Qual é a evolução das angiospermas?


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metadata.dc.type:  TCC
Title:  Flores e insetos: a origem da entomofilia e o sucesso das angiospermas
Authors:  Lima, Cintia
Abstract:  As angiospermas são o grupo mais recente e complexo dentre os vegetais. Este grupo abrange as mais variadas e numerosas espécies e tem grande importância econômica, o que torna natural o interesse na sua origem e evolução. A origem das angiospermas no tempo ainda é vaga. Existem registros fósseis de plantas semelhantes desde antes do Período Cretáceo, há 144 milhões de anos, porém o apogeu do grupo acontece durante o Período Terciário, já na Era Cenozóica (Era atual). A flor apareceu como um mecanismo de proteção dos óvulos, que eram consumidos por insetos primitivos. Atrair os animais para que pudessem transportar seus gametas contidos nos grãos de pólen foi outra evolução da flor. Não por acaso, a irradiação adaptativa das angiospermas coincide com a explosão evolutiva de alguns grupos de insetos voadores. Interações de insetos polinizadores e flores são descritas desde o final do Período Cretáceo. Atualmente, existem 250.000 espécies de angiospermas registradas, e mais de 25.000 espécies de insetos dependem do pólen e néctar das flores para sua nutrição.
URI:  https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/2386
Issue Date:  2000
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Qual é a evolução das angiospermas?

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Evolução das Angiospermas 
o Ancestrais das Angiospermas: 
- Os fósseis mais antigos de angiospermas com os quais podemos obter uma 
boa impressão da planta são os de Archaefructus, a qual foi datada como do 
Cretáceo Inferior. Era uma planta pequena, herbácea, aquática, sem flores 
vistosas, com ausência de perianto. Ramos portando estames e carpelos 
distendiam-se acima da superfície da água. A natureza aquática dessa 
angiosperma pode indicar que a evolução inicial das angiospermas ocorreu em 
ambiente aberto, aquático ou úmido e sujeito a distúrbios frequentes. 
- Todos os caracteres típicos das angiospermas não aparecem juntos em um 
único ancestral – a evolução ocorre com diferentes taxas nos diferentes órgãos 
da planta. 
- As monocotiledôneas tiveram um ancestral em comum, como é indicado por 
seu cotilédone único e por várias outras características. Aconteceu a mesma 
coisa com as eudicotiledôneas, que têm uma característica derivada típica, seu 
pólen triaperturado (pólen com três sulcos ou poros). 
- As linhagens mais antigas das angiospermas são Amborella trichopoda, a 
ordem Nymphaeles (ninfeias) e a ordem Austrobailleyales. Estudos moleculares 
indicam claramente que Amborella, seguida de Nymphaeales e logo depois 
Austrobaileyales, são grupos irmãos de todas as outras plantas com flor, 
chamadas Mesangiospermae. 
- Amborella possui flores pequenas, que não apresentam distinção entre sépalas 
e pétalas, são imperfeitas (unissexuadas), com flores estaminadas e carpeladas 
em plantas separadas. Diferentemente da maioria das angiospermas, o xilema 
não é constituído por vasos, sendo as traqueídes seu único sistema condutor 
de água. As plantas com características similares às de Amborella ou de 
angiospermas aquáticas precedem o aparecimento de plantas com flores 
semelhantes às de magnólia. Assim, as flores da magnólia e toda a diversidade 
floral que marca as angiospermas modernas surgiram muito depois do 
aparecimento do primeiro grupo de angiospermas. 
- As Nymphaeales são plantas aquáticas, herbáceas adaptadas à intensidade 
luminosa alta. As Austrobaileyales, ao contrário, são arbustos ou pequenas 
árvores adaptadas à intensidade luminosa baixa e vivem nas florestas tropicais 
úmidas. As duas possuem sacos embrionários com quatro células e quatro 
núcleos (diferentemente da Amborella, que possui oito células e nove núcleos). 
A maioria das Nymphaeales perdeu os vasos ou tem vasos que lembram 
traqueídes. 
- As monocotiledôneas constituem a segunda maior linhagem das 
mesangiospermas que retêm algumas das características basais das 
angiospermas, como pólen monoapertado e tremeria das flores. O terceiro e 
último maior clado das mesangiospermas é representado pelas eudicotiledôneas. 
- Nas angiospermas mais antigas, o perianto, se presente, nunca tinha separação 
nítida entre o cálice e a corola. As pétalas podem ser vistas como folhas 
modificadas que se tornaram especializadas para atrair os polinizadores. Contudo, 
na maioria das angiospermas é provável que as pétalas tenham originalmente se 
derivado de estames que perderam seus esporângios – tornando-se estéreis – 
em seguida, foram especialmente modificados para seu novo papel. 
- A fusão de pétalas ocorreu diversas vezes durante a evolução das 
angiospermas, resultando na conhecida corola tubular, que é característica de 
muitas famílias. 
- Em certas famílias de plantas, alguns dos estames se tornaram 
secundariamente estéreis: eles perderam seus esporângios e se transformaram 
em estruturas especializadas, como nectários. Nectários são glândulas que 
secretam néctar, um fluido açucarado que atrai polinizadores e fornece alimento 
a eles. 
- Os carpelos de muitas magnoliídeas lenhosas e outras plantas que retêm 
características primitivas são livres uns dos outros, em vez de serem unidos 
como na maioria das angiospermas contemporâneas. 
- A polinização por insetos provavelmente acelerou a evolução inicial das 
angiospermas, tanto pelas possibilidades que ela proporcionou com o isolamento 
de pequenas populações quanto pela polinização indireta, a qual promove a 
competição entre numerosos grãos de pólen germinando no tecido 
estigmático. 
- O perianto indiferenciado das primeiras angiospermas logo deu origem a 
pétalas e a sépalas distintas. Teorias: 
I) As flores tinham partes florais em número indefinido; com a evolução 
surgiram flores com algumas partes em número definido; 
II) O eixo floral tornou-se encurtado de forma que a disposição original das 
peças florais em espiral não é mais evidente. As peças florais, em geral, tornam-
se fundidas; 
III O ovário tornou-se ínfero, em vez de súpero, e o perianto tornou-se 
diferenciado com cálice e corola distintos; 
IV A simetria radial (regular) ou actinomorfa das flores primitivas cedeu lugar 
para a simetria (irregular) bilateral ou zigomorfa nas mais derivadas.

Como ocorreu a origem e evolução das angiospermas?

A origem das angiospermas no tempo ainda é vaga. Existem registros fósseis de plantas semelhantes desde antes do Período Cretáceo, há 144 milhões de anos, porém o apogeu do grupo acontece durante o Período Terciário, já na Era Cenozóica (Era atual).

Qual foi a novidade evolutiva da angiospermas?

A novidade evolutiva presente nas angiospermas em comparação com esses outros grupos de plantas é a presença de flores e frutos. As flores são estruturas da planta onde são produzidos os gametas masculinos e os gametas femininos.

Qual é a conquista evolutiva das angiospermas?

Flores e frutos: aquisições evolutivas As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.

Quais as tendências evolutivas das flores em angiospermas?

A partir da flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos: redução do número de elementos, disposição espiralada dos elementos passando à disposição cíclica; tépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola; adnação e fusão dos elementos; mudança de simetria da flor ...