O teste do pezinho, normalmente realizado entre o segundo e o quinto dia após o nascimento do bebê, é fundamental para diagnosticar precocemente e direcionar o melhor tratamento para diversas doenças que podem causar graves complicações e até o óbito. Show Feito por meio de uma coleta de sangue do calcanhar — local onde apresenta diversos vasos sanguíneos e praticamente não causa dor —, o teste é rápido, pouco invasivo e ajuda a identificar doenças raras e graves que podem ser crônicas, genéticas e incuráveis, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Atualmente o teste do pezinho é obrigatório no Brasil, no entanto, existe a versão básica, realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), e a ampliada, realizada pela rede privada, que pode rastrear mais de 100 doenças em recém-nascidos. O teste básico identifica até seis tipos de doenças, são elas: • Anemia falciforme: alteração genética nas hemácias, na qual diminui a capacidade de transportar oxigênio para as células do corpo; Tais doenças, se identificadas com antecedência, podem ser tratadas conforme a maneira mais adequada para cada caso e permitir, assim, a diminuição ou até mesmo a eliminação de possíveis sequelas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para as crianças. “A triagem neonatal é uma ação preventiva muito importante para a detecção de diversas doenças assintomáticas que podem afetar o desenvolvimento do bebê. Essas doenças se detectadas antecipadamente possibilitam o início do tratamento precoce mais específico e diminuem os riscos à saúde da criança, pois muitas delas se manifestam ao longo da infância”, explica Cintia Cunha, líder da área de Saúde da Fundação Abrinq. Bebês prematuros também podem realizar o teste do pezinho? Segundo o Manual Técnico de Triagem Neonatal Biológica, do Ministério da Saúde, todos os recém-nascidos devem passar pela triagem neonatal, no entanto, alguns podem ser mais predispostos a apresentar resultados falsos positivos ou falsos negativos, como no caso dos prematuros. Nestas condições, o teste do pezinho precisará ser repetido posteriormente, de acordo com a idade gestacional e o peso de cada bebê, para certificar que não houve nenhuma interferência no resultado. Ampliação do teste do pezinho No dia 26 de maio foi sancionado o Projeto de Lei (PL) nº 5043/2020, do Deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS), que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 1990, e amplia o número de doenças detectáveis no teste do pezinho realizado pelo SUS. Com a alteração, o Governo Federal se compromete a destinar cerca de R$ 1 bilhão para a ampliação do exame, que passará a identificar até 50 doenças. A medida será implementada gradualmente e deverá entrar em vigor em até um ano. Veja o que será acrescentado de acordo com cada fase de ampliação: Primeira fase: incluirá doenças relacionadas ao excesso de fenilalanina, patologias relacionadas à hemoglobina e toxoplasmose congênita; O projeto ainda prevê a revisão periódica da lista de doenças identificadas pelo teste, com base em evidências científicas sobre os exames de rastreamento disponíveis e nas doenças com maior prevalência no país. “A Fundação Abrinq defende a ampliação do teste do pezinho desde 2016, quando o PL 3077/2015, da Senadora Ana Amélia (PP/RS), que determina a atualização periódica do rol de anormalidades do metabolismo rastreadas na triagem neonatal, passou a tramitar na Câmara dos Deputados. Chegou a publicar seu posicionamento no Caderno Legislativo da Criança e do Adolescente de 2016 e desde então, passou a monitorar o avanço das propostas relacionadas ao tema”, destaca Victor Graça, gerente executivo da Fundação Abrinq. Ampliação do teste e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável A ampliação do número de doenças detectadas pelo teste do pezinho impacta diretamente no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 e 10, uma vez que permite a igualdade no acesso a exames que possibilitam o diagnóstico precoce de doenças nos bebês e garante saúde e bem-estar para todos, contribuindo para o cumprimento da Agenda 2030. Onde ver O tipo de sangue no teste do pezinho?O Teste do Pezinho pesquisa o tipo sanguíneo do bebê? Não. O Teste do Pezinho não pesquisa o tipo sanguíneo do bebê.
Onde mostra O tipo sanguíneo do bebê?O teste de tipagem sanguínea do recém-nascido é um dos exames que o bebê faz assim que nasce e a sua função é especificadamente determinar qual é o tipo sanguíneo da criança. Essa informação fica registrada na maternidade, dentro do prontuário do recém-nascido.
Como ler O teste do pezinho?Além disso, o Teste do Pezinho também pode identificar:. Hemoglobinopatias: doenças relacionadas com a hemoglobina, o que pode comprometer o transporte de oxigênio para o corpo;. Toxoplasmose congênita: doença que pode ser fatal ou levar à cegueira, icterícia (pele amarelada), convulsões ou atrasos cognitivos;. Qual é O nome do exame para saber O tipo sanguíneo?Pelo hemograma é possível saber a tipagem sanguínea, de acordo com as estruturas presentes nos glóbulos vermelhos. Saber seu tipo sanguíneo é muito importante para doação ou transfusão sangue que podem ser necessárias em algum momento da vida.
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