Quais os testes diagnósticos usados para triagem e confirmação do HIV?

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Para o diagnóstico da infeção por HIV é realizado, em primeiro lugar, um teste de rastreio; se o resultado for positivo, é realizado um teste confirmatório.

O teste de rastreio mais comum é a técnica de “Enzyme-Linked ImmunoSorbent Assay” (ELISA).

Atualmente, existem os testes de quarta geração que detetam, por sua vez, a presença de anticorpos (anti-VIH-1 e anti-VIH-2), bem como do próprio vírus (antigénio p24 do VIH-1), o que reduz para 2-4 semanas o tempo entre a ocorrência da infeção e um primeiro teste reativo para HIV . Anteriormente, as técnicas de ELISA de terceira geração apenas detetavam a presença de anticorpos.

O teste de rastreio pode ser feito através de um teste rápido, que demora cerca de 30 minutos a dar o resultado.

Uma das vantagens dos testes rápidos é que, além de poderem ser realizados sem a necessidade de instrumentos de laboratório, podem ser realizados em vários locais, por exemplo, em organizações que oferecem apoio à pessoa infetada e que atuam também ao nível da prevenção da infeção.

Um resultado negativo numa análise de rastreio exclui a infeção por HIV , exceto se a exposição ao HIV tiver sido recente.

Todos os resultados positivos necessitam de uma confirmação posterior. O teste confirmatório vai detectar os anticorpos e é mais específico, ou seja, exclui os falsos positivos que o teste de rastreio possa detetar.

Quais os testes diagnósticos usados para triagem e confirmação do HIV?

Infelizmente, os números mostram um aumento no número de casos de infecções por HIV no Brasil. A estimativa é de que 866 mil pessoas vivem com o vírus no país. Diante disso, além de conscientizar a população sobre a prevenção, é fundamental que os médicos se mantenham atualizados em relação aos procedimentos de diagnóstico da AIDS

Veja, a seguir, qual é o passo a passo necessário para realizar o diagnóstico correto da doença. Boa leitura! 

Análise dos sintomas na consulta médica

Em alguns casos, o paciente chega até o consultório para verificar se está infectado pelo HIV por ter se exposto a um dos comportamentos de risco para contrair a doença. São eles:

  • relação sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa infectada pelo vírus;
  • compartilhamento de seringas ou agulhas com outras pessoas;
  • reutilização de objetos perfurocortantes com fluidos contaminados pelo HIV. 

Nessas circunstâncias, além de analisar a saúde geral da pessoa, é importante incluir as seguintes perguntas durante a análise clínica:

  • Quando você acredita que foi exposto ao vírus?
  • O que você está sentindo? 
  • Quando começou a sentir os sintomas? 

Outra situação possível ocorre quando o paciente busca ajuda médica por conta dos sintomas, mas ainda não desconfia que possa ter sido contaminado. Ao perceber os indícios da doença, é preciso fazer a investigação, durante a entrevista, para verificar se existem comportamentos de risco. 

 

Quais os testes diagnósticos usados para triagem e confirmação do HIV?

Veja quais são os principais sintomas da infecção aguda pelo HIV:

  • febre;
  • cansaço;
  • aumento dos gânglios linfáticos;
  • dor de garganta;
  • perda de peso;
  • dores musculares;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • diarreia;
  • sudorese noturna.

Seja qual for o contexto, antes de solicitar o exame é muito importante explicar sobre o que pode estar acontecendo, os motivos ou riscos que podem ter sido responsáveis pela infecção e quais serão os próximos passos. Como se trata de uma doença importante, é natural que o paciente fique abalado antes mesmo de receber o diagnóstico. Por isso, é primordial tranquilizá-lo.  

Solicitação do exame

O exame anti-HIV só será eficiente pelo menos 30 dias após o comportamento de risco. O período é necessário para que o organismo comece a produzir anticorpos contra o vírus — o que será detectado no teste. Caso o exame ocorra antes do prazo, na chamada janela imunológica, o resultado pode ser negativo mesmo que a pessoa esteja infectada. 

Caso a pessoa tenha contado com o vírus, ela não precisa esperar os anticorpos se manifestarem para começar o tratamento. Nesses casos, o Ministério da Saúde recomenda que a Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP) tenha início até 72 horas após a exposição, que incluiem casos de violência sexual, relação desprotegida e acidentes ocupacionais.

Confira quais tipos de exames podem diagnosticar a doença:

  • Testes rápidos: Como o próprio nome indica, são exames em que, após a coleta da amostra, o resultado fica pronto rapidamente — em 30 minutos. O teste também dispensa a necessidade de aparato laboratorial: o profissional de saúde coleta a gota de sangue, ou fluído oral, e submete o material ao reagente. O exame pode ser solicitado de maneira gratuita e sigilosa no Sistema Único de Saúde (SUS) e até mesmo ser comprado nas farmácias. Por ser extremamente sensível, ele pode indicar resultados não completamente confiáveis. Sendo assim, caso o resultado seja positivo, é preciso realizar um exame laboratorial para a confirmação
  • Exames laboratoriais: O diagnóstico sorológico deve ser feito em laboratório, onde os profissionais analisam a amostra para verificar a presença de anticorpos específicos para o HIV. Para evitar resultados falsos existem procedimentos obrigatórios estabelecidos pelo Ministério da Saúde que precisam ser respeitados durante os testes. Conheça quais são eles:
  • Triagem sorológica: Depois da coleta do sangue, é obtido o soro que será aproveitado para os testes. A próxima atividade é denominada triagem sorológica, em que são realizados exames capazes de identificar anticorpos contra o HIV. Todos os kits utilizados para os testes devem ser registrados no Ministério da Saúde/ANVISA. Se o resultado do teste for “não reagente”, o laudo negativo para HIV é emitido e encaminhado ao paciente. Quando os testes demonstrarem a presença de anticorpos contra o HIV, uma amostra precisa ser levada ao exame confirmatório
  • Confirmação Sorológica pelo Teste Western Blot (WB): O Teste Western Blot (WB) serve para confirmar a presença de anticorpos específicos contra o HIV na amostra. Se o resultado for positivo, uma nova amostra deve ser coletada e submetida à pesquisa de anticorpos para o HIV para se evitar erros como troca ou não identificação correta de amostras. Somente após a testagem da segunda amostra e a permanência do resultado positivo para anticorpos contra o HIV, o diagnóstico de infecção pelo vírus pode ser confirmado e o laudo emitido. Ainda que o resultado seja não reagente para HIV e exista a suspeita de infecção, o Ministério da Saúde recomenda uma nova coleta de sangue dentro de 30 dias e a repetição dos processos anteriores.

Interpretação e entrega dos resultados 

Como vimos, o procedimento para diagnosticar se o paciente é soropositivo é complexo — várias etapas são realizadas para aumentar o grau de confiabilidade dos exames. Verificar com atenção todas as informações dos laudos obtidos, além de descobrir se existe ou não a presença do vírus, eles são essenciais para iniciar o tratamento adequado caso seja conformada a infecção. 

É importante que a notícia seja dada ao paciente com muita tranquilidade, demonstrando que, apesar de não ter cura, existem tratamentos para combater o vírus. Nesse momento, também é importante orientar sobre quais são os cuidados que devem ser tomados para ela não contaminar outras pessoas, além de desvendar os principais mitos em relação à síndrome.  

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a compreender qual é a sequência de procedimentos necessários para diagnosticar a presença do HIV. Lembre-se de indicar laboratórios de confiança, que respeitem as normas técnicas do governo, para não ter problemas de resultados equivocados. 

Quais são os testes para triagem e confirmação da infecção pelo HIV?

Os ensaios de triagem utilizados no Brasil são denominados Elisa e os ensaios confirmatórios utilizados são: Imunofluorescência indireta, Imunoblot e Western blot, conforme recomendado na Portaria 59/GM/MS, de 28 de janeiro de 2003 (em anexo), onde é preconizada a realização desses testes.

Quais os testes diagnósticos usados para confirmação do diagnóstico do HIV?

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.

Quais são os exames Anti

anticorpos anti-HIV em geral são detectados por método imunoenzimático (como o ELISA). Esses exames são feitos no sangue (colhido em um tubo ou em papel-filtro). O método ELISA é muito sensível, mas é necessário confirmar por outro método, como o Western Blot, porque é possível ocorrer resultados falsos posiivos.