O que quer dizer o Espírito testifica?

O Espírito reforça nosso Espírito  |  

Romanos 8:16 - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

Quando o Apóstolo Paulo afirmou que “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16), ele nos convida a meditar sobre uma das mais profundas revelações das Escrituras. Trata-se da questão de como criaturas humanas podem adquirir o direito de se tornarem membros da família do Criador.

Por uma razão que nós humanos não temos a capacidade de entender direito, o Senhor decidiu “antes mesmo da fundação do cosmos” (Efésios 1:4), transformar algumas simples criaturas em seres complexos espiritualmente, elevando-os até o nível de “filhos adotivos” Dele. O custo de tal promoção foi muito alto, muito mais oneroso do que sequer podemos imaginar. Todavia, pelo menos um detalhe nos foi revelado: ao criar uma entidade com a liberdade de dizer “sim” ao Criador, automaticamente esta pessoa tinha que gozar da liberdade de dizer “não” ao mesmo Criador. E a senha escolhida foi a seguinte: diante da pessoa de Jesus, todo aquele que “pela fé” acreditasse corajosamente que Ele é o Cristo, isto é, o único com poder espiritual capaz de receber meros humanos e metamorfoseá-los em membros da família divina, todo aquele que assim o fizesse passaria a se beneficiar da qualidade de “filho adotivo”.

Ainda hoje, o plano divino funciona cem por cento. Ainda hoje, nós, simples criaturas mortais, podemos receber o direito à filiação divina, “pela fé” em Jesus o Cristo. A coisa é tão extraordinária que nós, às vezes, somos tentados a achar que é mera fantasia. Que é boa demais para ser verdade. É exatamente nestas crises que o Espírito intervém e, lá dentro, nos “garante que realmente somos filhos de Deus”.

Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)

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16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

As primícias do Espírito. Esperança, intercessão, eleição

18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

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Há quase quarenta anos, eu fiz parte de um grupo conhecido como o Concílio Internacional de Inerrância Bíblica. Preocupado com o impacto da alta crítica liberal, nós nos reunimos para definir o que significa dizer que a Bíblia não ensina nenhum erro e para articular uma posição defensável a respeito da confiabilidade da Palavra de Deus que os cristãos pudessem usar para combater os equívocos e declarações falsas da posição histórica da igreja quanto à Bíblia. O concílio desenvolveu a Declaração de Chicago sobre a Inerrância Bíblica, que lida com muitas questões relacionadas à inspiração e à veracidade da Escritura. O artigo XVII dessa declaração afirma, em parte, que “o Espírito Santo testifica das Escrituras, dando aos crentes a certeza da veracidade da Palavra escrita de Deus”.

Com esse artigo, queríamos deixar claro que a Bíblia é o livro do Espírito Santo. Ele está envolvido não apenas na inspiração da Escritura, mas também é testemunha da veracidade da escritura. Isso é o que chamamos de “testemunho interno” do Espírito Santo. Em outras palavras, o Espírito Santo fornece um testemunho que acontece dentro de nós — ele testifica ao nosso espírito que a Bíblia é a palavra de Deus. Assim como o Espírito testifica ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16), ele nos dá certeza da sagrada verdade de sua Palavra.

Apesar de sua importância, o testemunho interno do Espírito está sujeito a equívocos. Um desses equívocos diz respeito a como nós defendemos a veracidade da Bíblia. Precisamos fornecer uma apologética— uma defesa — para a sagrada Escritura que se baseie em evidências da arqueologia e da história, na demonstração da coerência interna da Bíblia e em argumentação lógica? Alguns interpretam de forma errada a doutrina do testemunho interno dizendo que a apresentação de evidências para a veracidade da Bíblia é desnecessária e até mesmo contraprodutiva. Tudo o que precisamos é descansar no fato de que o Espírito Santo nos diz que a Bíblia é a Palavra de Deus tanto em declarações bíblicas diretas quanto em sua obra interna de confirmar a veracidade da Escritura.

Aqueles que defendem essa posição geralmente querem salientar que a autoridade da Palavra de Deus depende do próprio Deus e creem que sujeitar a sua Palavra à prova empírica é fazer a veracidade da Bíblia depender da nossa própria capacidade de avaliar suas reivindicações a respeito da verdade. Em certo nível, essa preocupação é louvável. A autoridade da Escritura depende do fato dela própria ser a revelação de Deus, acima de quem não há autoridade maior. Mas quando estamos falando de prova para a veracidade da Escritura, não estamos falando sobre a autoridade da Palavra de Deus, mas de como nós sabemos quais livros, que reivindicam ser a Palavra de Deus, vieram, de fato, dele. Aqui, a experiência subjetiva não pode ser o nosso único tribunal de apelação. Nós precisamos de algum tipo de testemunho objetivo para determinar se a Bíblia, o Alcorão ou o Bhagavad-Gita é a Palavra de Deus, porque todos eles reivindicam ser a Palavra de Deus.

É aí que entra em jogo o que João Calvino chamou de indicia. Os indicia — indicadores — são os aspectos testáveis, analisáveis, falsificáveis ou verificáveis da prova. Eles incluem coisas como evidência arqueológica, a conformidade da Escritura com o que conhecemos da história a partir de outras fontes, sua coerência interna, sua majestade e beleza, e assim por diante. Tais coisas nos dão confiança objetiva de que a Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Tanto Calvino quanto a Confissão de Fé de Westminster nos dizem que tais indicadores são suficientes em si mesmos para convencer as pessoas de que somente a Escritura é a Palavra de Deus.

Todavia, ambas essas autoridades reconhecem a diferença entre prova e persuasão, e é realmente a obra da persuasão que estamos discutindo quando olhamos para o testemunho interno do Espírito. Seres humanos são peritos em rejeitar evidências objetivas quando elas não confirmam seus preconceitos, não importa quão clara ou convincente seja a evidência. Algumas pessoas não serão persuadidas por nenhuma prova no mundo, porque elas não estão verdadeiramente abertas para a evidência.

Minha experiência como apologeta e ministro me mostrou que a real razão pela qual a maioria das pessoas rejeitam o cristianismo não é por falta de evidência. A prova de fontes externas a respeito da verdade do relato bíblico é muito grande. Não, a verdadeira questão é moral. A pessoa não reconciliada com Deus em Cristo e vivendo em desobediência não quer que seja verdade a declaração da Escritura de que Deus possui pleno e final direito sobre sua vida. Ela quer se livrar desse livro o mais rápido que puder.

É aí que o testemunho interno do Espírito entra. Apenas aqueles que Deus Espírito Santo regenerou se submeterão à Escritura como sua Palavra inerrante e infalível. O Espírito Santo não nos dá um novo argumento para a verdade da Bíblia, mas ele confirma em nossos corações a verdade da Escritura como ela é demonstrada tanto nas marcas internas da Escritura (a harmonia e a majestade de seu conteúdo) quanto nas marcas externas da Escritura (a precisão histórica). Provas objetivas para a Bíblia são muitas e convincentes, mas elas não podem forçar pessoas a crerem contra a sua vontade. Pecadores só são persuadidos a receberem a Bíblia como a Palavra de Deus quando o Espírito Santo muda seus corações e lhes dá a certeza de que eles podem confiar no que a Escritura diz.

O que significa o Espírito Santo testifica?

O dom do Espírito Santo é uma das maiores bênçãos que podemos receber nesta vida, porque o Espírito Santo nos consola, inspira, adverte, purifica e guia. Ele pode nos encher “de esperança e perfeito amor” (Morôni 8:26). Ensina “a verdade de todas as coisas” (Morôni 10:5).

O que significa a palavra testifica na Bíblia?

Significado de Testificar verbo transitivo direto Testemunhar; oferecer testemunho; comprovar a veracidade de: o trabalho testifica a competência do funcionário. verbo transitivo indireto Assegurar; afirmar com convicção e certeza: o juiz testificou que o réu é culpado. Etimologia (origem da palavra testificar).

Quando vier o Espírito da verdade?

“Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade”. Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade.

O que quer dizer o Espírito Santo?

O Espírito Santo é o terceiro membro da Trindade. Ele é um personagem de espírito, sem um corpo de carne e ossos. Frequentemente nos referimos a Ele como o Espírito, o Santo Espírito, o Espírito de Deus, o Espírito do Senhor ou o Consolador.