos, foi para o Rio de Janeiro onde se empregou como balconista de uma loja de tecidos. Em 1826, com 13 anos j� era�empregado de confian�a do portugu�s Ant�nio Pereira de Almeida.

Em 1829, seu patr�o passou por�dificuldades financeiras e�seus�bens foram entregues ao�seu maior credor, o ingl�s Ricardo Carruthers. Irineu foi ent�o em busca de novo emprego.�Passou�a trabalhar como caixeiro da Companhia Inglesa, especializada em importa��o e exporta��o.

S�cio da Carruthers & Cia

Em 1836, com 23 anos, dominando o ingl�s, Irineu Evangelista de Souza torna-se s�cio gerente da empresa Carruthers. Em 1837, seu s�cio foi�para a Inglaterra, deixando Irineu � frente do neg�cio. Ap�s 20 anos de trabalho, o jovem havia acumulado uma importante fortuna pessoal.

Enquanto prosperava, adquiriu uma ch�cara no Morro de Santa Teresa. Chamava seus empregados de meus auxiliares. Criou antipatia dos�senhores de engenho e tamb�m da corte, por dar abrigo a escravos foragidos.

Em 1839, Villa-Lobos foi�buscar sua m�e, sua irm�e sua sobrinha Maria Joaquina, com 15 anos e, as tr�s se instalam em sua ch�cara. Nesse mesmo ano, Mau� foi�para a Inglaterra e l� comprou�um anel de ouro, que presenteou�sua sobrinha, era o pedido de casamento. Casaram-se em 1841 e juntos tiveram 12 filhos dos quis 10 sobreviveram. Dona Guilhermina, sua irm� e sogra, comandava a casa, agora uma mans�o na Rua do Catete.

Primeiras Ind�strias

Em 1845, Irineu vende sua parte na Carruthers e adquire uma pequena fundi��o�situada na Ponta da Areia em Niter�i. Foi buscar�recursos na Inglaterra, pois estava convencido que o Brasil deveria caminhar para a industrializa��o. No�mesmo ano construiu�o�estaleiro da Companhia Ponta da Areia, iniciando a ind�stria naval brasileira. Logo, multiplicou�por quatro seu patrim�nio.

T�tulo de Bar�o de Mau�

Irineu Evangelista de Sousa foi pioneiro no campo dos servi�os p�blicos.�Em 1852 fundou�a Companhia Fluminense de Transportes, em 1853 criou a Companhia de Navega��o a Vapor do rio Amazonas, obtendo o direito � navega��o por 30 anos. A Amaz�nia teve pela primeira vez um�transporte regular entre seus pontos mais long�nquos.

Em 1854 fundou a Companhia de Ilumina��o a g�s do Rio de Janeiro e no dia 30 de abril inaugura 15 km da primeira estrada de ferro ligando o Porto Mau�, na ba�a da Guanabara, � encosta da Serra da Estrela.

Entre os convidados estava Dom Pedro II, que no mesmo dia concede a Irineu o t�tulo de "Bar�o de Mau�". A locomotiva recebeu o nome de "Baronesa" em homenagem � sua esposa.

Quem foi Barão de Mauá e qual sua relação com a economia brasileira no segundo reinado?

Inaugurou nesse mesmo ano o trecho inicial da Uni�o e Ind�stria, primeira rodovia pavimentada do pa�s, entre Petr�polis e Juiz de Fora.

Empres�rio e Banqueiro

Em sociedade com capitalistas ingleses e cafeicultores paulistas, o Bar�o de Mau� participou da constru��o da Estrada de Ferro Dom Pedro II�(atual Central do Brasil), da Estrada de Ferro Recife � S�o Francisco e a de�Santos-Jundia�.

Iniciou a constru��o do canal do mangue no Rio de Janeiro e foi o respons�vel pela instala��o dos primeiros cabos telegr�ficos submarinos, ligando o Brasil � Europa.

O Bar�o de Mau� fundou, no final da d�cada de 1850, o Banco Mau�, MacGregor & Cia. Em seguida abriu filiais do banco em v�rias capitais brasileiras, e tamb�m nas cidades de Londres, Nova Iorque, Buenos Aires e Montevid�u. Ajudou a fundar o segundo Banco do Brasil, pois o primeiro havia falido em 1829.

Fal�ncia

Liberal, abolicionista e contr�rio � Guerra do Paraguai, o Bar�o de Mau� forneceu os recursos financeiros necess�rios para a defesa de Montevid�u quando o governo imperial decidiu intervir nas quest�es do Prata, em 1850, tornando-se "persona non grata" no Imp�rio.

Suas f�bricas passaram a ser alvo de sabotagens criminosas e seus neg�cios foram abalados pela legisla��o que sobretaxava as importa��es de mat�ria prima para suas ind�strias. Em 1857 seu estaleiro foi criminosamente incendiado.

O Bar�o de Mau� foi deputado pelo Rio Grande do Sul em diversas legislaturas, mas renunciou ao mandato em 1873�para cuidar de seus neg�cios amea�ados desde a crise banc�ria de 1864. Apesar de todas as realiza��es, o Bar�o de Mau� terminou falindo.

Visconde de Mau�

Em 1874, Irineu recebeu o t�tulo de Visconde de Mau�. Em 1875, com o encerramento do Banco Mau�, viu-se obrigado a vender a maioria de suas empresas a capitalistas estrangeiros. Doente, sofrendo com a diabetes, s� descansou depois de pagar todas as d�vidas�encerrando com nobreza todas as suas atividades, embora sem patrim�nio.

Bar�o de Mau�, faleceu em Petr�polis, Rio de Janeiro, no dia 21 de outubro de 1889.

Qual foi a importância de Mauá na economia do 2º Reinado?

Entre a segunda metade dos anos 1850 e o início da década seguinte, o Barão de Mauá tornou-se o homem mais rico do país. Exerceu enorme influência sobre o governo imperial e apareceu como fator decisivo no desenvolvimento nacional e continental.

Quem foi o Barão de Mauá e qual sua importância dentro do contexto de industrialização brasileira?

Irineu Evangelista de Sousa, conhecido por seu título de Barão de Mauá, foi um importante banqueiro, industrial e político brasileiro. Foi o pioneiro da industrialização no Brasil do século XIX, sendo responsável pela construção de grandes empreendimentos.

Quem foi o Barão de Mauá e diga sua atuação no segundo reinado?

Primeiro como barão, título recebido após construir a primeira estrada de ferro da América do Sul, e vinte anos depois, Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Sousa é o principal representante dos primórdios do capitalismo na América do Sul, ao incorporar e adotar, no Brasil, ainda no período do Império brasileiro ( ...

Qual foi a atuação econômica de destaque do Barão de Mauá?

A história do Barão de Mauá está diretamente ligada ao desenvolvimento do país. Além da primeira linha férrea do continente, o empresário foi responsável pelas primeiras indústrias de fundição de ferro e estaleiro do país, o início da exploração do rio Amazonas, obras na cidade do Rio de Janeiro e criação de bancos.