Explique o motivo da preocupação com o desmatamento da amazônia brainly

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo Estadão, a Amazônia perdeu uma área total de 762 mil km² em 2019— número equivalente a 17 Estados do Rio de Janeiro. A estimativa é de que 42 bilhões de árvores adultas tenham sido cortadas. Com esse cenário, as recentes queimadas e a crescente preocupação com o aquecimento global, diversas medidas começaram a surgir nos últimos anos para tentar controlar as queimadas e destruição das florestas.

De acordo com o pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Paulo Barreto, o desmatamento deve ser zerado a fim de que os biomas brasileiros, especialmente o cerrado, sejam preservados. Para isso, o profissional indica uma série de ações que, se aplicadas, vão contribuir para o fim do desmatamento no Brasil. Confira:

1. Instituir o imposto rural

A especulação fundiária é um dos principais motivos para o desmatamento ilegal na Amazônia. Um cidadão com posses faz a derrubada de florestas em áreas públicas como forma de ocupar o território para, posteriormente, realizar a regularização. Para combater esse mal, a medida adotada deve ser a maior efetividade na cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR), taxa brasileira federal aplicada quando uma pessoa tem posse de um perímetro rural.

2. Ampliar a moratória da soja para o cerrado

A moratória da soja é um pacto ambiental entre produtores de soja no País, ONGs ambientais e o governo, que se uniram para adotar medidas contra o desmatamento. O projeto proíbe a aquisição do grão que seja cultivado em áreas recém-desmatadas na Amazônia. Desde que entrou em vigor, o plano triplicou o bioma amazônico, tornando-se uma medida eficaz e viável para a preservação da área.

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(Fonte: Freepik)

3. Eliminar o mercado de carne ilegal

Grande parte da carne consumida no Brasil é proveniente de uma área desmatada. Isso significa que diversos pecuaristas não cumprem as leis e destroem as florestas para construir áreas de criação de animais. Para extinguir a prática, é possível utilizar uma tecnologia que rastreia a origem da carne.

4. Aumentar a fiscalização do crédito para a agricultura

De acordo com o Código Florestal, pessoas físicas ou empresas que praticaram desmatamento ilegal não podem ter acesso ao crédito subsidiado para agricultura. O aumento da fiscalização vai garantir que cidadãos que estejam na ilegalidade percam o direito ao benefício, dificultando atuações prejudiciais ao bioma amazônico.

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(Fonte: Freepik)

5. Definir novas medidas de combate ao desmatamento

O setor público, em parcerias com ONGs que atuam na causa ambiental, devem propor constantemente novas medidas ou atualizações que contribuam com o fim do desmatamento e driblem as recentes tentativas de continuar a degradação das florestas, como o desmatamento em períodos de chuvas — que evita a fiscalização por satélite.

Fonte: Amazonia.org; Observatório do clima

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  • A importância das florestas em pé

    A importância das florestas em pé na Amazônia

    A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, além de conter mais da metade da biodiversidade do planeta. O desmatamento na região representa hoje a liberação de 200 milhões de toneladas de carbono por ano (2,2% do fluxo total global). Conheça abaixo a importância de manter as florestas em pé, baseado na cartilha de mesmo nome publicada pelo IPAM em 2001, com texto de Cláudia Azevedo (Professora da UFPA e então Pesquisadora do IPAM) e fotos de Toby (IPAM) e Edivan Carvalho (IPAM). Com dados atualizados em julho de 2010 por Simone Mazer (IPAM).

    Serviços Ecológicos

    A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, desempenhando papel imprescindível na manutenção de serviços ecológicos, tais como, garantir a qualidade do solo, dos estoques de água doce e proteger a biodiversidade. Processos como a evaporação e a transpiração de florestas também ajudam a manter o equilíbrio climático fundamental para outras atividades econômicas, como a agricultura.

    Recursos Hídricos

    A região Amazônica tem um papel preponderante no uso múltiplo dos recursos hídricos (água potável, navegabilidade, aproveitamento energético, pesca, lazer, etc). A região Amazônica concentra 20% da água doce do planeta. A manutenção de florestas nas margens de rios evita erosões, assoreamentos e garante alimento para vários organismos aquáticos.

    Proteção contra incêndios
    As florestas da Amazônia funcionam como grandes barreiras contra incêndios, não deixando que o fogo, que escapa de campos agrícolas e pastagens, se espalhe. A vegetação alta e densa das florestas e sua capacidade de permanecer sempre verde e exuberante, mesmo nos meses de seca, são o segredo deste importante serviço ecológico. O sombreamento da floresta mantém sua umidade e a protege contra os incêndios. O fogo que escapa da agricultura e da pecuária queima cercas, culturas perenes (como cupuaçu e a laranja), plantações florestais e pastagens, causando um prejuízo de mais de U$ 107 milhões por ano à sociedade brasileira. Quando ocorre a exploração madeireira sem os cuidados em reduzir os impactos sobre o ambiente ou as florestas são desmatadas, as “barreiras” florestais gigantes são substituídas por vegetação altamente inflamável e o risco de incêndio aumenta.

    Biodiversidade e Biotecnologia

    Embora cobrindo apenas 7% da superfície terrestre, a floresta Amazônica contém mais da metade da biodiversidade do mundo, representando um tesouro inestimável para a humanidade e um grande potencial para o desenvolvimento da biotecnologia. Na floresta encontramos, por exemplo, essências variadas, substâncias para o combate às pragas e para o desenvolvimento de produtos farmacológicos, além de conter um grande potencial para a geração de novas fontes de recursos utilizáveis.

    Extrativismo

    Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) no Brasil vivem na região amazônica ou na/da floresta. Na Amazônia, a extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas. Os recursos florestais, desde que racionalmente utilizados, trazem benefícios econômicos às populações locais, fixam o homem no campo e melhoram sua qualidade de vida.

    Populações Indígenas

    No Brasil, existem cerca de 817.963 índios divididos em 256 sociedades indígenas e 274 línguas. Apenas 13.8%  da terras do país estão delimitadas aos índios. A Amazônia Legal abriga a maior parte dessas terras (são 424 áreas e 115.344.445 hectares) e povos dos quais dependem da floresta para perpetuarem seu modo de vida e sua cultura. Dos índios amazônicos, 69 referências de índios não contatados, indicando a existência de uma riqueza cultural ainda desconhecida. A longa e acumulada experiência dos povos indígenas em relação ao uso dos recursos da floresta é uma fonte de informação valiosa para a ciência e a tecnologia moderna.

    Ecoturismo ou Etnoturismo

    As belezas naturais e a variedade cultural dos povos da Amazônia podem ser convertidas em benefícios econômicos através do ecoturismo ou do etnoturismo, gerando empregos diretos e indiretos. Segundo a Organização Mundial de Turismo, o ecoturismo cresce 65% ao ano em relação aos 15% do turismo convencional. No Brasil, embora essa atividade ainda esteja se desenvolvendo, meio milhão de pessoas praticam ecoturismo, gerando 30.000 empregos diretos, movimentando cerca de 500 milhões de reais por ano. Na Amazônia, surpreendentemente, esta atividade ainda é incipiente e pouco explorada.

    Exploração Madeireira

    A região Amazônica é uma das maiores produtoras de madeira tropical do mundo, já utilizando 350 espécies de árvores para fins comerciais. A falta de planejamento nas atividades de exploração gera um desperdício de cerca de 60% nas serrarias. A exploração racional não esgota o recurso, reduz desperdícios e, comparada a agropecuária extensiva, gera o dobro de empregos e paga salário quatro vezes maior. A Certificação Florestal, mecanismo que assegura ao consumidor que determinado produto provém de áreas bem manejadas, incentiva a exploração madeireira de impacto reduzido, a qualificação da mão de obra, traz benefícios sociais e aumento o retorno econômico da atividade.

    Agricultura

    O incentivo à atividade agrícola em certas regiões da Amazônia é questionável. O retorno econômico da agricultura extensiva é de 10% contra 71% da exploração madeireira de manejo sustentável. Grande parte da agricultura familiar na Amazônia, pobre em recursos e tecnologia, persiste baseado nos nutrientes advindos da floresta convertidos através do secular sistema de corte-e-queima. A intensificação da agricultura e a recuperação de áreas abandonadas em certas regiões diminuiria a pressão sobre as florestas.

    Pecuária

    O retorno econômico da pecuária extensiva na Amazônia é de apenas 4% contra a exploração madeireira de manejo sustentável com desempenho de 71%. Além disto, a relação tributária potencial do setor madeireiro em relação a pecuária extensiva é de 8 para 1. Se o caráter extensivo fosse substituído pelo intensivo, com manejo sustentável dos solos, a pecuária poderia continuar crescendo e as pastagens atuais suportariam o dobro do rebanho, sem a necessidade de aberturas de novas áreas.

    Mudanças Climáticas

    As florestas da Amazônia funcionam como grandes armazéns de carbono, o qual se encontra estocado nos tecidos vegetais. Quando a floresta é derrubada e queimada, este carbono é liberado para a atmosfera, o que contribui para o aumento da temperatura da Terra devido ao efeito estufa (0,7ºC no último século). Os efeitos associados ao contínuo aumento das emissões de CO² (9 bilhões de toneladas por ano) e de outros gases para a atmosfera, são mudanças no clima, quebra de safras agrícolas e o aumento do nível do mar, o que poderia inundar as cidades litorâneas. As emissões de carbono para a atmosfera provêm da queima dos combustíveis fósseis (80%) e das mudanças no uso da terra (20%), principalmente o desmatamento. O desmatamento na Amazônia libera 200 milhões de toneladas de carbono por ano (2,2% do fluxo total global). Por outro lado, a Amazônia armazena em suas florestas o equivalente a uma década de emissões globais de carbono.

    Fontes:

    A Importância das Florestas em Pé na Amazônia (2001. IPAM, Cláudia Azevedo-Ramos)
    Evolução Histórica do Extrativismo (IBAMA, Rafael Pinzón Rueda. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/resex/textos/h2.htm)
    Incêndios causam US$ 5 bilhões em prejuízo (2009. REVISTA DA MAEIRA, Ed.69. Disponível em: http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=293&subject=Queimadas&title=Inc%EAndios%20causam%20US$%205%20bilh%F5es%
    20em%20preju%EDzo
    )
    Ecoturismo: viagem sustentável (2004, INSTITUTO AQUALUNG. Disponível em: http://www.institutoaqualung.com.br/info_ecoturismo_55.html)

Qual o principal motivo para o desmatamento na Amazônia?

Entre as principais causas do desmatamento da Amazônia, podem-se destacar a impunidade a crimes ambientais, retrocessos em políticas ambientais, atividade pecuária, projetos de extração de madeira, mineração, estímulo à grilagem de terras públicas e a retomada de grandes obras.

Por que a Floresta Amazônica é motivo de atenção e preocupação para os ambientalistas?

Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta. A Floresta Amazônica produz imensas quantidades de água para o restante do país e da América do Sul.

Quais as principais causas e consequências do desmatamento da Amazônia?

A principal consequência do desmatamento está atrelada ao desequilíbrio ambiental provocado pela perda da vegetação nativa. A remoção da vegetação provoca uma grande perda da biodiversidade assim como a perda do habitat de animais e plantas, e, ainda, impacta diretamente na elevação do número de espécies em extinção.

O que falar sobre o desmatamento na Amazônia?

O desmatamento na Amazônia em 2021 foi o pior em 10 anos, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os dados apontam que mais de 10 mil quilômetros de mata nativa foram destruídos no ano passado — um crescimento de 29% em relação a 2020.