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Paracetamol ou ibuprofeno. Qual o mais indicado para cada situação?Baixar a febre, aliviar a dor garganta ou combater as dores menstruais são alguns dos motivos que levam as pessoas a recorrer ao ibuprofeno ou ao paracetamol. Mas qual o medicamento mais indicado para cada situação?O paracetamol e o ibuprofeno são dois medicamentos que muitas pessoas têm em casa para a eventualidade de precisarem de aliviar alguma dor, pois ambos os fármacos não requerem receita médica até uma certa dosagem. Mas, entre o paracetamol e o ibuprofeno, qual é a melhor escolha para cada situação? E quais os cuidados a ter na toma destes medicamentos? Em declarações ao Viral, Paulo Santos, especialista em Medicina Geral e Familiar e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) tira todas as dúvidas. Quais as diferenças entre o paracetamol e o ibuprofeno?Tanto o paracetamol como o ibuprofeno são “medicamentos analgésicos – que tiram a dor – e medicamentos antipiréticos – que baixam a febre”. “A diferença entre ambos”, explica Paulo Santos, “está na potencialidade inibir a enzima cox”. Por um lado, “o efeito anti-inflamatório” do ibuprofeno inibe essa enzima. Já o paracetamol tem um efeito anti-inflamatório “residual”. Por isso, acaba por ter pouco efeito. Isto faz com que o paracetamol “seja um bom medicamento para baixar a temperatura e para tirar a dor, mas não um bom anti-inflamatório”. Por outro lado, “o ibuprofeno continua a ser bom para baixar a temperatura, para tirar a dor e também é um bom anti-inflamatório”, esclarece o médico. Quando se deve tomar o paracetamol e quando se deve optar pelo ibuprofeno?De um modo geral, clarifica Santos, a comunidade médica age sempre “de baixo para cima” na “escala da dor e da inflamação”. Quer isto dizer que, “se conseguirmos resolver uma situação com um medicamento que é mais simples, como o paracetamol, não precisamos de medicamentos mais complexos, como o ibuprofeno”, sublinha. Nesse sentido, na perspetiva do professor da FMUP, o paracetamol “acaba por ser uma boa primeira opção” para o controlo da febre e da “dor aguda”, nomeadamente “dor de garganta, dores menstruais ou dores de dentes”. No caso das dores menstruais, por exemplo, é verdade que “um dos seus mecanismos tem que ver com inflamação”. Assim, teoricamente, “um anti-inflamatório é mais eficaz do que o paracetamol”, aponta. No entanto, isto depende sempre do indivíduo. Mais uma vez, se o paracetamol for suficiente “para aliviar a dor menstrual, não há necessidade de aumentar para uma medicação mais complexa”, completa. No mesmo plano, o especialista reforça que “conta muito a experiência da pessoa com os medicamentos”. Sabe-se que para algumas pessoas o paracetamol não é eficaz, enquanto para outras “vai atuar de uma forma muito mais interessante”. “Às vezes as pessoas dizem: ‘eu tomo sempre o paracetamol, mas não me faz nada’”. Nestes casos, acrescenta, não vale a pena usar este comprimido como ponto de partida, “pode-se começar diretamente pelo ibuprofeno”, justifica. Então, quando se deve tomar ibuprofeno? “Seja em adição” ou “em substituição”, o ibuprofeno deve ser receitado quando se precisa mais “do efeito anti-inflamatório”, e quando não há “uma resposta satisfatória com o paracetamol”. “Convém haver uma consciencialização em relação à segurança da toma do medicamento”Segundo o especialista, é importante ter em conta a questão dos riscos provenientes da toma destes fármacos. “Convém haver uma consciencialização em relação à segurança da toma do medicamento”, destaca. Não se pode ultrapassar, de uma só vez, “doses acima dos 400 mg de ibuprofeno” e “doses acima dos 500 mg de paracetamol”. Aliás, o paracetamol com 1g, que existe no mercado, “obriga a uma prescrição médica e a um acompanhamento médico”, lembra. Na visão de Paulo Santos, uma questão relevante é o modo como se toma os medicamentos. Deve-se ingerir qualquer comprimido “com um grande copo de água”, de modo que o fármaco faça o seu percurso dentro do corpo humano. Efetivamente, “beber pouca água” ou “engolir o comprimido sem água” pode fazer com que o medicamento “não seja suficientemente dissolvido e acabe por não ser absorvido”, provocando úlceras gástricas. Relativamente aos efeitos adversos, em primeiro lugar, deve-se ter cuidado com as implicações para o estômago. Os anti-inflamatórios, devido ao “seu mecanismo de ação”, inibem “alguns mecanismos de proteção da parede do estômago”, alerta. Isto faz com que haja uma maior exposição à acidez do estômago, corroendo as paredes do órgão. Assim, podem ocorrer “hemorragias gástricas”, “úlceras” e outro tipo de complicações na proteção do estômago. Neste plano, “o ibuprofeno acaba por ser mais impactante do que o paracetamol”, o que não quer dizer que o paracetamol também não possa prejudicar o estômago, avisa Santos. Depois, os anti-inflamatórios, de uma forma geral, podem impactar o aparelho cardiovascular e os rins. Uma pessoa hipertensa, que tome estes medicamentos durante uns dias, “pode verificar uma subida da tensão” ou “sintomas de angina, que estavam mais ou menos controlados”. Noutro plano, refere o médico, para a população que sofre de doença renal crónica, “a toma de anti-inflamatórios de uma forma indiscriminada” pode “descompensar todo o funcionamento do rim e isso pode trazer problemas para a saúde”. Pode tomar paracetamol e ibuprofeno juntos?Podemos misturar? Em algumas ocasiões, como gripe ou outros casos, pode ser recomendável tomar os dois medicamentos. Você deve tomar uma dose de ibuprofeno e combinar a cada 8 horas (ou até 6 horas) com um paracetamol. Essa combinação não tem efeitos colaterais e não neutraliza os efeitos da outra.
Qual é o melhor antiNão há o melhor anti—inflamatório !. Todos tem a mesma eficácia. Quando prescrito os médicos escolhem a medicação com menor efeito colateral de acordo com as comorbidades que o paciente tem.
O que é ibuprofeno e para que serve?Ibuprofeno é indicado no alívio dos sinais e sintomas de osteoartrite (lesão crônica das articulações ou “juntas”) e artrite reumatoide (inflamação crônica das "juntas” causada por reações autoimunes, quando o sistema de defesa do corpo agride por engano ele próprio), reumatismo articular (inflamação das “juntas”), nos ...
Qual é o antiEntre os anti-inflamatórios, a nimesulida é mais potente que o ácido acetilsalicílico (AAS). Por outro lado, não tem grande vantagem em relação ao diclofenaco e o ibuprofeno. “Sua atividade contra a febre possui a mesma eficácia que a dipirona sódica e o diclofenaco.
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