Quando tem origem às primeiras referências às doenças profissionais?

- Ref. Conselho Regional de Enfermagem do RJ

  • Evolu��o da Assist�ncia de Sa�de nos Per�odos Hist�ricos 

  • Origem da Profiss�o

  • Enfermagem Moderna

  • Per�odo Florence Nightingale

  • Primeiras Escolas de Enfermagem

  • Sistema Nightngale de Ensino

  • Hist�ria da Enfermagem no Brasil

  • Anna Nery

  • Desenvolvimento da Educa��o em Enfermagem no Brasil (S�c. XIX)

  • Cruz Vermelha Brasileira

  • Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

  • Entidades de Classe 

  • Bibliografia

Origem da Profiss�o

A profiss�o surgiu do desenvolvimento e evolu��o das pr�ticas de sa�de no decorrer dos per�odos hist�ricos. As pr�ticas de sa�de instintivas foram as primeiras formas de presta��o de assist�ncia. Num primeiro est�gio da civiliza��o, estas a��es garantiam ao homem a manuten��o da sua sobreviv�ncia, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela pr�tica do cuidar nos grupos n�mades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concep��es evolucionistas e teol�gicas, Mas, como o dom�nio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.

Quanto � Enfermagem, as �nicas refer�ncias concernentes � �poca em quest�o est�o relacionadas com a pr�tica domiciliar de partos e a atua��o pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

As pr�ticas de sa�de m�gico-sacerdotais, abordavam a rela��o m�stica entre as pr�ticas religiosas e de sa�de primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este per�odo corresponde � fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especula��o filos�fica que ocorre por volta do s�culo V a.C. Essas a��es permanecem por muitos s�culos desenvolvidas nos templos que, a princ�pio, foram simultaneamente santu�rios e escolas, onde os conceitos primitivos de sa�de eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas espec�ficas para o ensino da arte de curar no sul da It�lia e na Sic�lia, propagando-se pelos grandes centros do com�rcio, nas ilhas e cidades da costa.

Naquelas escolas pr�-hipocr�ticas, eram variadas as concep��es acerca do funcionamento do corpo humano, seus dist�rbios e doen�as, concep��es essas, que, por muito tempo, marcaram a fase emp�rica da evolu��o dos conhecimentos em sa�de. O ensino era vinculado � orienta��o da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita liga��o com seus mestres, formando as fam�lias, as quais serviam de refer�ncia para mais tarde se organizarem em castas. As pr�ticas de sa�de no alvorecer da ci�ncia - relacionam a evolu��o das pr�ticas de sa�de ao surgimento da filosofia e ao progresso da ci�ncia, quando estas ent�o se baseavam nas rela��es de causa e efeito. Inicia-se no s�culo V a.C., estendendo-se at� os primeiros s�culos da Era Crist�.

A pr�tica de sa�de, antes m�stica e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experi�ncia, no conhecimento da natureza, no racioc�nio l�gico - que desencadeia uma rela��o de causa e efeito para as doen�as - e na especula��o filos�fica, baseada na investiga��o livre e na observa��o dos fen�menos, limitada, entretanto, pela aus�ncia quase total de conhecimentos anatomofisiol�gicos. Essa pr�tica individualista volta-se para o homem e suas rela��es com a natureza e suas leis imut�veis. Este per�odo � considerado pela medicina grega como per�odo hipocr�tico, destacando a figura de Hip�crates que como j� foi demonstrado no relato hist�rico, prop�s uma nova concep��o em sa�de, dissociando a arte de curar dos preceitos m�sticos e sacerdotais, atrav�s da utiliza��o do m�todo indutivo, da inspe��o e da observa��o. N�o h� caracteriza��o n�tida da pr�tica de Enfermagem nesta �poca.

As pr�ticas de sa�de mon�stico-medievais focalizavam a influ�ncia dos fatores s�cio-econ�micos e pol�ticos do medievo e da sociedade feudal nas pr�ticas de sa�de e as rela��es destas com o cristianismo. Esta �poca corresponde ao aparecimento da Enfermagem como pr�tica leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o per�odo medieval compreendido entre os s�culos V e XIII. Foi um per�odo que deixou como legado uma s�rie de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como caracter�sticas inerentes � Enfermagem. A abnega��o, o esp�rito de servi�o, a obedi�ncia e outros atributos que d�o � Enfermagem, n�o uma conota��o de pr�tica profissional, mas de sacerd�cio.

As pr�ticas de sa�de p�s mon�sticas evidenciam a evolu��o das a��es de sa�de e, em especial, do exerc�cio da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao per�odo que vai do final do s�culo XIII ao in�cio do s�culo XVI. A retomada da ci�ncia, o progresso social e intelectual da Renancen�a e a evolu��o das universidades n�o constitu�ram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu emp�rica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturba��es da Santa Inquisi��o. O hospital, j� negligenciado, passa a ser um insalubre dep�sito de doentes, onde homens, mulheres e crian�as utilizam as mesmas depend�ncias, amontoados em leitos coletivos.

Sob explora��o deliberada, considerada um servi�o dom�stico, pela queda dos padr�es morais que a sustentava, a pr�tica de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolu��o capitalista � que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condi��es do pessoal a servi�o dos hospitais.

As pr�ticas de sa�de no mundo moderno analisam as a��es de sa�de e , em especial, as de Enfermagem, sob a �tica do sistema pol�tico-econ�mico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta an�lise inicia-se com a Revolu��o Industrial no s�culo XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no s�culo XIX.

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Enfermagem Moderna

O avan�o da Medicina vem favorecer a reorganiza��o dos hospitais. � na reorganiza��o da Institui��o Hospitalar e no posicionamento do m�dico como principal respons�vel por esta reordena��o, que vamos encontrar as ra�zes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa at� ent�o.

Naquela �poca, estiveram sob piores condi��es, devido a predomin�ncia de doen�as infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas pr�prias casas, enquanto os pobres, al�m de n�o terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instru��o e experi�ncias que resultariam num maior conhecimento sobre as doen�as em benef�cio da classe abastada.

� neste cen�rio que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale � convidada pelo Ministro da Guerra  da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Crim�ia.

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Per�odo Florence Nightingale

Nascida a 12 de maio de 1820, em Floren�a, It�lia, era filha de ingleses. Possu�a intelig�ncia incomum, tenacidade de prop�sitos, determina��o e perseveran�a - o que lhe permitia dialogar com pol�ticos e oficiais do Ex�rcito, fazendo prevalecer suas id�ias. Dominava com facilidade o ingl�s, o franc�s, o alem�o, o italiano, al�m do grego e latim. 

No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Cat�licas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.

Decidida a seguir sua voca��o, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irm�s de Miseric�rdia, Ordem Cat�lica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irm�s de Caridade de S�o Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris.

Aos poucos vai se preparando para a sua grande miss�o. Em 1854, a Inglaterra, a Fran�a e a Turquia declaram guerra � R�ssia: � a Guerra da Crim�ia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados � de 40%.

Florence partiu para Scutari com 38 volunt�rias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adapta��o e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela ser� imortalizada como a "Dama da L�mpada" porque, de lanterna na m�o, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Crim�ia, em 1856, leva uma vida de inv�lida.

Dedica-se por�m, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Crim�ia, recebe um pr�mio do Governo Ingl�s e, gra�as a este pr�mio, consegue iniciar o que para ela � a �nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1959.

Ap�s a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caracter�sticas da escola nightingaleana, bem como a exig�ncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de dura��o, consistia em aulas di�rias ministradas por m�dicos.

Nas primeiras escolas de Enfermagem, o m�dico foi de fato a �nica pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia ent�o decidir quais das suas fun��es poderiam colocar nas m�os das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge n�o mais como uma atividade emp�rica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupa��o assalariada que vem atender a necessidade de m�o-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma pr�tica social institucionalizada e espec�fica.

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Primeiras Escolas de Enfermagem

Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido � incompreens�o dos valores  necess�rios ao desempenho da profiss�o, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas come�am a prestar servi�os a domic�lio em New York.

As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale, baseada em quatro id�ias-chave:

1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado t�o importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro p�blico.

2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associa��o com os hospitais, mas manter sua independ�ncia financeira e administrativa.

3- Enfermeiras profissionais deveriam ser respons�veis pelo ensino no lugar de pessoas n�o envolvidas em Enfermagem.

4- As estudantes deveriam, durante o per�odo de treinamento, ter resid�ncia � disposi��o, que lhes oferecesse ambiente confort�vel e agrad�vel, pr�ximo ao hospital.

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Sistema Nightingale de Ensino

As escolas conseguiram sobreviver gra�as aos pontos essenciais estabelecidos:

1�. Dire��o da escola por uma Enfermeira.

2�. Mais ensino met�dico, em vez de apenas ocasional.

3�. Sele��o de candidatos do ponto de vista f�sico, moral, intelectual e aptid�o profissional.

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Hist�ria da Enfermagem no Brasil

A organiza��o da Enfermagem na Sociedade Brasileira come�a no per�odo colonial e vai at� o final do s�culo XIX. A profiss�o surge como uma simples presta��o de cuidados aos doentes, realizada por um prupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta �poca trabalhavam nos domic�lios. Desde o princ�pio da coloniza��o foi inclu�da a abertura das Casas de Miseric�rdia, que tiveram origem em Portugal.

A primeira Casa de Miseric�rdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no s�culo XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vit�ria, Olinda e Ilh�us. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presen�a de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina.

 No que diz respeito � sa�de do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre Jos� de Anchieta. Ele n�o se limitou ao ensino de ci�ncias e catequeses. Foi al�m. Atendia aos necessitados, exercendo atividades de m�dico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doen�as mais comuns.

A terap�utica empregada era � base de ervas medicinais minuncioasamente descritas. Sup�e-se que os Jesu�tas faziam a supervis�o do servi�o que era prestado por pessoas treinadas por eles. N�o h� registro a respeito.

Outra figura de destaque � Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Ant�nio do Rio de Janeiro (S�c. XVIII).

Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Rom�o de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de prote��o � maternidade que se conhecem na legisla��o mundial, gra�as a atua��o de Jos� Bonif�cio Andrada e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em 1832 organizou-se o ensino m�dico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a c�lebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil.

No come�o do s�culo XX, grande n�mero de teses m�dicas foram apresentadas sobre Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e novas realiza��es. Esse progresso da medicina, entretanto, n�o teve influ�ncia imediata sobre a Enfermagem.

Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Imp�rio, raros nomes de destacaram e, entre eles, merece especial men��o o de Anna Nery. 

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Anna Nery

Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Prov�ncia da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos.

Seus dois filhos, um m�dico militar e um oficial do ex�rcito, s�o convocados a servir a P�tria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presid�ncia de Solano Lopes. O mais jovem, aluno do 6� ano de Medicina, oferece seus servi�os m�dicos em prol dos brasileiros.

Anna Nery n�o resiste � separa��o da fam�lia e escreve ao Presidente da Prov�ncia, colocando-se � disposi��o de sua P�tria.  Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irm�os tamb�m lutavam. Improvisa hospitais e n�o mede esfor�os no atendimento aos feridos.

Ap�s cinco anos, retorna ao Brasil, � acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que � colocada no edif�cio do Pa�o Municipal.

O governo imperial lhe concede uma pens�o, al�m de medalhas humanit�rias e de campanha.

Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.

A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da �poca que faziam da mulher prisioneira do lar.

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Desenvolvimento da Educa��o em Enfermagem no Brasil (S�c. XIX)

Ao final do s�culo XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso territ�rio com um contigente populacional pouco e disperso, um processo de urbaniza��o lento e progressivo j� se fazia sentir nas cidades que possu�am �reas de mercado mais intensas, como S�o Paulo e Rio de Janeiro.

As doen�as infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, come�am a propagar-se r�pida e progressivamente.

A quest�o sa�de passa a constituir um problema econ�mico-social. Para deter esta escalada que amea�ava a expans�o comercial brasileira, o governo, sob press�es externas, assume a assist�ncia � sa�de atrav�s da cria��o de servi�os p�blicos, da vigil�ncia e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena revitaliza, atrav�s da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Sa�de P�blica, incorporando novos elementos � estrutura sanit�ria, como o Servi�o de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfec��o e o Instituto Soroter�pico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz.

Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganiza��o dos servi�os de sa�de, cria o Departamento Nacional de Sa�de P�blica, �rg�o que, durante anos, exerceu a��o normativa e executiva das atividades de Sa�de P�blica no Brasil.

A forma��o de pessoal de Enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e, posteriormente, �s atividades de sa�de p�blica, principiou com a cria��o, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Minist�rio dos Neg�cios do Interior. Esta escola, que � de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal n� 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo � Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.

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Cruz Vermelha Brasileira

A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, tendo como primeiro presidente o m�dico Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua atua��o durante  a I Guerra Mundial (1914-1918).

Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), colaborou na organiza��o de postos de socorro, hospitalizando doentes e enviando socorristas a diversas institui��es hospitalares e a domic�lio. Atuou tamb�m socorrendo v�timas das inunda��es, nos Estados de Sergipe e Bahia, e as secas do Nordeste. Muitas das socorristas dedicaram-se ativamente � forma��o de volunt�rias, continuando suas atividades ap�s o t�rmino do conflito.

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Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

1. Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto"

Esta escola � a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi reformada por Decreto de 23 de maio de 1939. O curso passou a tr�s anos de dura��o e era dirigida por enfermeiras diplomadas. Foi reorganizada por Maria Pamphiro, uma das pioneiras da Escola Anna Nery.

2. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro

Come�ou em 1916 com um curso de socorrista, para atender �s necessidades prementes da 1� Guerra Mundial. Logo foi evidenciada a necessidade de formar profissionais (que desenvolveu-se somente ap�s a funda��o da Escola Anna Nery) e o outro para volunt�rios. Os diplomas expedidos pela escola eram registrados inicialmente no Minist�rio da Guerra e considerados oficiais. Esta encerrou suas atividades.

3. Escola Anna Nery

A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de grande capacidade e virtude, que soube ganhar o cora��o das primeiras alunas. Com habilidade fora do comum, adaptou-se aos costumes brasileiros. Os cursos tiveram in�cio em 19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno internato pr�ximo ao Hospital S�o Francisco de Assis, onde seriam feitos os primeiros est�gios. Em 1923, durante um surto de var�ola, enfermeiras e alunas dedicaram-se ao combate � doen�a. Enquanto nas epidemias anteriores o �ndice de mortalidade atingia 50%, desta vez baixou para 15%. A primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de 1925.

Destacam-se desta turma as Enfermeiras Lais Netto dos Reys, Olga Salinas Lac�rte, Maria de Castro Pamphiro e Zulema Castro, que obtiveram bolsa de estudos nos Estados Unidos. A primeira diretora brasileira da Escola Anna Nery foi Raquel Haddock Lobo, nascida a 18 de junho de 1891. Foi a pioneira da Enfermagem moderna no Brasil. esteve na Europa durante a Primeira Grande Guerra, incorporou-se � Cruz Vermelha Francesa, onde se preparou para os primeiros trabalhos. De volta ao Brasil, continuou a trabalhar como Enfermeira. Faleceu em 25 de setembro de 1933.

4. Escola de Enfermagem Carlos Chagas

Por Decreto n� 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agr�cola, diretor da Sa�de P�blica de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da Rep�blica. A organiza��o e dire��o dessa Escola coube a La�s Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", al�m de pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil.

5. Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac"

Fundada e dirigida por Irm� Matilde Nina, Filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac representou um avan�o na Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas portas, n�o s� �s jovens estudantes seculares, como tamb�m �s religiosas de todas as Congrega��es. � a mais antiga escola de religiosas no Brasil e faz parte da Uni�o Social Camiliana, institui��o de car�ter confessional da Prov�ncia Camiliana Brasileira.

6. Escola Paulista de Enfermagem

Fundada em 1939 pelas Franciscanas Mission�rias de Maria, foi a pioneira da renova��o da enfermagem na Capital paulista, acolhendo tamb�m religiosas de outras Congrega��es. Uma das importantes contribui��es dessa escola foi in�cio dos Cursos de P�s-Gradua��o em Enfermagem Obst�trica. Esse curso que deu origem a tantos outros, � atualmente ministrado em v�rias escolas do pa�s.

7. Escola de Enfermagem da USP

Fundada com a colabora��o da Funda��o de Servi�os de Sa�de P�blica (FSESP) em 1944, faz parte da Universidade de S�o Paulo. Sua primeira diretora foi Edith Franckel, que tamb�m prestara servi�os como Superintendente do Servi�o de Enfermeiras do Departamento de Sa�de. A primeira turma diplomou-se em 1946.

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Entidades de Classe

1. Associa��o Brasileira de Enfermagem - ABEn

Sociedade civil sem fins lucrativos que congrega enfermeiras e t�cnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denomina��o de "Associa��o Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". � uma entidade de direito privado, de car�ter cient�fico e assistencial regida pelas disposi��es do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no Canad�, na Cidade de Montreal, a Associa��o Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N.). Por um espa�o de tempo a associa��o ficou inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reergu�-la com o nome Associa��o Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Se��es Estaduais, Coordenadorias de Comiss�es. Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma Se��o. Em  1955, esse n�mero foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associa��o foi considerada de Utilidade P�blica pelo Decreto n� 31.416/52. Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denomina��o para Associa��o Brasileira de Enfermagem - ABEn, com sede em Bras�lia, funciona atrav�s de Se��es formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poder�o subdividir-se em Distritos formados nos Munic�pios das Unidades Federativas da Uni�o.

1.1. Finalidades da ABEn

- Congregar os enfermeiros e t�cnicos em enfermagem, incentivar o esp�rito de uni�o e solidariedade entre as classes;

- Promover o desenvolvimento t�cnico, cient�fico e profissional dos integrantes de Enfermagem do Pa�s;

- Promover integra��o �s demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profiss�o.

1.2. Estrutura

ABEn � constitu�da pelos seguintes �rg�os, com jurisdi��o nacional:

a) Assembl�ia de delegados

b) Conselho Nacional da ABEn (CONABEn)

c) Diretoria Central

d) Conselho Fiscal

1.3. Realiza��es da ABEn

- Congresso Brasileiro em Enfermagem

Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza para beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo enfermeiros de todo o pa�s nos Congressos para fortalecer a uni�o entre os profissionais, aprofundar a forma��o profissional e incentivar o esp�rito de colabora��o e o interc�mbio de conhecimentos.

- Revista Brasileira de Enfermagem

A Revista Brasileira de Enfermagem � �rg�o Oficial, publicado bimestralmente e constitui grande valor para a classe, pois trata de assuntos relacionados � sa�de, profiss�o e desenvolvimento da ci�ncia. A id�ia da publica��o da Revista surgiu em 1929, quando Edith Magalh�es Franckel, Raquel Haddock Lobo e Zaira Cintra Vidal participaram do Congresso do I.C.N. em Montreal, Canad�. Numa das reuni�es de redatoras da Revista, Miss Clayton considerou indispens�vel ao desenvolvimento profissional a publica��o de um peri�dico da �rea. Em maio de 1932 foi  publicado o 1� n�mero com o nome de "Anais de Enfermagem", que permaneceu at� 1954. No VII Congresso Brasileiro de Enfermagem foi sugerida e aceita a troca do nome para "REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM"- ABEn (REBen). Diversas publica��es est�o sendo levadas a efeito: Manuais, Livros did�ticos, Boletim Informativo, Resumo de Teses, Jornal de Enfermagem.

2. Sistema COFEN/CORENs

2.1. Hist�rico

a) Cria��o- Em 12 de julho de 1973, atrav�s da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Minist�rio do Trabalho e Previd�ncia Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais s�o �rg�os disciplinadores do exerc�cio da Profiss�o de Enfermeiros, T�cnicos e Auxiliares de Enfermagem. Em cada Estado existe um Conselho Regional, os quais est�o subordinados ao Conselho federal, que � sediado no Rio de Janeiro e com Escrit�rio Federal em Bras�lia.

b) Dire��o- Os Conselhos Regionais s�o dirigidos pelos pr�prios inscritos, que formam uma chapa e concorrem � elei��es. O mandato dos membros do COFEN/CORENs � honor�fico e tem dura��o de tr�s anos, com direito apenas a uma reelei��o. A forma��o do plen�rio do COFEN � composta pelos profissionais que s�o eleitos pelos Presidentes dos CORENs.

c) Receita- A manuten��o do Sistema COFEN/CORENs � feita atrav�s da arrecada��o de taxas emolumentos por servi�os prestados, anuidades, doa��es, legados e outros, dos profissionais inscritos nos CORENs.

d) Finalidade- O objetivo primordial � zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exerc�cio Profissional.

O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra.

2.2. Compet�ncias

- Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)

  • Normatizar e expedir instru��es, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;

  • Esclarecer d�vidas apresentadas pelos CORENs;

  • Apreciar Decis�es dos COREns;

  • Aprovar contas e propostas or�ament�rias de Autarquia, remetendo-as aos �rg�os competentes;

  • Promover estudos e campanhas para aperfei�oamento profissional;

  • Exercer as demais atribui��es que lhe forem conferidas por lei.

- Conselho Regional de Enfermagem (COREN)

  • Deliberar sobre inscri��es no Conselho e seu cancelamento;

  • Disciplinar e fiscalizar o exerc�cio profissional, observando as diretrizes gerais do COFEN;

  • Executar as instru��es e resolu��es do COFEN;

  • Expedir carteira e c�dula de identidade profissional, indispens�vel ao exerc�cio da profiss�o, a qual tem validade em todo o territ�rio nacional;

  • Fiscalizar e decidir os assuntos referentes � �tica Profissional impondo as penalidades cab�veis;

  • Elaborar a proposta or�ament�ria anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os a aprova��o do COFEN;

  • Zelar pelo conceito da profiss�o e dos que a exercem;

  • Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exerc�cio profissional;

  • Eleger sua Diretoria e seus Delegados a n�vel central e regional;

  • Exercer as demais atribui��es que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN.

2.3.- Sistema de Disciplina e Fiscaliza��o

O Sistema de Disciplina e Fiscaliza��o do Exerc�cio Profissional da Enfermagem, institu�do por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resolu��es do COFEN. O Sistema � constitu�do dos seguintes objetivos:

a) �rea disciplinar normativa: Estabelecendo crit�rios de orienta��o e aconselhamento para o exerc�cio da Enfermagem, baixando normas visando o exerc�cio da profiss�o, bem como atividade na �rea de Enfermagem nas empresas, consult�rios de Enfermagem, observando as peculiaridades atinentes � Classe e a conjuntura de sa�de do pa�s.

b) �rea disciplinar corretiva: Instaurando processo em casos de infra��es ao C�digo de �tica dos Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de empresa, processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplica��es das penalidades cab�veis; encaminhando �s reparti��es competentes os casos de al�ada destas.

c) �rea fiscalizat�ria: Realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorr�ncia de Infra��es � legisla��o que regulamenta o exerc�cio da Enfermagem; inspecionando e examinando os locais p�blicos e privados, onde a Enfermagem � exercida, anotando as irregularidades e infra��es verificadas, orientando para sua corre��o e colhendo dados para a instaura��o dos processos de compet�ncia do COREN e encaminhando �s reparti��es competentes, representa��es.

Quando tem origem às primeiras referências às doenças profissionais?
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A Evolu��o da Assist�ncia � Sa�de nos Per�odos Hist�ricos

- Per�odo Pr�-Crist�o

neste per�odo as doen�as eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do dem�nio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam fun��es de m�dicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus esp�ritos por meio de sacrif�cios. Usavam-se: massagens, banho de �gua fria ou quente, purgativos, subst�ncias provocadoras de n�useas. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre planteas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes fun��es de enfermeiros e farmac�uticos. Alguns papiros, inscri��es, monumentos, livros de orienta��es pol�tica e religiosas, ru�nas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma id�ia do tratamento dos doentes.

- Egito

Os eg�picios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua �poca. As receitas m�dicas deviam ser tomadas acompanhadas da recita��o de f�rmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpreta��o de sonhos; acreditava-se na influ�ncia de algumas pessoas sobre a sa�de de outras. Havia ambulat�rios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o aux�lio aos desamparados.

- �ndia

Documentos do s�culo VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, m�sculos, nervos, plexos, vasos linf�ticos, ant�dotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputa��es, trepana��es e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela constru��o de hospitais. Foram os �nicos, na �poca, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos cient�ficos. Nos hospitais eram usados m�sicos e narradores de hist�rias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a disseca��o de cad�veres e o derramamento de sangue. As doen�as eram consideradas castigo.

- Ass�ria e Babil�nia

Entre os ass�rios e babil�nios existiam penalidades para m�dicos incompetentes, tais como: amputa��o das m�os, indeniza��o, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete dem�nios eram os causadores das doen�as. Os sacerdotes-m�dicos vendiam talism�s com ora��es usadas contra ataques dos dem�nios. Nos documentos ass�rios e babil�nicos n�o h� men��o de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no epis�dio b�blico do banho no rio Jord�o. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jord�o e tua carne ficar� limpa".(II Reis: 5, 10-11)

- China

Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doen�as eram classificadas da seguinte maneira: benignas, m�dias e graves. Os sacerdotes eram divididos em tr�s categorias que correspondiam ao grau da doen�a da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doen�as: var�ola e s�filis. Procedimentos: opera��es de l�bio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e f�gado; doen�as da pele, aplicavam o ars�nico. Anestesia: �pio. Constru�ram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia n�o evoluiu devido a proibi��o da disseca��o de cad�veres.

- Jap�o

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutan�sia. A medicina era fetichista e a �nica terap�utica era o uso de �guas termais.

- Gr�cia

As primeiras teorias gregas se prendiam � mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da sa�de e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemost�ticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, tamb�m tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-m�dicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, �gua pura mineral. Dava-se valor � beleza f�sica, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anat�micos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetr�cia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se cient�fica, gra�as a Hip�crates, que deixou de lado a cren�a de que as doen�as eram causadas por maus esp�ritos. Hip�crates � considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagn�stico, progn�stico e a terap�utica. Reconheceu doen�as como: tuberculose, mal�ria, histeria, neurose, luxa��es e fraturas. Seu princ�pio fundamental na terap�utica consistia em "n�o contrariar a natureza, por�m auxili�-la a reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, gin�sticas, dietas, sangrias, ventosas, vomit�rios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.

- Roma

A medicina n�o teve prest�gio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indiv�duo recebia cuidados do Estado como cidad�o destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventila��o das casas, �gua pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via �pia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influ�ncia do povo grago.

           O cristianismo foi a maior revolu��o social de todos os tempos. Influiu positivamente atrav�s da reforma dos indiv�duos e da fam�lia. Os crist�os praticavam uma tal caridade, que movia os pag�os: "Vede como eles se amam". Desde o in�cio do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja.

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Bibliografia

TURKIEWICZ, Maria. Hist�ria da Enfermagem. Paran�, ETECLA, 1995.

GEOVANINI, telma; ...(et.ali.) Hist�ria da Enfermagem : vers�es e Interpreta��es. Rio de janeiro,  Revinter, 1995.

BRASIL, Leis, etc. Lei 5.905, de 12 de julho de 1973. Disp�e sobre a cria��o dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e d� outras provid�ncias. Di�rio Oficial da Uni�o, Bras�lia, 13 de julho de 1973. Se��o I, p. 6.825.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Documentos B�sicos de Enfermagem.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE S�O PAULO. Home-page.

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Qual a origem da doença do trabalho?

Em 1700, um médico italiano chamado Bernardino Ramazzini, publicou um trabalho sobre doenças ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho), no qual relacionou os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos, poeira, metais e outros agentes encontrados nas atividades exercidas por ...

Quando se deu a origem da medicina do trabalho?

A medicina do trabalho, enquanto especialidade médica, surge na Inglaterra, na primeira metade do século XIX, com a Revolução Industrial56.

Quem descreve as primeiras doenças ocupacionais?

Bernardino Ramazzini, considerado o pai da medicina do trabalho, publicou na Itália, em 1700, o livro De morbis artificum diatriba, no qual descreve, com extrema clareza e perfeição, 54 doenças relacionadas ao trabalho e introduz na anamnese clínica uma simples pergunta: "Qual é a sua ocupação?".

Quais foram as primeiras evidências da segurança do trabalho?

Sendo pioneiro em muitas descobertas, entre elas, a identificação na origem das doenças relacionadas ao trabalho com as minas de estanho. Século XI ao século XVI – Avicena (980-1037) se preocupou com a questão do saturnismo (intoxicação que ocorre em atividades relacionadas com exposição elevada ao chumbo).