O que causa o terçol

Todo mundo já teve ou, pelo menos, já viu alguém com aquela bolinha inflamada na margem da pálpebra. Pois este é o famoso terçol, ou “bonitinho” (que, aliás, é muito feio e incômodo!).

Ele surge como uma leve irritação, desconforto ao piscar e ao tocar o local. Sem tratamento, ele cresce e se inflama cada vez mais, causando dor e inchaço na pálpebra.

Aprenda como identificar o terçol quando ele está se iniciando e o que fazer para evitar que ele continue a crescer.

Tipos de terçol 

Existem três tipos de terçol:

  • Hordéolo externo: comum em crianças e adultos, o hordéolo externo ocorre quando há infecção das glândulas de Zeiss, que estão associadas aos cílios. Por isso, a lesão é mais superficial, tende a crescer mais e pode se apresentar com pus.

  • Hordéolo interno: menos frequente, o hordéolo interno acomete as glândulas de Meibomius, mais profundas na pálpebra. Eles têm um crescimento mais lento, porém são mais dolorosos que os externos.

  • Calázio: causado por uma inflamação das glândulas de Meibomius, o calázio cresce lentamente e sem dor.

Causas do terçol 

O hordéolo é causado por uma infecção bacteriana, geralmente por estafilococos. Essas bactérias estão presentes na flora normal do olho e, quando ocorre um desequilíbrio, podem causar terçol, conjuntivite e outras condições.

O calázio é uma lesão inflamatória decorrente da obstrução da drenagem das glândulas de Meibomius.

Ambos estão relacionados à blefarite, uma inflamação crônica da margem das pálpebras.

Sinais e sintomas

Como já falamos, a principal diferença entre o hordéolo e o calázio é a presença de dor. 

O hordéolo é uma lesão mais inflamada, apresentando-se como um nódulo avermelhado e doloroso, inchaço da pálpebra e, possivelmente, secreção purulenta.

O calázio é percebido como um nódulo indolor que cresce lentamente. Ele pode provocar uma inflamação leve nos olhos, como prurido, lacrimejamento e um pouco de secreção.

Como tratar um hordéolo 

Na maioria dos pacientes, o hordéolo regride espontaneamente em alguns dias. Para acelerar o processo, são utilizadas compressas de água morna, aplicadas várias vezes ao dia no local. O calor e a umidade da compressa eliminam as bactérias e ajudam na eliminação do pus, se houver.

DICA: se você começar a sentir um desconforto ao piscar, dor quando toca a margem da pálpebra ou notar um pequeno nódulo próximo aos cílios, já sabe! Comece as compressas imediatamente para evitar que o terçol se desenvolva.

Em alguns casos, pode ser necessário usar colírios ou pomadas contendo antibióticos. Em bebês, um terçol pode evoluir rapidamente para infecções graves. Eles devem ser avaliados por um especialista e acompanhados durante o tratamento.

Como tratar um calázio 

Um calázio não desaparece com tratamento clínico. Nesse caso, é preciso uma pequena cirurgia para drenar a secreção. O procedimento, bastante rápido, é feito sob anestesia local. 

Quando procurar um médico? 

  • caso o nódulo não melhore após 2 ou 3 dias de compressas;

  • se houver presença de inchaço importante da pálpebra;

  • se o inchaço se estender para o rosto.

Todos os bebês com conjuntivite ou hordéolo devem ser avaliados pelo especialista.

Prevenção do terçol 

  • lavar as mãos antes de tocar nos olhos e nas pálpebras;

  • remover toda a maquiagem antes de dormir;

  • não aplicar produtos vencidos no rosto;

  • cuidar bem das lentes de contato;

  • tratar blefarite e rosácea, se houver.

Além disso, cuide da sua saúde emocional. Existe uma ligação entre a ocorrência de terçol e o estresse.

O que causa o terçol
Para saber como tratar essa inflamação ou infecção é importante saber suas causas, principalmente, quando ela é recorrente Ilustração: Cassio Bittencourt/Unsplash/Divulgação

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O terçol, chamado de hordéolo pelos médicos, é a inflamação de uma das glândulas dos olhos. Sua característica é uma bolinha vermelha que incomoda e, às vezes, coça. Ouvimos alguns oftalmologistas para saber como tratar e evitar esse problema e seus sintomas.

A viuvinha ou o hordéolo é uma inflamação que pode ser seguida de infecção por bactérias que ocorre em glândulas que ficam nas pálpebras.

Ela surge na parte interna da pálpebra, na glândula de meibômio (dentro da pálpebra) ou na parte externa (na base do cílio), quando as atacadas são as glândulas de zeis e moll. Essas estruturas são responsáveis pela produção de uma espécie de óleo que ajuda o olho a se manter hidratado e a produzir secreção.

“O terçol nada mais é do que uma inflamação provocada pelo entupimento de uma glândula e que gera sintomas como inchaço e dor. Ela é também a porta de entrada para infecções bacterianas”, esclarece Pedro Ferrari, coordenador do Vera Cruz Oftalmologia, em Campinas, interior de São Paulo.

Mas o que dispara esse quadro? Há alguns motivos, que podem inclusive atuar em conjunto. Em certos casos, o nascimento dos cílios, que se renovam a cada 90 a 120 dias, favorecem o quadro. Em outros, há um excesso de produção daquele óleo ou um mau funcionamento das glândulas. E até ácaros chamados de demodex que habitam nossos poros e gostam de visitar essa região colaboram para a irritação.

Outras causas do terçol

Quando esse problema surge de forma recorrente, cabe fazer uma investigação pormenorizada junto com o oftalmologista. “Pele com rosácea, blefarite [inflamação nas pálpebras], alergias e rinite deixam a região mais sensível e abrem espaço para infecções que disparam o terçol”, lembra Leôncio Queiroz Neto, médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier.

A síndrome do olho seco também pode estar por trás disso. “Uma das suas causas é a dificuldade de produzir lágrimas. Porém a mais comum é síndrome do olho seco evaporativa, motivada pela mistura de ambiente seco, poluição, uso de ar condicionado e excesso de tempo olhando para telas”, relata Augusto Vieira, oftalmologista e gerente médico da União Química.

+ Leia também: O que os olhos dizem sobre a sua saúde

Usar maquiagem fora da validade ou não remover o produto da forma correta também favorece o quadro. “Tenho atendido pessoas com cílios postiços aqui e os olhos inflamados. Produtos assim colaboram com a obstrução das glândulas”, acrescenta o médico do Instituto Penido Burnier.

Sintomas do terçol

  • Pálpebra inchada e vermelha
  • Geralmente, há uma pequena mancha de pus no centro da bolinha, que dá a sensação de cisco no olho
  • Sensibilidade à luz
  • Crosta ao longo da margem da pálpebra
  • Lacrimejamento

Terçol é contagioso?

Não por si só. Ele surge em reação a algum processo inflamatório do próprio corpo. “Pense como uma espinha, que não tem como você transmití-la pelo toque”, esclarece Vieira. Mesmo que haja uma infecção, o raciocínio é o mesmo e não é possível ocorrer esse tipo de contágio.

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Diagnóstico

Ao examinar o olho no consultório, o oftalmologista consegue afirmar se é terçol. “Temos aparelhos que servem como um microscópio. Conseguimos ver até onde a inflamação chegou”, pontua Vieira.

Como tratar o terçol

É sempre importante falar com um profissional de saúde para entender o que está originando o terçol. Enquanto a data da consulta não chega, é possível aplicar compressas mornas com gaze e soro fisiológico, três ou quatro vezes por dia, por 15 minutos, para reduzir a inflamação. Para acertar na temperatura, uma dica dos médicos é comprar bolsinhas de água quente específicas para os olhos.

O calor é uma forma de vencer o desconforto. Não à toa, gerações passadas usavam como simpatia passar a aliança de casamento na região. “O ouro ajuda a aquecer, porque transfere a temperatura muito rápido. Mas não é o ideal, uma vez que a joia pode estar contaminada”, lembra Vieira.

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Lembre-se: de maneira alguma toque ou tente estourar a bolinha. “Isso só piora o quadro”, pontua o oftalmologista Pablo Rodrigues, da Clinic Spot, em São Paulo.

Se não melhorar em três ou quatro dias, o médico pode receitar antibióticos e anti-inflamatórios em forma de colírio ou pomada, como ciprofloxacino, dexametasona e prednisolona.

“Casos mais graves e persistentes, que podem durar até 20 dias, têm indicação de remédios de via oral”, completa Queiroz Neto.

Quando o terçol é consequência de outra doença, o caminho do tratamento é diferente. “O mau funcionamento da glândula, por exemplo, é tratado com aplicação de luz pulsada, terapia também indicada contra blefarite intermitente e rosácea ocular ou na pele”, pontua Queiroz Neto.

Agora, caso apresente muitos episódios de repetição, o oftalmologista pode fazer uma biópsia. “Isso ajudará o médico a verificar se há um problema ocular mais sério”, completa Rodrigues.

Consequências da falta de tratamento

Sem o cuidado adequado, o terçol comumente se transforma em um calázio. “Ele resulta da obstrução do canal de uma das glândulas de meibômio”, afirma Queiroz Neto. Caso ele não seja desbloqueado, a pálpebra ganha um nódulo (granuloma) e, aí, é preciso passar por procedimento cirúrgico, que faz uma drenagem com anestesia local.

O calázio não é só uma consequência do terçol, ele pode surgir por conta própria. “O calázio geralmente não é doloroso. É uma protuberância que se desenvolve mais para trás na pálpebra do que um terçol. Ele é causado por uma glândula sebácea obstruída”, explica Rodrigues.

Como se prevenir do terçol?

  • Mantenha as mãos limpas e evite tocar os olhos
  • Lave as pálpebras e a base dos cílios com xampu de PH neutro, como os infantis
  • Retire toda a maquiagem dos olhos antes de dormir
  • Evite maquiar a borda interna das pálpebras
  • Descarte maquiagens e cosméticos vencidos
  • Não compartilhe maquiagem e outros cosméticos

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O que leva a pessoa ter terçol?

O terçol é uma doença causada por uma infecção bacteriana ou pelo entupimento de glândulas, o que provoca inflamação na região da pálpebra, bem próxima aos cílios. Também chamado de hordéolo, ele causa uma lesão parecida com um nódulo ou bolinha vermelha na região.

O que fazer para eliminar o terçol?

O tratamento do terçol é feito com aplicação local de calor úmido, com uma compressa de água morna, por 10 a 15 minutos, de 3 a 4 vezes por dia. Também é recomendada a administração de colírios ou pomadas com antibióticos receitados por um oftalmologista.