Qual foi a principal contribuição fenícia para a cultura da humanidade?

Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitas que, saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na Palestina realizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles desenvolvidas.

A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas.

O poder político exercido no interior das cidades fenícias costumava ser assumido por representantes de sua elite marítimo-comercial. Tal prática definia o regime político da fenícia como uma talassocracia, ou seja, um governo comandado por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. a atividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes.

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No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses, que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia, diferentes cidades imprimiam sua hegemonia comercial na região.

Por volta de 100 a.C. – após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do Norte da África e da Península Ibérica.

Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. Além disso, o alfabeto fonético deu origem às línguas clássicas que assentaram as bases do alfabeto ocidental contemporâneo.

No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astarteia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

A Civilização Fenícia desenvolveu-se majoritariamente na região do atual Líbano e tornou-se conhecida por dominar técnicas de navegação e possuir um influente comércio.

Qual foi a principal contribuição fenícia para a cultura da humanidade?
Ruínas da antiga cidade fenícia de Biblos

Os fenícios foram um povo que formou uma civilização na região da Palestina, precisamente nas regiões onde hoje ficam o Líbano e parte da Síria e de Israel. O termo “fenício” tem origem no termo “phoinikes”, que era utilizado pelos gregos para referir-se a esse povo em razão do corante de cor púrpura produzido pelos fenícios. Os fenícios também são conhecidos como “sidônios”, termo que tem como base a cidade de Sidon.

Esse povo ficou extremamente conhecido na Antiguidade por ter exímios comerciantes e navegadores, produzindo as melhores embarcações de sua época e por ter mercadorias apreciadas por diversos povos. Essa característica dos fenícios é atribuída à condição geográfica da região que, por ser montanhosa, não possuía um solo propício para o desenvolvimento da agricultura em larga escala.

Características dos fenícios

Os fenícios não desenvolveram uma civilização centralizada por causa de sua organização em cidades-estado. Isso significa que cada cidade fenícia possuía uma estrutura de poder e uma política econômica diferente das outras. As principais cidades fenícias foram Sidon e Tiro, que possuíam um desenvolvimento econômico muito grande, e Biblos, também conhecida como Gebal e principal centro religioso desse povo.

Em razão dessa independência entre as cidades fenícias, os historiadores não sabem afirmar se essas cidades-estado consideravam a si mesmas como pertencentes a um mesmo povo. Apesar disso, os historiadores sabem que elas tinham muito em comum, como a crença religiosa, o mesmo idioma, uso da mesma forma de escrita etc.

A cidade de Tiro surgiu por volta de 2750 a.C. sob o nome de Ushu e prosperou a partir de uma aliança com o Reino de Israel, localizado ao sul. O auge dessa cidade aconteceu por volta de século X a.C., quando teve grande influência para o desenvolvimento de colônias fenícias em diferentes partes das margens do Mar Mediterrâneo.

A região onde se desenvolveu a cidade de Sidon começou a ser habitada por volta de 4000 a.C. Essa cidade foi um centro comercial importante dos fenícios e, por volta do século X a.C., disputava a hegemonia da região com outra cidade-estado fenícia: Tiro. A decadência de Sidon aconteceu exatamente na época da aliança de Tiro com o Reino de Israel.

Comércio fenício

Qual foi a principal contribuição fenícia para a cultura da humanidade?

Letras do alfabeto criado pelos fenícios por volta de 1100 a.C

Os fenícios eram extremamente conhecidos pela habilidade na navegação e possuíam um comércio extremamente desenvolvido. Eles desenvolveram navios avançados que lhes davam condição de navegar por todo o Mar Mediterâneo. Os navios fenícios eram adornados com uma cabeça de cavalo em referência a um deus chamado Yam, considerado o deus portador do caos e aquele que era responsável por manter o mar calmo.

Com o crescimento das cidades-estado fenícias, um poderoso comércio desenvolveu-se naquela região. Os fenícios comercializavam mercadorias apreciadas por diferentes povos da Antiguidade, tais como objetos de vidros, joias, cerâmica, etc. No entanto, o produto mais apreciado dos fenícios era a tinta púrpura, que era extraída de um molusco existente no litoral fenício.

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As embarcações fenícias utilizavam velas e remos para alcançar regiões muito distantes da Fenícia, como a Britânia (atual Inglaterra). Os historiadores chegaram a essa conclusão por causa da existência de muitos objetos produzidos pelos fenícios encontrados nesses territórios. Outros locais que mantiveram contato comercial com os fenícios foram habitantes do Chipre, Creta, Grécia Continental, Egito etc.

Por causa do largo alcance de seu comércio, os fenícios desenvolveram diversas colônias em diferentes partes do Mar Mediterrâneo. Essas colônias foram criadas com o objetivo de ter acesso permanente a novas mercadorias e a novos mercados consumidores dos produtos produzidos pelos fenícios. A colônia de maior sucesso dos fenícios foi a cidade de Cartago, que chegou a rivalizar com o poder do Império Romano alguns séculos depois.

O grande volume e o sucesso do comércio fenício levaram esse povo a formular a primeira forma escrita alfabética da história da humanidade. Esse alfabeto, usado para manter os registros da comercialização das mercadorias, surgiu por volta de 1100 a.C. e foi legado aos gregos, que lhe acrescentaram as vogais.

Religião dos fenícios

O conhecimento dos historiadores sobre a religião dos fenícios é extremamente limitado. Uma das principais fontes é a Bíblia, que traz uma visão extremamente negativa da religião praticada pelos fenícios. Os fenícios eram politeístas, e alguns de seus deuses eram Astarte, Baal, Yam, Melcarte etc. Cada cidade-estado da Fenícia possuía um deus-patrono diferente, com um templo dedicado a ele.

Os templos eram administrados por sacerdotes que possuíam também uma importância grande em suas sociedades. Os fenícios também veneravam seus deuses em locais como florestas e montanhas. A adoração dos deuses fenícios tinha como prática o sacrifício humano, realizado em altares sacrificiais de pedra. Em adoração à deusa Astarte, sacerdotisas praticavam a prostituição sagrada.

Decadência dos fenícios

Essa fase caracterizada pelo sucesso do comércio marítimo dos fenícios iniciou-se a partir de 1500 a.C. e teve como auge o período 1200 a.C. e 800 a.C. Entretanto, a prosperidade dos fenícios atraiu a cobiça de diversos povos estrangeiros. Primeiramente, a região foi conquistada pelos caldeus de Nabucodonosor e, depois, vieram os persas de Dario I. Por fim, no século IV a.C., a região foi conquistada pelos macedônios de Alexandre, o Grande.

Desse episódio, o destaque vai para o ataque à cidade de Tiro, invadida e saqueada pelos macedônios. A região foi conquistada por Alexandre após a vitória na Batalha de Isso, em 333 a.C. Apesar de a cidade de Tiro oferecer resistência, ela sofreu um cerco de oito meses e foi saqueada por esse rei macedônio e seus cidadãos escravizados.

Aproveite para conferir nossa videoaula sobre o assunto:

Por Daniel Neves Silva

Qual foi a principal contribuição cultural da fenícia?

A principal contribuição dos fenícios para as sociedades atuais foi o desenvolvimento do alfabeto. Criaram sinais para representar os sons das palavras. Esses sinais foram adotados pelos hebreus. Completados pelas vogais tornou-se o alfabeto grego.

Qual a importância dos fenícios na história?

Os fenícios também são conhecidos como “sidônios”, termo que tem como base a cidade de Sidon. Esse povo ficou extremamente conhecido na Antiguidade por ter exímios comerciantes e navegadores, produzindo as melhores embarcações de sua época e por ter mercadorias apreciadas por diversos povos.

Qual contribuição fenícia se destaca ainda hoje como uma das invenções mais importantes para o desenvolvimento da cultura?

A escrita alfabética foi desenvolvida pelos fenícios com o objetivo de tornar mais ágil sua administração e sua organização econômica.

Qual é a cultura dos fenícios?

Os fenícios dedicavam-se ao artesanato chegando a inventar o vidro transparente. Na agricultura, cultivavam olivas e vinhas, e se dedicaram especialmente à pesca e ao comércio marítimo. Não desenvolveram grandes atividades agropecuárias tendo em conta que a região que habitavam era montanhosa e pouco extensa.