Qual o motivo para a criação do Estado de Israel?

1914

Nas vésperas da I Guerra Mundial, parte do Médio Oriente ainda estava sob o Império Otomano. Outros territórios estavam sob controlo britânico e italiano, e outros já tinham conquistado a sua independência.

Qual o motivo para a criação do Estado de Israel?

1939

No dia que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, a maior parte do Médio Oriente ainda era administrada pela potência colonial da Grã-Bretanha. Turquia e Irão eram independentes.

1947

Em 29 de Novembro de 1947, por 33 votos a favor, 10 contra e 13 abstenções, a ONU divide a Palestina do mandato britânico em dois Estados: um judaico e um árabe. A Resolução 181 previa uma união económica e colocava Jerusalém sob estatuto internacional. Os dois Estados seriam territórios descontínuos ligados por corredores estreitos. Ao Estado judaico foi atribuída uma larga faixa costeira ao longo do Mediterrâneo, a Galileia oriental, e praticamente todo o deserto do Neguev, com uma saída para o mar Vermelho. Ao Estado árabe foi oferecida a Galileia ocidental, com acesso ao Mediterrâneo, a partir de Acre, a Cisjordânia (excepto Jerusalém) e a Faixa de Gaza. Jaffa, cidade portuária de maioria árabe, permaneceria um enclave árabe. Os sionistas apoiaram este projecto de divisão que garantia soberania e imigração sem entraves. Os árabes rejeitaram-no unanimemente e pegaram logo em armas. O plano jamais chegou a ser aplicado.

1967

A vitória na Guerra dos Seis Dias de Junho de 1967 dá a Israel importantes posições estratégicas. Começa uma acelerada colonização da Cisjordânia e é anexado o sector oriental de Jerusalém. A cidade é unilateralmente proclamada “capital una e indivisível” do Estado judaico.

1985

Após a Guerra de Yom Kippur, a única alteração, imposta pelos EUA, foi a evacuação da cidade de Kuneitra nos Montes Golã. Em 1981, este planalto, conquistado à Síria em 1967, é anexado por Israel, e um tratado de paz devolve ao Egipto a península do Sinai. Em 1982, Israel invade o Líbano e cerca Beirute, mas, em 1985, depois de expulsar 8000 guerrilheiros da OLP, reposiciona-se numa “zona de segurança” no Sul do país – a retirada total só se dará em 2000.

1992-2008

Os Acordos de Oslo assinados em 1992 por Israel e pela OLP de Arafat levam a uma complexa fragmentação territorial. A Autoridade Palestiniana passa a controlar 70% da Faixa de Gaza. Na Cisjordânia são instituídas três zonas: A (controlo palestiniano); B (controlo misto) e C (controlo exclusivo de Israel), incluindo as instalações militares e 150 colonatos judaicos. Este mapa de Oslo ficou mais retalhado em 2000, quando, depois da Segunda Intifada, Israel reocupou militarmente a Cisjordânia e iniciou a construção de um “muro de separação” ou “barreira de segurança” – que tem transformado povoações palestinianas em guetos.

2017-2018

As iniciativas legislativas do Governo de direita dominado pela ala nacionalista do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, visa criar mais retalhos no mapa, abrindo caminho para a anexação de facto de territórios ocupados. Em Setembro de 2017, o Parlamento aprovou uma lei que permite a criação de universidades na Cisjordânia ocupada. E há iniciativas para os tribunais israelitas terem jurisdição na Área C, que compreende 60% da Cisjordânia. Os colonatos não cessam de aumentar.

Muro da Cisjordânia

Muros, vedações electrificadas e outros obstáculos são utilizados para controlar o movimento dos palestinianos. A construção do muro dentro da Cisjordânia continua, apesar de o tribunal internacional de Justiça ter considerado que não devia existir

Colonatos

Os colonatos judaicos são locais onde vivem civis israelitas em território ocupado (e alguns casos anexado). São ilegais à luz da lei internacional, mas Israel distingue entre colonatos regulares (que a lei israelita permite) e “selvagens” (proibidos mesmo por Israel). Os colonatos israelitas são muito diferentes entre si, podendo ir desde um par de caravanas ou pré-fabricados no cimo de um monte (no caso dos “selvagens”) até autênticas cidades estabelecidas, com instituições como câmaras municipais ou universidades.

Como surgiu a criação do Estado de Israel e quais foram as consequências?

Após o término da guerra, o movimento sionista reivindicou à Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do Estado de Israel na Palestina. No ano de 1948, foi criado o Estado Judeu – contrariando os palestinos e árabes que viviam na região, milhares de judeus retornaram.

Quando surgiu a ideia de criar o Estado de Israel?

Em 11 de maio de 1949, Israel tornou-se o 59º membro das Nações Unidas.