Qual a importância da independência da Bahia para a Independência do Brasil *?

O dia 7 de setembro é mais do que uma simples data para nós brasileiros, ele simboliza o início da liberdade de uma pátria. De uma história de dominação e controle de uma nação, que por fim ganhou sua independência. Comemorar esta data é de grande relevância para que entendamos a nossa própria história. No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro proclamou a independência do Brasil as margens do Rio Ipiranga e trouxe “Independência ou morte!” como um marco histórico do país. A partir de então, desvinculamos nossos laços coloniais com Portugal e iniciamos um novo período cultural, sociológico e histórico no país.

Mais do que apenas entender o contexto dessa data comemorativa, o 7 de setembro deve ser lembrado como um dia para nunca ser esquecido. Com a colonização e o domínio político, diversas rupturas foram instauradas na estrutura social, cultural e política do Brasil. Como uma nação autônoma, construímos uma identidade alegre, forte, vibrante e lutadora. Conquistamos nossa democracia, resistimos por diversas vezes, gritamos, acreditamos, torcemos, cometemos erros e como qualquer liberdade, tiramos algum ensinamento para que possamos corrigir nossos atos posteriormente.

Ensinar crianças e jovens a apreciarem e valorizarem esse dia é mais um passo para um futuro harmonioso e com menos problemas sociais. Lembrar da nossa história, da nossa luta diária e das nossas conquistas levam o patriotismo no peito e reforçam a ordem e o progresso que levamos na nossa bandeira.

O dia da Independência foi um ponto de partida para algo muito maior, para uma democracia que necessita ser cada vez mais justa e cada vez mais respeitada, para uma liberdade não só de um povo, mas uma liberdade de expressão e de pensamento. Precisamos passar bons ensinamentos à diante, contar nossa própria história, reforçar a nossa cultura e fazer da nossa nação uma nação consciente e inspiradora.

Nós do Colégio Pedro e Rafael, em Capinas | SP garantimos uma educação onde as novas gerações preservarão nossa liberdade e entenderão como tornar o país cada vez mais igualitário, justo e livre. Desejamos que todos nossos alunos, pais e educadores que movem nosso colégio tenham um ótimo 7 de setembro e que comemorem esse feriado nacional que é motivo de orgulho para nós, brasileiros.

Antigamente, a região era conhecida como Recôncavo Norte


Recôncavo Norte foi importante para a luta pela independência — Foto: TV Bahia

Você sabia que Camaçari, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila e Mata de São João tinham outro nome? No Conexão Bahia de sábado, 2, o professor e historiador Diego Copque contou que essa região era conhecida como Recôncavo Norte e foi muito importante para a vitória dos baianos na luta pela independência.

Através da Estrada das Boiadas, foi possível sitiar Salvador e deixar os portugueses sem mantimentos, além de ter sido via de acesso das tropas baianas, servindo para a entrada do exército libertador para a consolidação da independência.

Assista a toda a história na matéria:

Qual a importância da independência da Bahia para a Independência do Brasil *?

Descubra qual região na Bahia era conhecida como Recôncavo Norte

A antiga capital do Brasil não ficou de fora dos movimentos que pipocavam no país. Desde a conjuração baiana, passando pela inconfidência mineira e pela revolta do Porto, os baianos estavam com o sentimento de independência à flor da pele.

E embora uma conspiração de cunho constitucional tenha ocorrida em 1821, o início do que ficou conhecido como a Independência da Bahia se iniciou em fevereiro de 1822. Antes, portanto, da Independência do Brasil.

E conquanto tenha se iniciado antes, foi apenas em 2 de julho de 1823 que se consolidou a Independência da Bahia, a partir da expulsão definitiva das tropas portuguesas do Brasil.

Isso não tira o apanágio de ter sido um movimento precursor da Independência nacional. E, ao contrário da proclamação de Independência pacífica no Ipiranga, o movimento baiano foi sangrento, com forte participação civil na luta contra a opressão portuguesa.

Qual a importância da independência da Bahia para a Independência do Brasil *?

(Imagem: Arte Migalhas)

Independência da Bahia
Como tudo começou

Com a decisão de Dom Pedro de permanecer no Brasil - desobedecendo às determinações das Cortes de Lisboa - Portugal concentrou em Salvador todos os seus esforços militares. Havia o interesse por parte da metrópole de dividir o país em duas regiões: o sul e o sudeste permaneceriam sob a direção de Dom Pedro; e o norte e nordeste, sob o domínio português. Graças à luta dos baianos, isso não ocorreu.

A disputa na Bahia começou em fevereiro de 1822, com a nomeação do brigadeiro português Inácio Luís Madeira de Melo para ocupar o cargo de governador das Armas no lugar de um oficial baiano. Os ânimos se acirraram entre os nativos e os portugueses.

Militares brasileiros do Regimento de Artilharia se aquartelaram no Forte de São Pedro e o coronel Manoel Pedro Freitas Guimarães foi elevado à patente de general, tornando-se comandante das Armas da Bahia.

Enraivecido com a insubordinação, o português Madeira de Melo bombardeou o quartel rebelde. Os militares brasileiros, em minoria e com pouca munição, viram-se obrigados a se refugiar no interior. A cidade do Salvador virou uma praça de guerra, com confrontos violentos nas Mercês, na Praça da Piedade e no Campo da Pólvora. O caos se estabeleceu. Tumultos, saques e quebra-quebras obrigaram moradores a abandonar a capital com as famílias. Em poucos dias, as vilas e fazendas do Recôncavo se transformaram em imensos campos de refugiados. 

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Madeira de Melo
(1775 - 1835)

Militar português que se notabilizou por ser o comandante das forças portuguesas na Bahia durante a guerra da independência contra Portugal.

Enquanto isso, os portugueses comemoravam a ocupação da cidade, praticando arbitrariedades e excessos. Em 19 de fevereiro de 1822, invadiram o Convento da Lapa atrás de soldados brasileiros. Ao tentar impedi-los de entrar, a soror Joana Angélica foi morta a golpes de baioneta, transformando-se na grande mártir da guerra pela Independência na Bahia.

Qual a importância da independência da Bahia para a Independência do Brasil *?

Joana Angélica
(1761-1822)

Ingressou no convento da Lapa aos 20 anos, fazendo profissão de fé em 1783 como irmã da Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e adotando o nome de Joana Angélica de Jesus. Progrediu na carreira de religiosa a ponto de, 20 anos depois, tornar-se abadessa do convento. Ao tentar impedir a entrada de militares portugueses no Convento da Lapa para a suposta busca de soldados baianos, a religiosa tornou-se um símbolo da resistência contra o autoritarismo português. É considerada a primeira heroína da independência do Brasil.


1ª Fase
Guerra regional (guerrilha) 

A morte de Joana Angélica comoveu os baianos, que deixavam em massa a capital rumo ao interior da província. Cachoeira passou a atrair retirantes de Salvador e de municípios como Santo Amaro da Purificação e se transformou no centro da resistência aos portugueses. 

Sob o comando do latifundiário, tenente-coronel Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque D'Ávila Pereira, formou-se um exército amador de pouco mais de 500 homens, chegando a reunir 1.500 soldados. As tropas portuguesas somavam mais de 3.000 almas. Os confrontos eram localizados e não envolviam grandes contingentes. Era guerra de guerrilha, que buscava ocupar posições estratégicas na região.

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Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque D'Ávila Pereira
(1788 - 1848)

Herdeiro da família Garcia D'Ávila, proprietária da famosa Casa da Torre, um dos focos de resistência dos brasileiros. Como coronel do Regimento de Milícias e Marinha da Torre, Joaquim Pires foi responsável pela organização das primeiras tropas do que seria o Exército Brasileiro. Conhecido como "Coronel Santinho", usou de importante estratégia que resultou no bloqueio da Estrada das Boiadas, que fechava o acesso terrestre a Salvador, interceptando suas comunicações e impedindo o abastecimento de gado e outros gêneros alimentícios às tropas portuguesas. Devido à sua ação patriótica e de entrega pessoal à causa da independência na Bahia, recebeu o título nobiliárquico de "Visconde de Pirajá".


2ª Fase
Guerra nacional 

Em 28 de outubro de 1822, o general Pierre Labatut chega à Bahia, enviado do Rio de Janeiro com o Exército Pacificador para comandar as tropas baianas. Passando por Pernambuco, Alagoas e Sergipe, reuniu reforços de homens, armamentos e provisões. 

A 8 de novembro de 1822: a Batalha de Pirajá constituiu um importante combate que envolveu de 2.500 a 4.000 pessoas e resultou na morte de 80. Após a vitória, muitos voluntários foram arregimentados às forças brasileiras.


3ª Fase
Comando de Lima e Silva
 

Em substituição a Labatut, o coronel Joaquim José de Lima e Silva assumiu o comando em 27 de maio de 1823. A entrada do Exército Pacificador em Salvador marca o fim da guerra. Essa fase contou com a participação de Thomas Cochrane à frente da esquadra brasileira.

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Coronel Joaquim Lima e Silva
(1788 - 1855)

Comandante do Batalhão do Imperador, formado por quase 800 homens escolhidos pelo próprio imperador - um corpo de elite que chega à Bahia em 22 de fevereiro de 1823. Antes de assumir o comando-geral do Exército em 27 de maio, o coronel comandou a brigada central das tropas brasileiras.


Fim da guerra

Em 28 de maio de 1823, Lima e Silva à frente do Exército Pacificador conclama aos portugueses que se rendam imediatamente, depondo suas armas, em troca de terras para cultivo na Bahia ou o embarque para Lisboa. 

No dia 3 de junho, ocorreu novo ataque contra as trincheiras da cidade de Salvador ocupadas por Madeira, dificultando ainda mais a sobrevivência das tropas que não contavam com suprimentos. Cochrane ataca a esquadra portuguesa no dia 13 de junho. Salvador estava completamente sitiada e bloqueada, por terra e mar. 

Em carta endereçada ao rei D. João VI, Madeira de Melo mostrou que a situação estava insustentável. 

Eis que Madeira de Melo decidiu abandonar a capital. Na manhã do dia 2 de julho de 1823, após a retirada da frota portuguesa, os baianos, capitaneados por Lima e Silva, entram na cidade de Salvador. A partir de então, esta data passou a ser incorporada ao calendário cívico da Bahia.

Qual a importância da independência da Bahia para a Independência do Brasil *?
Maria Quitéria de Jesus Medeiros
(1792-1853) 

Disfarçada de homem, alistou-se no Exército brasileiro para lutar pela independência. Foi a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil.

Fontes: IPEA | Câmara


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Qual é a importância da Independência da Bahia para a Independência do Brasil?

Foi o início da Independência do Brasil, precisamos sempre frisar isso porque foi na Bahia que o movimento nacional ganhou força. O 2 de Julho é fundamental para a história do país por marcar um período de ideais de liberdade e igualdade, mas sobretudo de luta.

Qual a relação da Independência da Bahia com o Brasil?

A Independência da Bahia, também chamada de Independência do Brasil na Bahia, foi um movimento que, iniciado em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, ...

Qual a importância da Independência para o povo brasileiro?

Qual é a importância do Dia da Independência do Brasil? A celebração é mantida ainda hoje pela relevância que traz: o 7 de setembro marcou, simbolicamente, o fim do laço de colonização que existia com Portugal. Foi o início de um novo período cultural e econômico para o país, que passava a ser uma nação autônoma.

Qual a importância de 2 de julho para o Brasil?

A festa remete à chegada a Salvador, em 2 de julho de 1823, do exército — se é que a palavra se aplica a uma tropa maltrapilha — libertador brasileiro, que havia expulsado os portugueses. Os primeiros soldados começaram a chegar pela manhã. Não pareciam fazer parte de um exército vitorioso.