Que expressão pode substituir a fala de Bocão sem alteração de sentido?

a) No terceiro quadrinho, a palavra vulcãozinho pode expressar: Atividade 3 carinho. ternura. X ironia. Cabem também as alternativas “por vulcões pequenos” e “por vul- X revolta. tamanho. X desprezo. cões com raiva”. Mas, se for consi- derada a ironia, a melhor opção é “por vulcões sem importância”. Ouvir as escolhas dos alunos e fazer considerações sobre o contexto e a intenção de uso da expressão. b) No quarto quadrinho, a palavra monstrengos indica monstros: X grandes. X desajeitados. cruéis. c) A intenção de Horácio ao usar a palavra monstrengos é expressar: carinho. o tamanho X ironia. X dos monstros. ternura. X revolta. X desprezo. 2 Releia este trecho de uma das falas de Horácio. É ser perseguido por gases venenosos em cada cantinho em que eu me es- conda! Que sentimentos Horácio expressa com o diminutivo cantinho? Várias ideias podem estar contidas no uso desse diminutivo: delicadeza, intensidade da angústia do personagem, tristeza (associar à imagem). 3 Releia a frase: O chato [...] é ser bombardeado, sem mais avisos, por qualquer vulcãozinho enfurecido! Marque a alternativa que melhor expressa como Horácio poderia se referir ao vulcão mantendo a mesma ideia. por vulcões pequenos por vulcões minúsculos X por vulcões sem importância por vulcões com raiva TEXTO INFORMATIVO 101 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 Ð MANUAL DO PROFESSOR 101 Atividade 5 4 Releia o último quadrinho. © Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda. Se considerar necessário, este Que resposta você daria a Horácio? estudo pode ser ampliado com a Resposta pessoal. formação dos graus dos substanti- vos com o acréscimo de sufixos: • para o diminutivo: -inho(a), -zinho(a): menininho, mulherzinha; -ejo: vilarejo; -ebre: casebre; -ote: papelote; -eta: filipeta; • para o aumentativo: -ão/-ona: canetão, canetona; -aça: barcaça; -arra: bocarra; -ázio: copázio. 5 Leia o poema “Dona de casa”, de Teresa Noronha. Brincando, de manhã cedo, zart Estúdio/Arquivo da editora ela imita sua mãezinha: Hagaque faz, num fogão de brinquedo, um café de mentirinha. Teresa Noronha. Remar, rimar. São Paulo: Scipione, 2007. p. 5. a) Que sentimentos podem estar expressos pelos diminutivos destacados? Afeto, carinho. 102 UNIDADE 3 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 102 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 b) Marque um X nas frases em que a mudança de grau das palavras Atividade 7 destacadas expressa ironia, desprezo ou crítica. Sugere-se ampliar a atividade X Que menininho irritante! Não para de fazer manha! com outros exemplos, como: muito estranho/estranhíssimo; muito for- Era um menininho frágil, mas muito corajoso. te/fortíssimo; muito alto/altíssimo; muito baixo/baixíssimo; etc. X Garotão, você não acha que está exagerando na falta de educação? Se considerar adequado, apre- Garotão, você foi show de bola!!! sentar outras terminações do su- perlativo absoluto sintético, como As imagens não estão -érrimo (magérrimo, paupérrimo) representadas em propor•ão. e -ílimo (facílimo, dificílimo), ape- nas para que os alunos tenham 6 Veja as fotografias de dois animais ferozes e igualmente perigosos. conhecimento desses diferentes formatos, mas sem a necessidade de sistematização. Ed George/Getty Images Dave Thompson/AP Photo/Glow Images Sucuri. Drag‹o-de-komodo. Escreva uma frase que expresse essa igualdade entre os dois animais. Sugestão: A sucuri é tão perigosa quanto o dragão-de-komodo. 7 Escreva a palavra que você usaria para apresentar os seguintes adjetivos de modo intenso. a) O peixe-de-briga é muito belo. É belíssimo ! b) Ele é um menino extremamente inteligente. É inteligentíssimo ! c) O presente que ganhei foi muito caro. Foi caríssimo ! TEXTO INFORMATIVO 103 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 Ð MANUAL DO PROFESSOR 103 Hora de organizar Hora de organizar o que estudamos o que estudamos Leia o esquema com os colegas e a professora. *Neste esquema é dado apenas um exemplo de terminação do su- Recursos para caracterizar coisas perlativo absoluto sintético, que é uma forma de intensificar a quali- Graus das palavras Comparações Adjetivos e locuções Intensificação dade. Se considerar necessário, • Aumentativo • Tão... quanto adjetivas • Muito, muito grande podem ser elaboradas listagens • Diminutivo • Mais... do que • bom, enorme, duro • Acréscimo de -íssimo* a partir de pesquisas com os alunos • Menos... do que • de marfim para ampliar o repertório de termi- nações, lembrando que esse uso é Numerais: usos mais comum na linguagem mais formal. Por outro lado, pode ser 1 Leia as curiosidades a seguir. interessante chamar a atenção para o fato de que, de modo irônico, Você sabia que... palavras no superlativo absoluto sintético também podem ser usa- ... um cílio dura de 90 a 150 dias e, Blackday/Shutterstock das na linguagem mais informal então, cai? (por exemplo, quando se pretende imitar um modo mais pomposo de ... um porco-espinho tem, em média, falar com intenção de deboche). 30 mil espinhos e é um excelente nadador porque os espinhos ajudam a flutuar? Há formas sintéticas do adjetivo que não fazem parte do vocabulá- VOCÊ sabia que... Revista Recreio. São Paulo: Abril, ano 1, n. 15, p. 5, 22 jun. 2000. rio corrente (amável/amabilíssimo; livre/libérrimo; comum/comuníssi- Responda às questões escrevendo os números por extenso. mo; cruel/crudelíssimo, etc.). A for- a) Quanto tempo dura um cílio? ma mais comumente usada é a analítica (muito amável; muito livre; De noventa a cento e cinquenta dias. muito comum; muito cruel, etc.). b) Quantos espinhos um porco-espinho tem, em média? Alguns outros casos: muito amargo em vez de amaríssimo; Trinta mil espinhos. muito simples em vez de simplicís- simo ou simplíssimo; muito ma- Palavras que indicam quantidade determinada e expressam um número gro em vez de magérrimo; muito pertencem a uma classe de palavras chamada numeral. fértil em vez de fertilíssimo, etc. Para indicar quantidade exata usamos numerais cardinais: cinco, dez, Numerais: usos oitenta e nove, etc. O estudo deste conteúdo tem a 104 UNIDADE 3 finalidade de apresentar aos alu- nos algumas convenções de escri- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. ta: o emprego dos numerais cardi- nais e ordinais na representação de quantidades ou de posição em uma sequência ordenada e o uso dos algarismos romanos para a in- dicação de séculos, capítulos, etc. A relação quantidade/número/nu- meral poderá ser mais bem explo- rada nas aulas de Matemática. Atividade 1 Esta atividade pretende compa- rar a representação numérica com a representação por extenso. A sistematização da escrita de nume- rais (por extenso) pode ser enfati- zada nas aulas de Matemática. 104 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 2 Observe a cena. Há dez coisas estranhas nela! Atividade 2 Hagaquezart Estúdio/Arquivo da editora Explorar as diferentes ordens registradas pelos alunos, para que observem que não há um padrão e que, provavelmente, cada um usou critérios distintos para obser- var a imagem e encontrar as situa- ções incomuns. Agora anote as suas descobertas na ordem em que você identificou. Sugestões: 1ª: ninho de passarinho em cima do 6ª: cauda na descarga chuveiro 2ª: tromba de elefante jorrando água 7ª: peixe saltando do vaso sanitário 3ª: garfo sendo usado como pente 8ª: rosto de homem saindo do espelho 4ª: pato na banheira 9ª: nó na torneira 5ª: sereia na banheira 10ª: ventilador no lugar de secador Além de quantidades, alguns numerais podem indicar a ordem dos elemen- tos em uma série. Para indicar ordem usamos os numerais ordinais: primeiro: 1° segundo: 2° terceiro: 3° [...] primeira: 1ª segunda: 2ª terceira: 3ª [...] TEXTO INFORMATIVO 105 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 Ð MANUAL DO PROFESSOR 105 Algarismos romanos: usos Algarismos romanos: usos A intenção do trabalho com este Leia estas curiosidades. conteúdo não é explorar minucio- samente a formação dos algaris- Dizem que nas Filipinas, no século XVI, o ioiô pesava 2 quilos e a corda mos romanos, mas apresentá-los tinha 6 metros. Era usado como arma. aos alunos como um recurso de numeração e de ordenação em al- Albert Einstein, um grande gênio do século XX, teve grandes dificuldades gumas circunstâncias do cotidiano: na escola, inclusive na faculdade. em alguns modelos de relógios; na ordenação e indicação de capítu- Ruth Rocha. Almanaque Ruth Rocha. São Paulo: Ática, 2004. p. 16-35. los de um livro; na organização de partes de trabalhos científicos; na Como foram indicados os séculos para representar os números 16 e 20? indicação de séculos. Se conside- rar conveniente, apresentar aos XVI e XX. alunos outros algarismos romanos: XXX – 30; XL – 40; L – 50; LX – 60; Esses algarismos são chamados romanos porque foram criados na Roma LXX – 70; LXXX – 80; XC – 90; C – antiga, no século VIII (oito) a.C., isto é, antes de Cristo. 100; CC – 200; CCC – 300; CD – 400; D – 500; DC – 600; DCC – 700; Os algarismos romanos ainda hoje são utilizados para indicar: DCCC – 800; CM – 900; M – 1 000, ● séculos: século XX, século XXI, etc.; para que associem-nos ao conteú- ● capítulos de livros: capítulo I, capítulo III, etc. do visto nas aulas de Matemática Veja a seguir os quadros com os algarismos romanos até vinte. e possam percebê-los em textos que porventura lerem no decorrer I 1 VI 6 XI 11 XVI 16 de sua escolaridade, como nas in- dicações de séculos ou em artigos II 2 VII 7 XII 12 XVII 17 de leis, por exemplo. III 3 VIII 8 XIII 13 XVIII 18 Se considerar interessante, co- mentar que o sistema de numera- IV 4 IX 9 XIV 14 XIX 19 ção romano (ou números romanos) surgiu na Roma antiga – nome dado V 5 X 10 XV 15 XX 20 à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, na penín- Desafio sula Itálica, durante o século VIII a.C. Estamos no século 21! Escreva esse número com algarismos romanos: XXI . De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rômulo e 106 UNIDADE 3 Remo, irmãos que foram criados por uma loba. Os algarismos romanos são escritos com determinadas le- tras, que representam números. As letras são sempre maiúsculas, pois no alfabeto romano não existiam minúsculas. São elas: I, V, X, L, C, D e M. Os romanos desconheciam o zero, introduzido posteriormente pelos árabes. Por esse motivo, não havia nenhuma forma de represen- tação desse valor. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 106 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 Hora de organizar o que estudamos Hora de organizar o que estudamos Leia o esquema com os colegas e a professora. Lembrar que numeral se refere à Numeral palavra que representa o número ou o algarismo por extenso. Palavra que indica quantidade ou posição em uma ordem representada pelos números Produção de texto Numeral cardinal: usado para representar Numeral ordinal: usado para indicar posição Texto informativo quantidades. Exemplo: cinco 5 em uma ordem. Exemplo: quinto 5o As principais habilidades a ser desenvolvidas nas próximas pági- Produção de texto nas são as de: • planejar, com a ajuda do profes- Texto informativo sor, o texto que será produzido, Você viu que o elefante é o maior animal terrestre. Mas o maior de todos os considerando a situação comu- animais vive na água: é a baleia-azul. nicativa; • organizar o texto em unidades de EM DUPLA. Leiam o infográfico com informações sobre a baleia-azul. sentido e de acordo com as ca- racterísticas do gênero textual; • reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a co- laboração dos colegas, para cor- rigi-lo e aprimorá-lo. (Referências: BNCC – EF35LP07, EF35LP09 e EF35LP10) © 2012 Wayland/© 2013 por GMT Editores Ltda./Editora Sextante Jon Richards. O mundo em infográficos. Rio de Janeiro: Sextante, 2013. p. 59. Agora, vocês vão pesquisar outras informações e elaborar um texto informativo. krill: nome dado ao conjunto de espécies de animais invertebrados semelhantes ao camarão que costuma servir de alimento a baleias, entre outros animais marinhos. TEXTO INFORMATIVO 107 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 – MANUAL DO PROFESSOR 107 Como pesquisar Como pesquisar Se possível, levar os alunos à bi- ¥ Dicionário: é um bom lugar para iniciar uma pesquisa. Nele você encontra noções blioteca da escola para tornar mais concreto o manuseio das fontes básicas sobre o que procura, porque essa fonte traz informações geralmente apresentadas neste tópico. breves sobre o(s) significado(s) das palavras. Veja, por exemplo, o verbete javali em um dicionário. Estimular a consulta de dicioná- rios em sala de aula. Aproveitar Reprodução/Editora Saraiva para levar os alunos a analisar a apresentação e o conteúdo de um mesmo verbete em diferentes di- cionários. Relembrar que, para or- ganizar e facilitar a procura, a pala- vra aparece em ordem alfabética e é classificada (javali é um s.m. – substantivo masculino). No exem- plo, ao final, é apresentado o femi- nino (fem.) da palavra. Antônio Soares Amora. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 478. 108 UNIDADE 3 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 108 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 • Enciclopédia: apresenta também um Reprodução/Editora Delta Comentar com os alunos que na enciclopédia as palavras aparecem verbete, geralmente maior do que o do também na ordem alfabética e que dicionário, com um conjunto de expli- costuma haver mais informações cações escritas por especialistas no do que no dicionário. Levá-los a assunto. Às vezes traz fotografias, ta- atentar para o fato de que o verbe- belas e ilustrações. Veja o verbete ja- te se encontra na página 3 708 do vali numa enciclopédia. volume 8, o que mostra a extensão dessa fonte de consulta, que for- GRANDE Enciclopédia Delta Larousse. Rio de Janeiro: Delta, 1972. v. 8. p. 3708. nece informações de diferentes áreas do conhecimento. • Internet: é possível acessar inúmeros sites para consulta. Diversos jornais, re- As enciclopédias, especialmente vistas, instituições, enciclopédias e especialistas costumam dispor de um site aquelas registradas em livro, são em que é possível fazer pesquisas sobre o assunto desejado. Veja uma página veículos textuais cada vez menos de um site com informações sobre o javali. comuns em razão de novas tecno- logias utilizadas hoje em dia com Reprodução/ finalidade semelhante, como os mecanismos de busca na internet. Por esse motivo, elas devem ser estudadas também dentro desse contexto de uso e de transforma- ção no tempo. Explicar à turma que a enciclopédia analisada é de 1972 e, portanto, não segue a ortografia atual das palavras. Observar com eles, por exemplo, as palavras sô- bre, bôca e prêsas e mostrar em um dicionário atualizado como es- sas palavras são escritas: sobre, boca e presas. Se considerar inte- ressante, realizar um trabalho es- pecífico sobre como a ortografia muda ao longo dos anos usando o texto da enciclopédia como modelo. JAVALI. Biocuriosidades. Disponível em: . Acesso em: 4 set. 2017. TEXTO INFORMATIVO 109 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 Ð MANUAL DO PROFESSOR 109 Planejamento e Escrita Planejamento Reúnam as informações obtidas e selecionem as que decidirem colocar no texto. Com estas atividades procura-se desenvolver a habilidade de pro- Escrita duzir um texto organizando resul- 1. Escrevam um texto informativo reunindo as informações mais interessantes. tados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, Vocês podem apresentá-lo em boxes informativos ou em formato de ficha. incluindo imagens e gráficos ou 2. Se possível, acrescentem fotografias ou ilustrações que ajudem o leitor a com- tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto preender as informações ou que complementem seu texto com outros dados. do  texto. (Referência: BNCC – 3. Escrevam corretamente os termos científicos utilizando linguagem clara e precisa. EF05LP24) Revisão e reescrita Conversar com os alunos sobre Releiam o texto informativo produzido e observem se ele: a necessidade de consultar fontes de informação confiáveis. Orientá- • informa com clareza as informações de um texto do gênero; -los a utilizar uma ferramenta de • é acompanhado de imagens que auxiliam no entendimento das informações; busca, acessar pelo menos três • precisa de correções ou ajustes para melhorar. Caso necessite, reescreva-o. textos sobre o mesmo assunto, cer- tificando-se de que são fontes con- Exposição oral fiáveis ligadas, por exemplo, a universidades, bibliotecas, associa- Preparação para a exposição oral ções, institutos conhecidos, entre 1. Reúnam os textos produzidos, organizando-os em um painel para que todos os outros, além de verificar se o autor está identificado e se é especialis- leitores interessados possam informar-se sobre a baleia-azul. ta no assunto. Outro passo impor- 2. Ao organizar o painel, decidam: título, como os textos serão agrupados e o lugar tante é, ao pesquisar pelo menos três textos, verificar se não há em que será exposto. informações conflitantes. Ao final da pesquisa, é importante também fa- Apresentação zer a citação das fontes consultadas. Chegou a hora de apresentar oralmente o trabalho da dupla aos demais colegas. Exposição oral Preparação da apresentação 1. Definam a ordem e separem o material para a apresentação. A atividade propicia o desenvol- 2. Escolham quem fará a exposição oral, quem auxiliará na apresentação das ima- vimento da habilidade de partici- par de interações orais com coo- gens e quem ajudará a responder às perguntas. peração e respeito. (Referência: 3. Se houver possibilidade, planejem usar um software para as apresentações. BNCC – EF05LP01) 4. Estudem o assunto, usem expressões variadas, falem com ritmo e pausadamente. Preparação da apresentação Avaliação Após a apresentação, conversem sobre as seguintes questões: Para o roteiro de apresentação, é importante que os alunos defi- • As apresentações atenderam à intenção de informar com clareza? nam a ordem em que vão expor o • A linguagem usada estava adequada ao texto? resultado da pesquisa. A partir • Como foram a postura da dupla que expôs o texto e a participação dos ouvintes? dessa ordem, poderão elaborar os registros escritos que servirão de 110 UNIDADE 3 apoio à apresentação oral, organi- zando também os demais recursos Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. a serem utilizados (fotos, gráficos, ilustrações, etc.). saudáveis para o organismo humano”; “depois...” ajudam a organizar as notas que “na sequência, apresentaremos...”; serão usadas na apresentação e a refrescar a As etapas costumam ser estas: memória do grupo no momento da fala, ou • finalização da apresentação; seja, ajudam a lembrar a ordem em que cada • apresentação do assunto pes- assunto será exposto. quisado (por exemplo, “Dos cui- • questões levantadas pela plateia; dados que devemos ter com o As principais habilidades desenvolvi- corpo humano, nosso grupo vai • avaliação geral dos trabalhos. das nesta etapa da produção de texto são apresentar aqueles que se refe- as de: rem à alimentação”); Para cada etapa, é preciso organizar os re- cursos usados: texto de apoio com os dados • escutar, com atenção, falas de professores e • apresentação dos tópicos em principais, recursos não verbais a serem mos- colegas, formulando perguntas pertinentes que esse assunto se divide e da trados, etc. Estimular os alunos a perceber ordem em que serão comenta- que expressões como “vamos começar...” e dos. Por exemplo: “Vamos co- meçar explicando por que é importante ter uma alimentação saudável”; “depois comentare- mos quais são os alimentos mais 110 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 Aí vem... texto informativo C.S. Ling/Aurora Open/Corbis/Latinstock Aí vem... 1 Leia o texto a seguir para conhecer mais um texto informativo. O autor do texto em questão é Jorge Bruno Nacinovic, do Setor de Por que algumas aves voam em bando formando um V? Ornitologia do Departamento de Vertebrados, Museu Nacional Elas parecem ter ensaiado. Mas é cla- da Universidade Federal do Rio de ro que isso não acontece. Quem nunca viu Janeiro. Compartilhar essas infor- ao vivo, já observou em filme ou desenho mações com os alunos para ajudá- animado aquele bando de aves voando -los a perceber que o texto de in- em forma de letra V. Segundo os especia- formação científica conta com o listas, essa característica de voo é obser- saber especializado de um cientis- vada com mais frequência nos gansos, ta como fonte de informações. Pro- pelicanos, biguás e grous. Ao contrário porcionar um momento de leitura do que algumas pessoas acreditam, nem oral, em que cada aluno leia o tre- sempre o voo nessa formação significa cho preparado por ele. que as aves estão migrando. Nos arredo- res da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é comum ver as aves voando das lagoas para as ilhas em V ou em fila indiana. A interpretação mais aceita para essa Pássaros formando um V. formação é de origem aerodinâmica. Ou seja: as aves poupariam energia e se esforçariam menos, porque seriam favorecidas pelo deslocamento de ar causado pelo movimento para cima e para baixo das asas. A turbulência – ou agitação do ar – é mais perceptível atrás do corpo da ave e além das pontas de suas asas, de maneira que a ave que vem atrás se beneficiaria com uma redução na resistência do ar. Assim, ela faria uma considerável economia de energia em voos de longa distância. Bom, se a ave que está atrás se beneficia com o movimen- to da sua vizinha da frente, é uma desvantagem ser líder do bando, isto é, ocupar a posição de vértice do V, onde não há companheiro à frente. De alguma maneira, as aves devem ter essa percepção, porque é constante a substituição do líder. Outra interpretação sugere que o voo em V proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual do deslocamento, pois qualquer ave dentro des- sa formação teria em seu campo de visão uma única ave, e não várias. Isso facili- taria todos os aspectos do voo. Jorge Bruno Nacinovic. In: Vários Autores. O livro dos porquês. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008. TEXTO INFORMATIVO 111 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. ao tema e solicitando esclarecimentos sobre dados apresentados em imagens, tabelas e outros meios visuais; • expor uma pesquisa escolar, com apoio em recursos multimodais (imagens, tabelas, etc.), orientando-se por roteiro escrito, pla- nejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa. (Referências: BNCC – EF05LP03 e EF35LP01) UNIDADE 3 – MANUAL DO PROFESSOR 111 Palavras em jogo 2 A leitura do texto informativo deve ser mais objetiva. Para isso, devemos praticar como ler de forma clara, com a intenção de informar Esta seção abordará a acentua- o ouvinte. ção de palavras oxítonas e propa- Escolha um dos textos desta unidade — até mesmo os verbetes de dicionário roxítonas. — e prepare a leitura em voz alta para ler quando for a sua vez. Não será abordada a acentua- Palavras em jogo ção de: Acentuação das oxítonas e proparoxítonas • monossílabos tônicos, pois de- pendem da inserção de monos- 1 Você vai ler três placas e fazer o que se pede. sílabos em frases maiores para Placa 1. Vamos ao zoológico! percepção de tonicidade; ZOOLÓGICO Reprodução/Arquivo da editora • paroxítonas, pois a regra é ampla e complexa para este ano esco- JACARÉ TAMANDUÁ lar. Entretanto, se achar conve- CHIMPANZÉ LOBO-GUARÁ niente, sugere-se que, a partir de ARARA-CANINDÉ CURIMBATÁ (peixe) textos, os alunos elaborem listas TUCUNARÉ (peixe) de monossílabos tônicos acen- tuados. Outra sugestão é a de LAMBARI JAÓ (ave) que os alunos deduzam as re- JABUTI SOCÓ (ave) gras das paroxítonas mais co- BEM-TE-VI GAVIÃO-CARIJÓ muns acentuadas: terminadas em l, r, n, i(s), x – fácil, revólver, pólen, táxi, lápis, tórax, etc. O objetivo das atividades desta desção é estimular a observação dos alunos sobre as regularidades do uso de acento gráfico nas oxíto- nas, de forma que a regra seja o ponto de chegada do que foi ob- servado no uso. PERU TATU URUBU Todos os nomes de animais dessa placa são palavras oxítonas. a) Copie da placa 1 as palavras oxítonas que não são acentuadas. Lambari, jabuti, bem-te-vi, peru, tatu, urubu. b) Agora, releia as palavras oxítonas acentuadas. Com que letra essas palavras terminam? a, e, o 112 UNIDADE 3 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 112 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 Placa 2. Vamos ao armazém? Hagaquezart Estúdio/ Atividade 1, item g Arquivo da editora ARMAZÉM DO ALÊ Espera-se que os alunos obser- OFERTAS vem e escrevam a seu modo em um PATÊ primeiro momento. É importante CHÁ ABACAXI JILÓ compor depois uma resposta em CAFÉ CARÁ CAQUI conjunto, pois a atividade de criar FILÉ FUBÁ ALHO-PORÓ e registrar uma resposta coletiva- GUARANÁ mente e com a mediação do pro- CHUCHU fessor é um modo de sanar as dú- vidas e garantir que a resposta final registrada e fixada esteja de acor- do com os conceitos em estudo. Todos esses nomes de alimentos também são palavras oxítonas. c) Copie da placa 2 as palavras terminadas em: • -a; chá, guaraná, cará, fubá • -e; Alê, café, filé, patê • -o. jiló, alho-poró d) O que você observou com relação às palavras oxítonas do item c? Todas são acentuadas. e) Quais palavras da lista não receberam acento? Circule-as. f) Vamos escrever uma regra com o que foi observado nas placas 1 e 2? Complete a frase a seguir. Todas as palavras oxítonas terminadas em a , e e o são acentuadas. g) Leia estas palavras oxítonas. armazém alguém ninguém parabéns também Você gosta de fazer descobertas? Então descubra qual é a regra de acen- tuação dessas palavras e escreva-a nas linhas a seguir. Aguarde para ler e saber se a sua regra está adequada. Sugestão: As palavras oxítonas terminadas em -em e -ens também são acentuadas. TEXTO INFORMATIVO 113 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 Ð MANUAL DO PROFESSOR 113 Atividade 1, item j Reprodução/Arquivo da editoraPlaca 3. De volta ao zoológico. Todas essas palavras são proparoxítonas. h) Quantas foram acentuadas? Também aqui é importante que ZOOLÓGICO os alunos, primeiramente, obser- Todas (sete, contando com o título da vem e escrevam a regra a seu HIPOPÓTAMO placa). modo. Deixar que alguns comen- BÚFALO tem suas respostas e, em seguida, ANTÍLOPE compor e registrar a regra coleti- vamente. CÁGADO Atividade 2 TARÂNTULA i) Alguma delas deixou de ser acentuada? PÁSSAROS É importante que os alunos acen- Nenhuma. tuem as oxítonas e proparoxítonas com segurança nesta etapa da aprendizagem, discernindo as pa- lavras que não necessitam de acen- tuação. Se houver dificuldade quan- to às frutas, que nem sempre fazem parte da produção da região, aju- dá-los, falando o nome delas. j) Descubra qual é a regra de acentuação dessas palavras proparoxítonas e escreva-a a seguir. Aguarde para ler e saber se você acertou. Sugestão: Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. 2 Complete com as palavras representadas pelos desenhos. Não se esqueça da acentuação. a) Para a receita preciso de uma de leite em . xícara / pó b) O que eu quero é de . picolé / abacaxi dominó / sofá c) Vamos jogar ali no Ilustrações: Marcos Guilherme/ Arquivo da editora . d) Gosto de , e. pêssego / caju / maracujá Quais palavras não precisaram de acento? Por quê? Abacaxi e caju. Porque são oxítonas, mas não terminam em -a, -e, -o, -em, -ens. 114 UNIDADE 3 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 114 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 Assim também aprendo Assim também aprendo Como está seu conhecimento sobre animais? Além da ludicidade de um desa- Pinte suas respostas. fio de escolher a alternativa corre- Depois, veja se você é um bom conhecedor de animais. ta, o objetivo da atividade é esti- mular a habilidade de buscar e 1. Quantos anos vive um cavalo, aproximadamente? selecionar informações sobre esse tema de interesse escolar para so- lucionar o desafio proposto. 20 anos 30 anos 40 anos 50 anos 2. Qual é o animal terrestre mais rápido do mundo? cavalo tigre leão guepardo 3. Qual é o animal terrestre mais alto do mundo? elefante girafa zebra avestruz 4. Qual pássaro consegue parar no ar? pardal andorinha tico-tico beija-flor 5. Qual é o peixe mais voraz, isto é, que devora tudo rápido? lambari carpa tilápia piranha TEXTO INFORMATIVO 115 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 – MANUAL DO PROFESSOR 115 Na avaliação do resultado, cui- 6. Qual destes animais produz leite? cabra dar para que nenhum aluno sofra peixe críticas negativas dos colegas, cha- mando a atenção de todos para os galinha minhoca fatores que podem influenciar o desempenho de cada um em tes- 7. Qual animal a seguir é o mais lento? tes desse tipo: pouca ou bastante atenção na leitura, assunto distan- te ou próximo do interesse de cada um, habilidade maior ou menor em participar de desafios organizados dessa forma, etc. cobra lesma tartaruga formiga 8. Qual é o animal terrestre mais pesado do mundo? elefante rinoceronte hipopótamo leão RESULTADO Hagaquezart Estúdio/Arquivo da editora De 1 a 3 pontos – Você precisa se informar mais! De 4 a 6 pontos – Você já tem bastante informação! De 7 a 8 pontos – Parabéns! Você é muito bem informado! 116 UNIDADE 3 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 116 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 3 O UE ESTUDAMOS O que estudamos Autoavaliação O quadro-síntese tem o objetivo de apresentar os conceitos abor- Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade. dados nesta unidade, para que os Respostas pessoais. alunos se apropriem da organiza- ção dos conteúdos, atribuindo- Unidade 3 Avancei Preciso -lhes nomes. Ler o quadro-síntese estudar mais dos conteúdos para os alunos, orientando-os sobre as colunas • Leitura e interpretação de texto que o compõem. A coluna Avancei informativo indica o que eles já sabem ao final da unidade. A coluna Preciso es- Gênero • Características do texto informativo tudar mais indica o que eles pre- cisam retomar e estudar um pouco • Produção de texto informativo mais. Motivá-los a fazer comentá- rios sobre o próprio desempenho • Adjetivos e locuções adjetivas e ajudá-los a reconhecer suas ne- cessidades de revisão. Estudo • Graus das palavras sobre a • Numeral (ordinal, cardinal, romano) Além de relembrar o que foi es- língua tudado nesta unidade, o quadro- -síntese ajuda a perceber melhor • Acentuação das oxítonas e proparoxítonas algumas nomenclaturas utilizadas, ainda que simplesmente saber a Oralidade • Participação nas atividades orais nomenclatura não seja o foco do aprendizado. Nesta unidade, por exemplo, os alunos poderão ficar mais atentos para o significado e o uso de palavras como locução, graus, ordinal, cardinal, romano, etc. Sugestões de... Reprodu•‹o/Editora Melhoramentos Livros Bichos nojentos, de Nick Arnold, publicado pela editora Melhoramentos. O autor deste livro, um professor britânico, vai lhe contar algumas coisas sobre horripilantes e interessantíssimos seres, os insetos. O livro dos porqu•s, de vários autores, publicado pela editora Companhia das Letrinhas. Por que as aranhas fazem teias? Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida? Se você é uma dessas pessoas que vivem buscando explicação sobre curiosidades, vai adorar este livro, que reúne artigos que esclarecem dúvidas de maneira objetiva. TEXTO INFORMATIVO 117 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 3 – MANUAL DO PROFESSOR 117 Unidade 4 Unidade Artigo de opinião Objetivos 4 • Ler textos com maior fluência e Nesta unidade você vai... clareza.  ler e interpretar artigo de opinião; • Reconhecer características e  produzir parágrafo opinativo; função sociocomunicativa do  conhecer outros modos de argumentar; gênero artigo de opinião.  estudar palavras de ligação;  estudar verbo como marcador de tempo • Identificar e diferenciar fatos e opiniões. e suas variações em tempo e pessoa;  estudar formação de palavras: prefixos • Identificar argumentos empre- gados para convencimento. e sufixos;  participar de debate e atividades orais. • Deduzir os sentidos das coesões estabelecidas pelas diferentes palavras de ligação. • Inferir as relações implícitas no texto verbal e não verbal: charge. • Participar de interações em sala de aula de forma harmoniosa, falando e ouvindo. • Participar de debate regrado a partir de assunto do texto do artigo de opinião. • Produzir parágrafo opinativo, posicionando-se e argumentan- do com clareza e coerência. • Identificar e utilizar palavras de ligação. • Reconhecer o verbo como uma forma de marcar o tempo, flexio- nando-o. • Diferenciar na escrita e empre- gar adequadamente as termina- ções -am e -ão nas palavras. Não há conteúdo específico re- 118 ferente ao eixo Educação literária nesta unidade. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Principais habilidades Conteúdos abordadas na unidade Leitura BNCC EF05LP08 BNCC EF05LP26 Oralidade • Gênero: artigo de opinião, “Pré-adolescente é criança?” BNCC EF05LP11 BNCC EF05LP32 • Interações orais com • Localização de informação e reconhecimento de opinião atitudes de cooperação BNCC EF05LP15 BNCC EF05LP33 e respeito e argumentos • Inferências de significado de palavras a partir do contexto BNCC EF05LP23 BNCC EF35LP05 • Debate regrado: • Identificação dos elementos de coesão do texto participação atenta nas BNCC EF05LP25 BNCC EF35LP37 interações por meio da argumentativo fala e da escuta 118 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Competências • Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defen- der ideias, pontos de vista e de- cisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e glo- bal, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. (Referência: BNCC – Competên- cias gerais, p. 19, item 7) • Analisar argumentos e opiniões manifestados em interações so- ciais e nos meios de comunica- ção, posicionando-se critica- mente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direi- tos humanos e ambientais. (Re- ferência: BNCC – Competências específicas de Língua Portugue- sa para o Ensino Fundamental, p. 66, item 6) Tom Bernardes/Arquivo da editora Respostas pessoais.  Nesta cena, as pessoas parecem estar trocando ideias, opiniões. Você acha que isso é comum ou só acontece em algumas situações?  Você costuma trocar ideias com alguém sobre diferentes assuntos? Com quem? 119 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Escrita Conteúdos • Produção de parágrafo opinativo Conhecimentos linguísticos e gramaticais • Palavras de ligação e partes do texto • Verbo: uma forma de marcar o tempo • Variações do verbo: tempo e pessoa • Formação de palavras: primitivas e derivadas • Prefixos e sufixos UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 119 Leitura Para iniciar Gênero: artigo de opinião. Tex- No dia a dia, conversamos e trocamos ideias com muita gente. Além disso, há to jornalístico assinado, isto é, com pessoas que também expressam suas opiniões sobre diferentes assuntos escre- a identificação do autor, e que ex- vendo textos em jornais, revistas ou na internet. Vamos ler a seguir um artigo de pressa a opinião desse autor sobre opinião que foi publicado em um suplemento infantil de jornal. determinado assunto. É um texto opinativo, que pode apresentar Você já foi chamado de pré-adolescente? Conhece essa expressão? argumentos, exemplos, justificati- vas e conclusões, a fim de defender Leitura: artigo de opinião o posicionamento do autor a res- peito de uma questão polêmica. Pré-adolescente é criança? Por ser um texto de caráter argu- mentativo com o qual grande par- Aproveite o finalzinho da infância, pois ela não volta nunca mais te das crianças ainda não está fa- miliarizada, a leitura inicial deve ser Rosely Sayão mediada pelo professor. Sugere-se a leitura compartilhada do texto, Você já foi chamado de pré-adoles- Rosely Fatima Sayão/Folhapress feita inicialmente pelo professor, cente? Pensa que é um deles? Eu acho de forma bem expressiva, estimu- a coisa mais estranha essa história de lando-se a intervenção dos alunos chamar criança de pré-adolescente. Eu tanto com perguntas quanto com sei que algumas gostam disso porque comentários e posicionamentos. se sentem mais velhas e importantes. Quer saber de uma coisa? Ser criança é muito, muito importante. ças de 11 ou 12 anos de pré-adolescentes. Pois saiba que elas são crianças. Estão Vamos pensar na expressão “pré- no final da infância, mas ainda conti- -adolescente”. “Pré” sempre quer dizer nuam crianças. antes de alguma coisa. Por exemplo: pré- -Páscoa (antes da Páscoa), pré-provas Vou contar uma coisa: quem usa essa (antes das provas), etc. expressão tem pressa de que a infância acabe logo. Não precisa ter essa pressa! Pensando nisso, pré-adolescente sig- Ser criança já dura bem pouco tempo, só nifica que a pessoa não é mais criança, 12 anos. Só! Depois disso, não dá mais mas também não é adolescente. para voltar atrás. Mas ela é o quê? Nada? Dessa maneira, dá para perceber como essa expressão é esquisita – afinal todo mundo é uma coisa agora e vai ser outra depois. Isso é natural. Já pensou se chamarmos os adultos de pré-velhos? Eles não vão gostar nem um pouco, não é verdade? Mas eles nem pensam nisso quando chamam as crian- 120 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 120 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Você deve conhecer adolescentes e chega lá. E, quando chegar, vai precisar Interpretação do texto até adultos que se comportam como saber que, aí sim, acabou a infância – e crianças. Fica um pouco ridículo, não para sempre. Compreensão do texto fica? Então, aproveite bem, mas muito bem mesmo, esse finalzinho da sua Por enquanto use seu tempo livre e Atividade 1 infância. brinque, brinque muito ou fique sem fa- Auxiliar os alunos a localizar, na zer nada. Por mais que tenha vontade, de vez reprodução da página do jornal, a em quando, de ser mais velho do que é, E quando um adulto disser que você imagem do suporte do texto, isto resista! Mais um ou dois anos e você é um pré-adolescente, faça cara feia e é, a marca visual da seção em que afirme: sou criança e gosto de ser assim! o artigo de opinião está inserido: Quebra-Cabeça. Rosely Sayão. Pré-adolescente é criança? Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 abr. 2015. Folhinha, p. 3. Zanone Fraissat/FolhapressSobre a autora Rosely Fatima Sayão/Folhapress Rosely Sayão (1950) é psicóloga e consultora em educação. Tem diversos livros publicados, presta assessoria a escolas, faz palestras e escreve em colunas de jornais e em revistas, sempre abordando temas relacionados à educação e às relações familiares. Interpretação do texto Compreensão do texto Atividade oral e escrita 1 O artigo lido foi publicado em um jornal, no suplemento infantil chamado Folhi- nha. Há informações importantes para o leitor quando se lê algo em um jornal. Observe a reprodução de uma parte do suplemento e responda às perguntas sobre o artigo que você leu. a) Quem é o autor? Rosely Sayão b) Quando foi publicado? Em 11 de abril de 2015. c) Qual é o título do texto? Circule-o. ARTIGO DE OPINIÌO 121 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 121 Atividade 3 2 Esse artigo de opinião está em uma seção do jornal chamada Quebra-cabeça. Por meio desta atividade é possí- Em sua opinião, por que essa seção tem esse nome? vel chamar a atenção para a diferen- Sugestões: Provavelmente porque tem o objetivo de fazer o leitor pensar, refletir ciação entre fato e opinião, relacio- nando os conteúdos do texto à sobre um assunto como se fosse um desafio de “quebra-cabeça”. discussão do assunto entre os alu- nos. (Referência: BNCC – EF05LP15) 3 Você já foi chamado de pré-adolescente? Você se considera um? Converse com os colegas sobre isso. Respostas pessoais. Atividade 4 Para a realização da atividade é 4 Copie do primeiro parágrafo uma frase que mostra a opinião da autora sobre o assunto. necessária a inferência do que seja uma opinião para depois efetivar a “Eu acho a coisa mais estranha essa história de chamar criança de pré-adolescente.”; localização no texto. Os alunos es- tão começando a sistematizar o “Ser criança é muito, muito importante.”. reconhecimento de trechos opina- tivos; por esse motivo, sugere-se 5 Leia estas expressões. que a atividade seja realizada oral- mente e de modo coletivo antes da escrita. Atividades 5 a 7 Estas questões exploram a locali- zação de informações explícitas no texto. (Referência: BNCC – EF05LP08) • pré-provas • pré-jogo • pré-férias Escreva a explicação que a autora dá para o termo pré. oriol san julian/Shutterstock PrŽ significa “antes de alguma coisa”. 6 Como a autora explica a expressão “pré-adolescente”? Pessoa que não é mais criança, mas também não é adolescente. 7 De acordo com o texto, qual é a idade em que geralmente as crianças são chamadas de pré-adolescentes? 11 ou 12 anos. 8 Releiam este trecho. Já pensou se chamarmos os adultos de pré-velhos? Eles não vão gostar nem um pouco, não é verdade? Conversem e expliquem qual é a provável razão para os adultos não gostarem de ser chamados de “pré-velhos”. Sugestão: Porque não querem se sentir velhos. 122 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 122 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 9 Quando queremos defender uma ideia, uma opinião, temos de usar argumentos. Atividade 10 Leia esta definição: Questão de localização de infor- Argumento é uma ideia, um fato ou um raciocínio que empregamos para mação que supõe inferência do convencer alguém a mudar de opinião ou a considerar uma opinião diferente sentido do que seja aconselhar. daquela que tem. Pode ser oral ou escrito. Marque um X nas frases que expressam os argumentos usados pela autora para defender suas opiniões no artigo “Pré-adolescente é criança?”. X “Pré-adolescente” é uma expressão que não define o que a pessoa é. Com 11 ou 12 anos, as crianças podem estar no final da infância, mas X ainda são crianças. X Deve-se aproveitar a infância porque dura muito pouco. Pré-adolescente é um adolescente que se sente mais jovem. 10 Releia o trecho. Por mais que tenha vontade, de vez em quando, de ser mais velho do que é, resista! Mais um ou dois anos e você chega lá. E, quando chegar, vai preci- sar saber que, aí sim, acabou a infância – e para sempre. ¥ Nesse trecho, a autora dá um conselho. Explique qual é ele. Sugestão: A autora aconselha o leitor a resistir à vontade de querer ser mais velho. 11 Você leu um artigo de opini‹o. Ele tem esse nome porque expressa opiniões do autor sobre um assunto. Assinale a frase que expressa a principal opinião defendida pela autora. Use seu tempo livre e brinque, brinque muito. Ser criança já dura bem pouco tempo. X Ser criança é muito importante. ARTIGO DE OPINIÌO 123 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 Ð MANUAL DO PROFESSOR 123 Linguagem Linguagem e construção do texto e construção do texto Assunto e partes do artigo de opinião Assunto e partes do artigo de opinião 1 Marque um X na alternativa que melhor expressa o assunto principal do texto. Esta parte da seção de interpre- Crítica aos adultos que se comportam como crianças. tação do texto deve ser feita cole- Crítica à expressão “pré-adolescente” e estímulo para que a criança tivamente, pois é a iniciação à apro- X priação dos seguintes conceitos: aproveite a infância. opinião, argumentos e conclusão. Conselhos para as crianças brincarem muito porque no futuro não poderão mais brincar. Atividade 2 Aviso para as crianças que elas ficarão velhas. Não será empregada uma lingua- 2 Podemos dizer que o texto que você leu é dividido em três partes. Veja. gem mais precisa em relação à aná- lise da estrutura do texto argumen- tativo, pois o aluno ainda não tem maturidade para essa compreen- são. Portanto, as partes do texto foram simplificadas para se adapta- rem à finalidade da proposta. • Opinião: posição que a autora defende sobre o assunto. • Argumento: as ideias, os fatos para exemplificar e o raciocínio usados para defender a opinião. • Conclusão: ideia final da autora, depois de ter apresentado suas opiniões e argumentos. Leia as frases a seguir e indique a qual dessas partes cada uma se refere. Escreva nos quadrinhos: O, para indicar opinião; A, para argumento; e C, para conclusão. A A expressão “pré-adolescente” não define o que a pessoa é. “Eu acho a coisa mais estranha essa história de chamar criança de O pré-adolescente”. A Há adultos que se comportam como crianças. A criança deve aproveitar a infância, porque é uma fase que acaba e A nunca mais volta. O “Ser criança é muito, muito importante.” “Por enquanto use seu tempo livre e brinque, brinque muito ou fique C sem fazer nada.” Quem usa a expressão “pré-adolescente” tem pressa de que a infância O acabe. 124 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 124 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 3 A autora do artigo escreve como se estivesse conversando com o leitor. Atividade 3 a) Para dar a impressão de uma conversa, como a autora inicia o texto? Sugere-se que os alunos discu- A autora inicia o texto com perguntas, usando “você” para se dirigir ao leitor. tam as questões coletivamente b) Copie frases que mostram essa intenção de ser mais informal. antes de passarem ao registro es- crito. As questões propostas têm Sugestões: “Quer saber de uma coisa?”; “Mas ela é o quê? Nada?”; “[...] não é por objetivo estimular o desenvol- verdade?”; “Vou contar uma coisa”; “Não precisa ter essa pressa! Ser criança já vimento da habilidade de analisar dura bem pouco, só 12 anos. Só!”; “Fica um pouco ridículo, não fica?”. a situação comunicativa quanto à identificação do produtor do texto c) Para qual leitor a autora escreveu o artigo? e sua intenção, as escolhas de lin- guagem feitas e a identificação do Sugestão: Para crianças que sejam leitoras do suplemento infantil no qual foi provável público-alvo. (Referência: publicado. BNCC – EF05LP11) d) Por que esse tipo de linguagem foi empregado? Atividade 3, item b Pedir aos alunos que destaquem Para deixar o artigo mais próximo das crianças, dando a ideia de uma conversa. oralmente expressões que impri- 4 Releia as frases e marque um X nas alternativas que indicam o que as expres- mem o tom de conversa, de infor- sões destacadas podem significar. malidade do texto. a) “Por enquanto use seu tempo livre e brinque [...]” Atividade 3, item c Ideia contrária ao que foi dito anteriormente. Considerar alguns trechos do X Ideia do tempo que a criança deve aproveitar. texto que dão uma pista do prová- vel leitor, como: “Você já foi chama- do de pré-adolescente? Pensa que é um deles?”; “Por mais que tenha vontade, de vez em quando, de ser mais velho do que é, resista! Mais um ou dois anos e você chega lá.”. Atividade 4 Esta atividade tem o objetivo de fazer com que o aluno deduza os sentidos que os elementos de coe- são podem expressar. Esse conteú- do será ampliado na seção Língua: usos e reflexão. Não há ainda o objetivo de classificação, pois isso será objeto de estudo em anos posteriores. Confirma o que está sendo dito. oriol san julian/Shutterstock ¥ Indique a expressão que melhor substitui por enquanto sem alterar o sentido. porque X durante esse tempo porém ARTIGO DE OPINIÌO 125 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 Ð MANUAL DO PROFESSOR 125 Atividade 4, item b b) “[...] pré-adolescente significa que a pessoa não é mais criança, mas também Esta questão e a anterior favore- não é adolescente? Mas ela é o quê?” cem a habilidade de identificar, em X Ideia contrária ao que está sendo dito. textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre Confirma o que é dito. partes do texto, como: adição, oposição, tempo, causa, condição, X Questiona o que está sendo dito. finalidade. (Referência: BNCC – EF05LP37) ¥ Qual destas expressões melhor substitui o mas sem alterar o sentido? Hora de organizar porque finalmente X porém o que estudamos Hora de organizar o que estudamos As questões propostas nas ativi- dades 1 a 4 de Linguagem e cons- Leiam juntos o esquema a seguir, sobre as características do artigo de opi- trução do texto têm como finali- nião. Conversem e completem o quadro indicando o tipo de leitor. dade levar os alunos à compreensão de características do gênero artigo Artigo de opinião de opinião de modo geral e das características específicas do texto Texto jornalístico em que um autor expressa ideias e em estudo. Dessa forma, o percur- opiniões sobre um assunto so das atividades converge para a construção do quadro Hora de organizar o que estudamos. O esquema deverá ser lido e completado coletivamente. Intenção Linguagem e construção Leitor • Apresentar uma do texto • Partes do texto: Sugestões: ideia ou opinião • Pessoas que gostem de a respeito de um - opinião sobre determinado um assunto conhecer outras opiniões e assunto refletir sobre assuntos que • Apresentar - argumentos para geram polêmica ou que podem argumentos para defender as ideias ter posicionamentos diversos. defender as ideias - conclusão para reforçar • Pessoas que gostem de debater • Convencer os as ideias defendidas ideias. leitores ou ouvintes • Linguagem clara • Pessoas que queiram • Linguagem adequada ao enriquecer as próprias opiniões. leitor a que se destina: • Pessoas que se interessem pode ser mais formal ou pelo assunto. mais informal 126 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 126 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Prática de oralidade Prática de oralidade Conversa em jogo O debate regrado é um gênero oral público. Este é um bom mo- Debate regrado mento para desenvolver atitudes relacionadas com as habilidades Você leu um artigo de opinião em que a autora apresenta sua opinião, seu socioemocionais, como tolerância, ponto de vista sobre o uso do termo “pré-adolescente”, e traz argumentos com respeito mútuo e civilidade, bem a intenção de convencer quem o lê. como habilidades de expressão oral em público. Diante de textos como esse podemos: ● concordar com todas as ideias; ● concordar apenas com parte das ideias; ● discordar de tudo o que foi apresentado. Agora, leia estas duas opiniões publicadas em um texto na mesma revista. Editoria de Arte/Folhapress Rosely Sayão. Pré-adolescente é criança? Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 abr. 2015. Folhinha, Coluna 3. ARTIGO DE OPINIÌO 127 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 127 Atividade 3 E você, concorda com tudo o que foi dito no texto de Rosely Sayão ou tem outra opinião sobre o assunto? Para que os alunos vivenciem a atividade proposta, se houver con- A professora vai organizar um debate com o tema: Pré-adolescente é criança?. dições, conduzi-los ao laboratório de informática para assistir ao vídeo 1 Releiam o artigo para que cada um de vocês forme uma opinião sobre as ideias “JC Debate: Os jovens e as regras”, apresentadas. Em seguida, preparem-se para o debate. em que um mediador discorre so- bre o tema/assunto do debate, Conversem sobre as regras que vão nortear o debate: apresenta os convidados a debatê- -lo e medeia a fala de cada um. • o tempo de duração do debate; Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2018. tempo estipulado. 2 Escolham um aluno como moderador do debate para: oriol san julian/ Shutterstock • fazer a abertura do debate apresentando o tema; • expor as regras combinadas; • organizar a ordem dos que pedirem licença para falar; • controlar o tempo de fala de cada um; • não deixar que os participantes saiam do assunto determinado; • fazer o encerramento e agradecer a participação de todos. 3 Debate. Observem alguns comportamentos importantes durante o debate: • expressar a opinião de modo claro e procurar não extrapolar o tempo combinado; • levantar a mão quando quiser falar e esperar o moderador passar a palavra; • esperar a vez e não interromper quando alguém estiver falando; • ao expressar sua opinião, procurar ser claro e ficar dentro do tempo; • se discordar de alguém e quiser fazer um comentário, levantar a mão para avisar e esperar que o moderador passe a palavra; • respeitar as opiniões diferentes da sua. 4 Avaliação do debate. Neste momento, todos deverão avaliar como transcor- reu o debate, o que foi positivo e o que deve ser melhorado para um próximo debate. 128 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 128 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Tecendo saberes Tecendo saberes Como foi visto ao longo desta unidade, podemos dar charge: A leitura e a interpretação da nossas opiniões trocando ideia com outras pessoas ou es- imagem que, acompanhada ou charge devem ser mediadas, pois crevendo um artigo, por exemplo. Mas há ainda várias ma- não de texto verbal, geralmen- trata-se de um gênero que exige neiras de nos expressarmos: através das artes visuais, da te, por meio do humor, faz crí- do aluno a habilidade de inferir dança, da música, do teatro, etc. A charge é outra das mui- ticas e ironias a uma situação, sentidos não explícitos. tas formas de expressão que podemos usar. expressando opinião sobre al- gum assunto ou fato que acon- Atividade 1, item a 1 Caulos é um conhecido autor de tiras humorísticas e tece à nossa volta. É fundamental que os alunos lis- charges. Veja uma charge produzida por ele. 2. Sugestões: tem os elementos presentes na © Caulos/Acervo do cartunistaObservar os imagem para que depois possam contrastes claro fazer as relações e as deduções. e escuro, vida e morte; a sensação Atividade 2 de solidão Os alunos devem manifestar produzida pela noite e por uma natureza suas impressões livremente, sem- que definha. Outra pre levando em consideração os possibilidade de elementos presentes na charge. interpretação seria a de que o ser Se possível, explorar com a turma humano destrói outras charges sobre determinado a natureza e tira acontecimento político, social ou as condições de cultural da história do Brasil, sele- sobrevivência dos cionando assuntos que sejam ade- seres vivos. quados à faixa etária dos alunos. Caulos. Só dói quando eu respiro. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 13. 1. a) Sugestão: Lugar deserto; noite com lua; raízes mostradas em corte; o esqueleto de um pássaro “pousado” em uma raiz; o toco de uma árvore que parece ter sido cortada. a) Nessa charge há somente linguagem não verbal, ou seja, ela é apenas visual. Juntos, descrevam o que é representado nela. b) A charge pode expressar uma ideia por meio do humor. Na sua opinião, há algo humorístico nessa charge? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos observem que há humor, caracterizado pelo pássaro pousado na raiz como se fosse um galho. c) O que pode ter acontecido com a árvore e o pássaro? Converse com os colegas. Sugestão: O tronco da árvore cortado e o esqueleto do pássaro debaixo da terra podem indicar que ambos estão mortos. 2 Uma charge pode expressar uma opinião, uma crítica. Converse com os colegas so- bre a opinião ou a crítica que pode estar expressa nessa charge. ARTIGO DE OPINIÌO 129 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 129 Outras linguagens Outras linguagens Esta é uma atividade intertex- b) Na tira 1 o humor está presente na fala do pai e na resposta do menino. Na tual que complementa as ideias do texto em estudo. É importante que Tiras tira 2 o humor é provocado pela relação de todos os itens citados pelo narrador os alunos percebam que as tiras, originalmente publicadas junto ao (telefone, esportes, carros) com diferentes brinquedos e brincadeiras. artigo de opinião \"Pré-adolescen- Na mesma página do jornal em que foi publicado o artigo de Rosely Sayão, há te é criança?\", trazem argumentos duas tirinhas. Leiam juntos e conversem sobre os sentidos que elas expressam. que reforçam o ponto de vista ex- presso no texto. Tira 1 © Alexandre Beck/Acervo do cartunista Tira 2 © Alexandre Beck/Acervo do cartunista Alexandre Beck. Armandinho. Folha de S.Paulo, São Paulo, 11 abr. 2015. Folhinha, p. 3. Disponível em: . a) Na tira 1. Com a fala do adulto, o menino não se Acesso em: 15 jan. 2018. sente compreendido como a criança que ele é. a) Em qual das tiras o menino se sente incompreendido? Expliquem por quê. b) O que provoca humor, ideia de algo engraçado, nessas tiras? c) Na tira 2, há uma lista de coisas de que as crianças também gostam. O que diferencia o gosto das crianças do gosto dos adultos sobre essas coisas? Na tira 2, o gosto das crianças é pelo brinquedo, pelas brincadeiras que remetem aos itens (coisas) de que os adultos provavelmente gostam. d) As tiras reforçam ou contrariam o que Rosely Sayão defende em seu artigo: “Ser criança é muito, muito importante.”? Conversem sobre isso. As tiras reforçam a opinião da autora do texto, servindo de exemplos para as opiniões expressas no texto. 130 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 130 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Aí vem... artigo de opinião Produção de texto 1 Leia o texto a seguir e conheça mais um artigo de opinião. Esta atividade é uma iniciação à produção do texto opinativo, um Desculpa? desafio maior para o aluno desta faixa etária. Por isso, o trabalho Fabiana Gutierrez será iniciado por meio da produ- ção de um parágrafo opinativo. Se Quantas vezes sabemos que estamos errados e ainda assim resistimos considerar adequado à turma, po- a pedir desculpa? de-se ampliar para um texto maior. A produção será proposta neste Admitir nossos erros tem a ver com aceitar que não somos perfeitos e dizer momento para envolver a motiva- isso ao outro quando admitimos. Mas pedir desculpas nos aproxima e nos liber- ção dos textos vistos na unidade, ta. Afinal, na maioria das vezes, não fazemos algo errado intencionalmente. E, inclusive os não verbais. A amplia- mesmo se fazemos, sempre é tempo de corrigir. Uma pesquisa da Universidade ção do conteúdo sobre elementos de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que as pessoas que se desculpam pelos de coesão está na seção Língua: seus erros acabam melhorando sua imagem. Justamente o contrário do que pen- usos e reflexão. Se achar conve- samos, já que associamos “desculpas” a “erro” e, consequentemente, a “fraqueza”. niente, esse conteúdo poderá ser Isso porque o ato de reparar o erro é uma possibilidade incrível de transformação antecipado. e aprendizado. [...] Sugere-se que, antes da ativida- Fabiana Gutierrez. Jornal JOCA, n. 78, jun. 2016. Seção Comportamento, p. 6. de escrita, os alunos leiam os fatos e exercitem um posicionamento 2 Escolha um dos textos de opinião desta unidade para preparar a leitura em em relação ao assunto. Reforçar a voz alta, sempre com o propósito de ler para alguém. importância de uma atitude de res- Observe que ao ler o artigo de opinião você revelará menos sentimentos ou peito pelas opiniões diferentes, emoções do que expressaria ao ler outros tipos de texto, como poemas, por mesmo que haja polêmica em tor- exemplo. Leia com objetividade e bastante clareza a pronúncia das palavras. no dos fatos. Estimular que a opi- nião de cada um seja seguida de Produção de texto uma justificativa. Parágrafo opinativo É importante desenvolver a ha- bilidade de produzir texto com o Agora é o momento de escrever a sua opinião sobre algum assunto polêmi- intuito de opinar e defender um co, isto é, um assunto sobre o qual haja opiniões contra, a favor, ou opiniões ponto de vista relacionado a situa- que concordam parcialmente com as ideias que são apresentadas. ções vivenciadas na escola ou pro- blemas da comunidade, utilizando Antes de escolher o assunto, você deve pensar sobre algo muito importante: registro formal e estrutura adequa- a diferença entre fato e opinião. Os fatos são os acontecimentos. Sobre esses da à argumentação, considerando acontecimentos podemos ter opiniões diferentes. a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (Referência: ARTIGO DE OPINIÌO 131 BNCC – EF05LP23) Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Parágrafo opinativo Aí vem... Enfatizar a importância de iden- tificar o assunto principal de cada Se achar conveniente, os textos produzidos pelos alunos também podem ser objeto do texto, principalmente de um em exercício de leitura oral mais sistemática. que os argumentos de defesa de uma opinião podem ser confundi- Aproveitar o tema do artigo de opinião para estimular uma reflexão sobre as atitudes que dos com a própria opinião e esta favorecem o bom relacionamento no convívio social: pedir desculpas, pedir licença, respeitar com o assunto do texto. A habili- opiniões diferentes, moderar conflitos, etc. dade de diferenciar o assunto da opinião (o que se pensa sobre o assunto) costuma ser muito difícil para os leitores em processo ini- cial de formação. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 131 Escrita Escreva sua opinião sobre os fatos do quadro a seguir, justificando suas razões. Estas atividades têm como fina- Fatos Opinião e justificativa lidade desenvolver a habilidade de utilizar, ao produzir o texto, recur- Respostas pessoais. sos de coesão pronominal e articu- ladores de relações de sentido Crianças e jovens gostam de (tempo, causa, oposição, conclu- se sentir mais velhos. são, comparação), com nível ade- quado de informatividade. (Refe- rência: BNCC – EF05LP26) Torcedores de times adversários brigam depois do jogo. Lei elaborada para multar pessoa que faz xixi na rua. Planejamento 1. Você vai produzir um parágrafo opinativo. 2. Lembre-se de um fato que tenha impressionado você. Pense qual é sua posição, sua opinião sobre esse fato: se é contra o que aconteceu, se concorda com a forma como as coisas aconteceram ou se não é totalmente contra ou a favor. 3. Qual é seu argumento para defender o que você pensa sobre o assunto? Você deve justificar a opinião ou posição apresentada. Escrita 1. Inicie seu parágrafo pelo fato escolhido. 2. Apresente sua opinião ou posição: o que pensa sobre o que aconteceu. 3. Procure justificar sua opinião, ou dar as razões sobre o que você pensa. 4. Você pode empregar palavras ou expressões de ligação entre as frases de seu pará- grafo: mas, então, assim, durante esse tempo, porque, pois, porém, quando, etc. Essas palavras o ajudarão a organizar suas ideias. 5. Se houver bastantes ideias, seu parágrafo pode se transformar em um texto maior, com mais detalhes. Peça orientação à professora. 132 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 132 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Revisão e reescrita Revisão e reescrita 1. Troque de texto com um colega e analisem se as ideias ficaram claras. e Roda de opiniões 2. Ouça a opinião do colega, releia seu texto e veja se estão claros o fato relatado As atividades propostas nestas e a posição que você assumiu diante desse fato. Reescreva o que achar neces- etapas da produção têm por obje- sário. tivo desenvolver fluência de leitura para a compreensão do texto ao Roda de opiniões exercitar a habilidade de ler textos Terminados os textos, façam um círculo e cada um poderá ler o texto que produziu. de diferentes extensões, silencio- Ouçam com atenção as opiniões dos colegas, por mais diferentes que sejam da sua. samente e em voz alta, com cres- Pode ser feito um varal com as opiniões de cada um de vocês sobre esse assunto. cente autonomia e fluência, de modo a possibilitar a compreensão Língua: usos e reflexão do leitor e do ouvinte. (Referência: BNCC – EF35LP05) Palavras de ligação e partes do texto Língua: usos e reflexão 1 No texto “Pré-adolescente é criança?” você viu algumas palavras de ligação. Leia agora um trecho do texto “Desculpa?”. Este é um conteúdo para inicia- ção dos elementos de coesão. Afinal, na maioria das vezes, não fazemos algo errado intencionalmente. Não haverá aqui a preocupação de classificar os tipos de palavras. Os Qual ideia a palavra destacada traz para a frase? alunos devem primeiramente atri- buir sentidos a essas palavras. A tempo X conclusão de uma ideia anterior classificação será vista apenas em estudos posteriores. Atividade 2, item b Perguntar aos alunos que outra palavra, não apresentada entre as opções, poderia substituir a expres- são “já que” na frase (por exemplo, a palavra pois). ideia contrária ao que foi dito finalidade do que foi dito antes 2 Releia outro trecho. Justamente o contrário do que pensamos, já que associamos “desculpas” a “erro” e, consequentemente, a “fraqueza”. a) A expressão destacada traz o sentido de: tempo. finalidade do que foi dito. ideia contrária à ideia anterior. X explicação para a ideia anterior. b) Marque um X na palavra que pode substituir já que sem modificar o sentido. X porque então quando mas ARTIGO DE OPINIÌO 133 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 133 Atividade 3 3 Leia outro trecho do texto “Desculpa?”. Neste caso, podem ser aceitas Admitir nossos erros tem a ver com aceitar que não somos perfeitos e dizer isso as palavras porém e e, pois a pala- ao outro quando admitimos. Mas pedir desculpas nos aproxima e nos liberta. vra mas neste trecho também pode indicar o sentido de uma jun- Marque um X na(s) palavra(s) que pode(m) substituir o termo destacado sem ção de ideias. Este é um uso pos- mudar o sentido. sível da conjunção mas: não ape- nas como adversativa (sentido de porém), mas também como aditiva (sentido de e). Xe quando X porém pois Hora de organizar o que estudamos Leia com os colegas o esquema a seguir. Palavras de ligação Palavras que fazem a ligação entre outras palavras ou entre frases, estabelecendo relações de sentido entre as ideias Podem acrescentar sentido de: • ideia contrária • explicação • conclusão • finalidade • tempo • justificativa Agora você 1 Leia a tirinha com os personagens Charlie Brown e Sally, sua irmã. Peanuts, Charles Schulz © 1967 Peanuts Worldwide LLC./ Dist. by Andrews McMeel Syndication Charles M. Schulz. Minduim. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 dez. 2014. Caderno 2, p. C4. a) O que Charlie está tentando fazer? Ensinar Sally a fazer contas de divisão. b) Sally não entendeu o que Charlie quis dizer. O que mostra isso? Converse com os colegas. Ouça as respostas deles e justifique sua opinião quando for a sua vez de falar. Sugestão: Ela acha que caber um número dentro do outro é apenas um problema de tamanho. 134 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 134 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 c) Na tirinha há palavras e expressões que foram empregadas para fazer liga- Atividade 2 ção entre as ideias. Complete as frases abaixo com as palavras ou expressões do quadro que Antes das questões referentes correspondem a cada ideia. às palavras de ligação, é importan- te motivar os alunos a ler a tirinha mas por isso se com atenção, construindo os sen- tidos. Explorar com eles a ideia • Apresenta uma conclusão: por isso (em “por isso é que suas notas têm presente no último quadrinho, em que Calvin revela o motivo de ter sido tão baixas”) . escolhido escrever sua autobiogra- fia com partes inventadas: o fato • Apresenta ideia contrária a uma ideia anterior: mas (em “mas cinquenta é de, na história que está escreven- do, ele ter um lança-chamas, um tipo de armamento ao qual o me- nino não tem acesso na realidade, mas apenas na sua imaginação. Chamar a atenção para o fato de que crianças não devem jamais ter acesso real a armas. maior do que vinte e cinco”) . • Dá ideia de uma condição para fazer a conta: se (em “se apertar dá”) . 2 Leia outra tirinha e observe as palavras destacadas. Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1989 Watterson/ Dist. by Andrews McMeel Syndication Bill Watterson. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 dez. 2014. Caderno 2, p. C10. a) O que Calvin pretende fazer? Calvin quer escrever a história de sua vida, mas incluindo algumas partes inventadas. b) O tigre reage à resposta do garoto. Releia o texto do terceiro quadrinho. Mas pra que isso? ARTIGO DE OPINIÌO 135 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 Ð MANUAL DO PROFESSOR 135 Atividade 3, item a Marque um X na alternativa que melhor indica o sentido de cada uma das Aceitar também o uso de então palavras destacadas. no lugar de por isso (ou de logo, • Mas caso algum aluno sugira). X Indica que estranhou a ideia de fazer autobiografia inventada. Atividade 3, item b Aceitar também o uso de pois Indica que ele concorda com Calvin. no lugar de porque. • Pra que Atividade 3, item c Indica o começo de uma explicação para Calvin. Aceitar também que os alunos X Indica que o tigre quer saber a finalidade do que Calvin quer fazer. deem como resposta por isso no c) Leia o que Calvin responde no último quadrinho. lugar de então e porque no lugar de pois. É porque no meu livro eu tenho um lança-chamas! Que ideia a palavra destacada expressa? Expressa uma ideia de explicação, de justificativa. 3 Complete cada trecho usando o termo de ligação indicado no quadro que for mais adequado. por isso pois então mas porque a) Correr é uma forma de aliviar a tensão e de cuidar do corpo e da mente. Por isso é bom praticar corrida alguns minutos por dia. b) Acabar com o mosquito da dengue é um grande desafio, mas não podemos desistir. Temos de convencer as pessoas a participar dessa luta, porque só assim essa batalha terá sucesso. c) Diferenças entre as pessoas é o que mais há pelo mundo afora. Então discriminações não têm razão de ser, pois ninguém é igual a ninguém. 136 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 136 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Verbo: uma forma de marcar o tempo Verbo: uma forma de marcar o tempo 1 Releia um trecho do texto “Pré-adolescente é criança?”. Nesta unidade, será dada ênfase Você já foi chamado de pré-adolescente? Pensa que é um deles? Eu acho ao tempo verbal como marca de a coisa mais estranha essa história de chamar criança de pré-adolescente. temporalidade nos textos e ao em- prego dos verbos nas relações de a) Observe as formas verbais destacadas. Copie as expressões verbais que concordância. Entretanto, é impor- correspondem ao tempo indicado. tante que os alunos saibam o sig- nificado da expressão “conjugar • Presente: pensa, é, acho um verbo”, ou seja, flexioná-lo em seus tempos, modos, pessoas e • Passado: foi chamado número. b) Por que ela empregou o tempo passado? Para o leitor se lembrar de algum Atividade 1, item b Se necessário, conversar com os fato já acontecido. alunos sobre as possíveis intenções 2 Agora, releia outro trecho do texto e indique o tempo verbal das formas des- do texto para auxiliá-los na resposta. tacadas. Escreva nos quadrinhos: PA para indicar passado; ou F, para futuro. Atividade 3 As fontes completas das notí- cias aparecem na atividade 4 da página 138. FF PA E, quando chegar , vai precisar saber que, aí sim, acabou a in- fância [...] 3 Leia a seguir as manchetes de algumas notícias, prestando atenção nas formas verbais em destaque. I. Reflexo do sol distorce imagens de satélite e faz Amazônia parecer mais verde (Portal Terra Notícias) II. Crianças se divertem no Carnaval ao ritmo do Bailinho Infantil em Fortaleza (Portal G1 Notícias) III. Crocodilos podem escalar árvores e tomar sol nas copas, diz pesquisa (Portal Terra Notícias) As formas verbais destacadas nas manchetes I, II e III foram empregadas em qual tempo? Tempo presente. Ao falar ou escrever, podemos situar o que estamos expressando em um tempo: no presente, no passado ou no futuro. ARTIGO DE OPINIÌO 137 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 137 Atividade 4, item b 4 Leia as notícias referentes às manchetes da atividade 3 e observe os verbos destacados em laranja. Comentar com os alunos a dife- I. rença entre a manchete, escrita no presente com a intenção de apro- Ref lexo do sol distorce imagens de satélite ximar o leitor do evento noticiado, e faz Amazônia parecer mais verde e o texto da notícia, que traz o relato do acontecimento e utiliza Após anos de mistério em torno das imagens de satélite da Amazônia, os verbos no passado, ajudando a cientistas descobriram que uma ilusão de ótica fazia a floresta parecer mais situar no tempo os fatos ocorridos. verde no período da seca. [...] Portal Terra Notícias. Disponível em: . II. Crianças se divertem no Carnaval ao ritmo do Bailinho Infantil em Fortaleza A meninada se divertiu nesta segunda-feira (3), no Carnaval Infantil de Fortaleza. Acompanhados dos pais, avós ou tios, as crianças se empolgaram e lotaram o Bailinho Infantil no Mercado dos Pinhões. [...] Portal G1 Notícias. Disponível em: . III. Crocodilos podem escalar árvores e tomar sol nas copas, diz pesquisa Os animais vistos escalando a qualquer hora do dia mostravam-se ner- vosos com a aproximação de um observador a até 10 metros [...]. Portal Terra Notícias. Disponível em: . Acessos em: 5 set. 2017. a) Qual é o tempo verbal usado no texto dessas notícias? Tempo passado. b) Provavelmente, esse tempo foi usado nos textos para mostrar que: os fatos ainda vão acontecer. X os fatos já aconteceram. esses fatos acontecem sempre. 138 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 138 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 Variações do verbo: tempo e pessoa Variações do verbo: tempo Releia a frase abaixo. e pessoa Você já foi chamado de pré-adolescente? O verbo é uma classe gramatical complexa que exige estudo amplo. a) Em que tempo está a forma verbal destacada? Tempo passado. Optou-se por estudá-lo em etapas, b) Como ficaria a frase escrita no presente? Reescreva-a. evidenciando primeiramente seu papel fundamental na organização Você já é chamado de pré-adolescente? da temporalidade nos textos. A seguir serão enfatizadas flexões c) Complete essa mesma frase no passado, desta vez alterando a pessoa, de tempo e pessoa. Deve-se ob- conforme indicado em cada caso. servar o significado do termo con- jugar: flexionar alterando tempo, • Vocês já foram chamados(as) de pré-adolescentes? modo e pessoa. • Nós já fomos chamados(as) de pré-adolescentes? Esta é a primeira vez em que a palavra pretérito é empregada d) O que você alterou para completar as frases de acordo com as pessoas? diretamente com os alunos. A in- tenção é apresentar esse sinônimo de passado, já que ele aparece com frequência em dicionários, gramáticas, etc. A forma dos verbos. O verbo pode variar para indicar o tempo: presente; passado ou pretérito; futuro. O verbo varia também para indicar as diferentes pessoas a que se refere: eu, nós; você, vocês; ele/ela, eles/elas. Variar a forma do verbo para indicar tempo ou pessoa é conjugar o verbo. Uso de tu e v—s Em algumas regiões do Brasil é empregado o tu em vez de você. Por exem- plo, em uma frase como: Tu chegas muito tarde hoje? São variedades existentes na língua portuguesa do Brasil. Na letra do Hino Nacional brasileiro também está presente o tu: [...] Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! [...] Joaquim Osório Duque-Estrada. Hino Nacional. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2018. ARTIGO DE OPINIÌO 139 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 139 Concordância verbal Na língua portuguesa há a forma vós, empregada, por exemplo, em textos bíblicos. O objetivo deste conteúdo é apresentar e sistematizar regras de As pessoas a que o verbo se refere são denominadas: concordância verbal para que o aluno as utilize em suas produções. 1a pessoa: a que fala eu; nós (Referência: BNCC – EF05LP25) 2a pessoa: com quem se fala tu; vós/você; vocês 3a pessoa: de quem se fala ele; ela/eles; elas Atividade 1 É importante que as atividades Concordância verbal de concordância verbal sejam feitas 1 Reescreva cada frase fazendo a concordância verbal de acordo com a pessoa oralmente e de forma intensa antes indicada. de o aluno passar para o registro escrito. Esta atividade tem como finalidade exercitar a concordância verbal com a pessoa expressa. Se achar conveniente, incluir o tu na lista dos pronomes (pessoas) que os verbos acompanham. a) Nós não somos perfeitos. . Você não é perfeito(a) Eu não sou perfeito(a) . b) Vocês brincarão muito ainda! ! Nós brincaremos muito ainda Eu brincarei muito ainda ! Ele brincará muito ainda ! c) Vocês devem conhecer adultos que se comportam como crianças. . Nós devemos conhecer adultos que se comportam como crianças . Eu devo conhecer adultos que se comportam como crianças . Elas devem conhecer adultos que se comportam como crianças Os verbos apresentaram variações para concordar com as pessoas a que se referiram. Chamamos essas adequações de concordância verbal. 140 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 140 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 2 Releia a frase a seguir, do texto “Pré-adolescente é criança?”. Hora de organizar Vou contar uma coisa: quem usa essa expressão tem pressa de que a in- o que estudamos fância acabe logo. Se achar conveniente, explicar A que pessoa o verbo destacado está se referindo? oralmente a que se refere cada pes- soa, conforme indicado a seguir. 2a pessoa do singular: tu/você X 1a pessoa do singular: eu • 1ª pessoa: a pessoa que fala: eu; ou as pessoas que falam: nós; 3a pessoa do singular: ele/ela • 2ª pessoa: a pessoa com quem Hora de organizar o que estudamos se fala: tu, você; ou as pessoas com quem se fala: vós, vocês; Leiam juntos o esquema a seguir, completando as partes que faltam. • 3ª pessoa: a pessoa de quem se Verbo fala: ele, ela; ou as pessoas de quem se fala: eles, elas. Palavra que varia para: oriol san julian/Shutterstock indicar tempo concordar com pessoa e número passado futuro 1a pessoa 2a pessoa 3a pessoa • singular: • singular: • singular: presente eu tu ele você ela • plural: • plural: • plural: nós vós eles vocês elas ARTIGO DE OPINIÌO 141 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 141 Palavras em jogo Palavras em jogo oriol san julian/Shutterstock Há vários processos de formação Formação de palavras: primitivas e derivadas de palavras: por derivação, por composição, por justaposição, por Prefixos e sufixos neologismo, por hibridismo, entre Atividade oral e escrita outros. Aqui serão abordados ape- nas os processos de derivação por Em nossa língua há muitos modos de formar novas palavras. prefixação e por sufixação, que se Releia o título do artigo de opinião de Rosely Sayão. constituem em uma forma bastan- te acessível de dedução de signifi- PrŽ-adolescente é criança? cados e de sentidos de palavras, a partir do reconhecimento da pala- Agora releia a afirmação da autora sobre o termo pré: vra primitiva. “Pré” sempre quer dizer antes de alguma coisa. Espera-se, com as atividades desta seção, levar os alunos a de- Ela colocou um elemento antes das palavras e formou outras. Por exemplo: senvolver a habilidade de diferen- pré-Páscoa (antes da Páscoa) e pré-provas (antes das provas). ciar palavras primitivas e derivadas por adição de prefixo e sufixo e a 1 Juntos, leiam as palavras que se formaram com o acréscimo do termo destacado. habilidade de identificar as signifi- cações que prefixos acrescentam Entender desentender à palavra primitiva. (Referências: BNCC – EF05LP32 e EF05LP33) Fazer desfazer Atividades 1 a 4 Construir desconstruir Serão destacados apenas os pre- Qual sentido a parte destacada trouxe a essas palavras? fixos e sufixos mais comuns ao co- tidiano dos alunos. Se achar conve- Trouxe a ideia de sentido contrário. niente, a lista poderá ser ampliada. É importante que essas ativida- des sejam feitas oralmente antes de serem sistematizadas por escri- to. O mecanismo de formação se- gue, muitas vezes, uma regularida- de sonora que ajudará o aluno a perceber melhor esses mecanis- mos de formação de palavras. 2 A professora vai falar as palavras do quadro, e vocês formarão novas palavras, como viram na atividade anterior. desempacotar – desembaraçar – desencaminhar – desencaixar – desdizer – desencardir – descarregar empacotar embaraçar encaminhar encaixar dizer encardir carregar Os termos pré- e des- são prefixos: elementos colocados antes das palavras para formar outras palavras. 142 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 142 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 3 Leia um trecho do livro Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias. Nessa Atividade 3, item a história o menino criou várias palavras para dar nome às coisas de seu dia a dia. Ajudar os alunos a perceber que, [...] E Marcelo continuou pensando: para formar a palavra sentador, Marcelo pensou nela como “o ob- “Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda. Mas bolo nem sem- jeto em que se senta”, e cabeceiro pre é redondo. E por que será que a bola não é a mulher do bolo? E bule? E belo? como “o objeto em que se coloca E bala? Eu acho que as coisas deviam ter nome mais apropriado. Cadeira, por a cabeça”. exemplo. Devia chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada. E tra- vesseiro? Devia chamar cabeceiro, lógico! Também, agora, eu só vou falar assim”. Atividade 4 Ruth Rocha. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias. Na conversa sobre os sentidos 2. ed. Rio de Janeiro: Salamandra, 2011. que prefixos e sufixos trouxeram às palavras primitivas, estimular a a) Conversem: O que Marcelo pensou para formar as palavras destacadas? produção de outras ocorrências comuns. Ver comentário nas orientações para o professor. Exemplo de derivação com o b) A autora do artigo “Pré-adolescente é criança?” colocou o elemento pré uso de prefixo: antes de algumas palavras e formou palavras novas. O personagem Marcelo colocou os elementos dor e eiro depois de algumas palavras e formou outras. • ideia de contrário, oposição: Os dois usaram uma palavra primitiva para formar uma palavra derivada. incapaz, indeterminado, insaciá- vel, incolor; desmontar, despre- • Palavra primitiva é aquela que não vem de outra palavra. parado, desfazer, etc. • Palavra derivada é aquela formada a partir de outra palavra. Exemplo de derivação com o O elemento que é acrescentado antes da palavra recebe o nome de prefixo. uso de sufixo: O elemento que é acrescentado depois da palavra recebe o nome de sufixo. • ideia de agente: computador, 4 Vejam como se formaram estas palavras derivadas: escorregador, apontador, etc. • ideia de profissão: motorista, equilibrista, analista, diarista, etc. • aumentativo: janelão, papelão, bocão, etc. • diminutivo: mãozinha, pauzinho; dentinho, vasinho, sininho, etc. Palavra primitiva Palavra derivada com prefixo feliz infeliz (sentido contrário) homem super-homem (ideia de aumento, algo a mais) leal desleal (sentido contrário) círculo semicírculo (ideia de metade) Palavra primitiva Palavra derivada com sufixo abre abridor (ideia de instrumento, agente) pai dente paizinho (diminutivo) dentista (nome de profissão, agente) cadeira cadeirão (aumentativo) Conversem sobre os sentidos que os prefixos e sufixos trouxeram a essas palavras. Os prefixos e sufixos trouxeram um novo sentido às palavras. ARTIGO DE OPINIÌO 143 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 Ð MANUAL DO PROFESSOR 143 Desafio Agora você 1 Uma palavra puxa a outra. Escolha entre os prefixos do quadro o mais ade- Sugere-se propor um segundo quado para formar uma palavra derivada. Depois, escreva cada palavra formada. desafio para os alunos resolverem em dupla. Perguntar: Quem é ca- in- des- semi- re- paz de formar o maior número de palavras derivadas? Pode ser com a) ver: rever d) escrever: reescrever/descrever sufixo ou com prefixo. b) justo: injusto e) respeito: desrespeito c) aberto: semiaberto/reaberto f) sensível: insensível Por exemplo, se a palavra primi- tiva é fogo, as palavras derivadas poderão ser: fogão, fogaréu, fo- gueira, foguete, foguinho, refogar, refogado, etc. Se houver condições, estimular a consulta a dicionários para buscar exemplos ou resolver dúvidas. 2 Forme palavras derivadas, acrescentando sufixos. a) cachorro: cachorrinho, cachorrão b) lavar: lavadeira, lavador Desafio Família de palavras EM DUPLA. Sabe o que é uma família de palavras? São palavras formadas a partir de uma palavra primitiva. Observe uma família de palavras formada da palavra livro: livreiro, livraria, livrinho, livresco, livrão. Leia a palavra a seguir e escreva algumas palavras derivadas dela.  boi: boiada, boiadeiro, aboiar, boizinho, boizão Assim também aprendo Para se divertir e pensar: leia esta tira do cartunista João Montanaro. © João Montanaro/Acervo do cartunista João Montanaro. Cócegas no raciocínio: tiras, cartuns e outros delírios. São Paulo: Garimpo Editorial, 2010. p. 39. 144 UNIDADE 4 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 144 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 4 O UE ESTUDAMOS O que estudamos Autoavaliação O quadro-síntese tem o objetivo de apresentar os conceitos abor- Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade. dados nesta unidade, para que os Respostas pessoais. alunos se apropriem da organiza- ção dos conteúdos, atribuindo- Unidade 4 Avancei Preciso -lhes nomes. Ler o quadro-síntese estudar mais dos conteúdos para os alunos, orientando-os sobre as colunas Gênero • Leitura e interpretação de artigo de que o compõem. A coluna Avancei opini‹o indica o que eles já sabem ao final da unidade. A coluna Preciso es- • Linguagem e construção do artigo de tudar mais indica o que eles pre- opinião cisam retomar e estudar um pouco mais. Motivá-los a fazer comentá- • Produção de parágrafo opinativo rios sobre o próprio desempenho e ajudá-los a reconhecer suas ne- • Palavras de ligação cessidades de revisão. Estudo • Verbo: variações de tempo e de pessoa Estimular comentários sobre sobre a como cada um dos alunos conside- língua • Formação de palavras: primitivas e rou seu desempenho principalmen- derivadas te quanto aos itens “Produção de parágrafo opinativo” e “Participa- • Prefixos e sufixos ção nas atividades orais”, referentes ao “Debate regrado”. Ter noção de Oralidade • Participação nas atividades orais qual foi o resultado dessas ativida- des é importante também para o professor avaliar como os alunos consideraram a aprendizagem do gênero textual da unidade. Sugestões de... Editora Saraiva/Arquivo da editora Site No site do suplemento infantil Folhinha, voltado ao público infantojuvenil, você pode encontrar diversos textos e, muitas vezes, textos opinativos criados por colunistas da sua idade, periodicamente convidados a escrever no jornal. Procure os textos da coluna Ideias. Acesso em: 15 jan. 2018. Livro Caras encaradas, de Fanny Abramovich, publicado pela Editora Saraiva. Sarah e Tato brincam de comparar suas opiniões sobre as pessoas. Um dia, discutem e descobrem que têm opiniões diferentes sobre algumas pessoas. Leia e divirta-se com essa história. ARTIGO DE OPINIÌO 145 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 4 – MANUAL DO PROFESSOR 145 Unidade 5 Unidade Reportagem Objetivos 5 • Analisar a situação sociocomuni- Nesta unidade você vai… cativa em que a reportagem está inserida.  ler e interpretar reportagem; • Identificar o assunto da reporta-  estudar recursos empregados na reportagem; gem.  produzir entrevista e reportagem; • Participar de interações em sala de aula com atitudes de coo-  estudar verbo: tempos e modos; peração e respeito às falas do outro.  estudar advérbio e locução adverbial; • Participar de conversa sobre o  empregar formas verbais tema da reportagem e da leitura terminadas em -ão e -am; de um gráfico.  empregar formas • Produzir roteiro de entrevista. verbais com sons • Fazer um relato oral sobre o tema semelhantes e escritas diferentes: abordado na entrevista. vendesse e vende-se; • Valorizar a cultura dos povos  participar de indígenas reconhecendo sua debates e influência. atividades orais. • Produzir reportagem, em grupo, sobre determinado tema. • Identificar o tempo e o modo de uso dos verbos. • Reconhecer o uso dos advérbios como formas de marcar tempo e espaço no texto. • Diferenciar o uso de palavras ter- minadas em -am e -ão e o uso de formas verbais como vendesse e vende-se. Principais habilidades abordadas na unidade BNCC EF05LP01 BNCC EF05LP15 BNCC EF05LP02 BNCC EF05LP19 BNCC EF05LP07 BNCC EF05LP24 BNCC EF05LP08 BNCC EF05LP34 BNCC EF05LP10 BNCC EF35LP05 BNCC EF05LP11 146 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Conteúdos Oralidade Leitura Educação literária • Conversa mediada sobre • Gênero: reportagem, “Vida na aldeia: a rotina dos indígenas pelo • Leitura de cantigas determinado tema olhar da cidade grande” de domínio público • Entrevista com morador • Identificação e interpretação das partes de uma reportagem antigo da comunidade • Fluência na leitura de reportagem ilustrada por fotos com legendas • A estrutura do relato na reportagem • Relato oral sobre dado tema • Ampliação do repertório do gênero reportagem 146 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 5 Tom Bernardes/Arquivo da editora Competências • Exercitar a curiosidade intelec- tual e recorrer à reflexão, à aná- lise crítica, à imaginação e à cria- tividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, for- mular e resolver problemas, in- ventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (Referência: BNCC – Com- petências gerais, p. 18, item 2) • Utilizar conhecimentos das lin- guagens verbal (oral e escrita) e/ ou verbo-visual para expressar- -se e partilhar informações, ex- periências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que le- vem ao entendimento mútuo. (Referência: BNCC – Competên- cias gerais, p. 18, item 4) • Ler, com compreensão, autono- mia, fluência e criticidade, textos que circulam no contexto do aluno. (Referência: BNCC – Com- petências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fun- damental, p. 66, item 9)  Como você fica sabendo do que acontece em sua cidade e no mundo? Resposta pessoal.  Você se considera bem informado sobre diversos temas ou só sobre as- suntos de seu interesse? Por quê? Respostas pessoais.  Observe a cena. Você acha que os personagens são bem informados? Como você acha que eles ficam sa- bendo das notícias do Brasil e do mundo? Respostas pessoais. 147 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. Conteúdos Escrita Conhecimentos linguísticos e gramaticais • Produção de roteiro de entrevista e • Verbo: tempos e modos registro da fala do entrevistado • Advérbio e locução adverbial: formas de marcar • Produção em grupo de reportagem o tempo e o espaço sobre tema predefinido • Palavras terminadas em -am e -ão • Emprego de vendesse ou vende-se UNIDADE 5 – MANUAL DO PROFESSOR 147 Para iniciar Para iniciar Sugere-se retomar a estrutura da Há muitas maneiras de você encontrar informações sobre assuntos de seu notícia como forma de os alunos interesse e também de saber o que acontece em sua cidade ou no mundo. Hoje relembrarem o que estudaram no em dia, essas informações são veiculadas não apenas em revistas ou jornais im- 3º ano sobre esse gênero jornalís- pressos, mas também nos meios digitais, como a internet. tico, já que o objeto de estudo desta unidade será a reportagem Você vai ler uma reportagem de uma revista que também é publicada nos (gênero estudado no 4º ano). meios digitais. Essa reportagem trata do modo de vida de um grupo de pessoas. Quem serão essas pessoas? Onde moram? Quem faz esse relato? Leiam juntos Lembrar que a notícia e a repor- essa reportagem para descobrir. tagem se assemelham em muitos aspectos e diferenciam-se por ser a Leitura: reportagem reportagem um texto mais extenso, que traz uma investigação mais de- Vida na aldeia: a rotina dos indígenas pelo olhar da cidade grande talhada do fato. A intenção da notí- Um dia na vida dos índios de uma aldeia no Mato Grosso cia e da reportagem é informar. Se possível, trazer para a sala de aula Por Maria Clara Vieira – atualizada em 05/01/2016 11h56 exemplares de jornais impressos que tenham mais de um caderno: Os grilos soam solitários enquanto todos dormem na aldeia Darcy Bethania (MT). cada uma das partes separadas que Ainda há estrelas no céu. O silêncio é quebrado, a cada manhã, pelos galos que cantam constitui um exemplar de jornal, antes de o sol acordar. Quando os primeiros raios iluminam a vida, as crianças saem formada por certo número de pági- das casas de pau a pique, onde moram com os pais, irmãos, primos e tios. nas dobradas e encasadas. Geral- mente contêm matérias de uma aldeia: Lalo de Almeida/Editora Globo determinada seção ou editoria. povoação habitada apenas por indígenas; povoação Leitura menor que uma vila; povoação rural. Gênero: reportagem. Trata-se de texto da área jornalística que rotina: apresenta informações baseadas repetição das mesmas em investigação e documentação. ações; prática costumeira; Tem por função informar o leitor, maneira constante de contemplando diferentes aspectos proceder. do mesmo fato. O produtor pode fazer uso de depoimentos, entre- MT: vistas, boxes ou dados, em um tex- sigla do estado de to mais extenso e com uma inves- Mato Grosso. tigação mais detalhada. casas de pau a pique: o mesmo que casas de taipa, Crianças brincam nos arredores da aldeia Darcy Bethania, construções em que se no coração do Mato Grosso. utiliza bambu ou madeira para fazer uma trama que depois é recoberta por terra amassada para a construção das paredes. 148 UNIDADE 5 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 148 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 5 São crianças calmas e silenciosas. Falam pouco, correm pouco. Ficam sentadas na Na leitura, é importante obser- var com os alunos a reportagem e frente de casa naquele estado sonolento de quem acordou cedo demais. É cedo demais! ajudá-los a interpretar os recursos multimodais utilizados, relacionan- Todas já estão despertas antes das 6 horas da manhã. Conforme o sol avança, elas do o texto às informações presen- tes nas fotografias que fazem par- começam a se agitar. te da reportagem original e estão reproduzidas no livro (tanto o tex- Sobem em árvores e brincam com animais domesticados que rodeiam as casas — to não verbal como as próprias legendas). (Referência: BNCC – cães, gatos, galinhas, papagaio, filhotes de ema e até porco-do-mato. Brinquedos, mes- EF05LP19) mo, só um ursinho velho e uma bola. Não existe sinal de celular, internet nem smartphones. Há TV em uma ou outra casa, mas a audiência é escassa. Até relógio é item que não se vê facilmente. O tempo na aldeia é outro. O café da manhã não é uma refeição formal, como estamos habituados. Quando apa- recer a fome, come. O quê? O que for possível: o que deu para plantar, coletar ou caçar. Não há fartura nem variedade. Logo cedo, uma menina come arroz e feijão com as mãos, um menino chupa um coquinho do mato, outro se alimenta de um pedaço de tapioca. As mães começam a sair de casa para lavar Lalo de Almeida/Editora Globo panelas e roupas do dia anterior. Saem carre- gadas, as cestas transbordando de trabalho. Algumas lavam no rio. Outras já se acostu- maram a usar as torneiras coletivas, instala- das recentemente na aldeia, e que oferecem água limpa de um poço. São nelas que bebês e crianças de até 2 anos se banham. As mais velhas vão em grupos para o rio, ainda bem Crianças se banham no rio logo pela manhã. cedo, onde se lavam, nadam, brincam de saltar Nadar e se jogar na água é uma das na água e riem sem pressa. atividades favoritas delas. escassa: Lalo de Almeida/Editora Globo rara; pouca. Além de servir para o banho, o rio também é usado para lavar roupas em muitas aldeias. Na fotografia, a mãe que acabou de realizar a tarefa vai embora com a filha no colo. REPORTAGEM 149 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. UNIDADE 5 Ð MANUAL DO PROFESSOR 149 Estimular os alunos a observar a O dia passa vagaroso. Banheiro não existe. Tem de ir no mato. O sol esturrica a terra cena retratada na fotografia como forma de comprovar o que foi rela- e pesa sobre os ombros. No almoço, fogões a lenha improvisados cozinham o alimento. tado no texto. Por exemplo: as ca- sas de pau a pique, a aparente De novo arroz e feijão. Na casa vizinha, de novo coquinho (dessa vez, ensopado). Carne não tranquilidade de todos – crianças, cachorro, mulher – e a ausência de é sempre que tem. Quando tem, vem da pesca ou caça — porco-do-mato, anta, veado —, raios de sol incidindo diretamente sobre as pessoas presentes, mar- e é assada até esturricar. Tudo sem sal e sem tempero. cando o entardecer. Destacar tam- bém o espaço ocupado pelos indí- Depois do almoço, o sol é cruel. O calor é tanto que, nos fins de semana, todos se genas, como uma espécie de quintal das moradias ao fundo, e o recolhem na sombra de suas casas. De segunda a sexta, as crianças vão para a escola contraste entre marcas da cultura indígena (cesto de palha, fogão a às 13 horas, onde ficam até as 17 horas, sem merenda. lenha a céu aberto, etc.) e marcas da sociedade industrializada (vasi- Na verdade, a escola é uma única sala de aula — construção simples de madeira, lhas plásticas e vestimenta da mu- lher e da criança). chão de terra batida, uma lousa antiga e algumas carteiras quebradas. A professora, que é indígena e vive na aldeia, é uma para cerca de 15 alunos, de 6 a 13 anos. Ela divide a turma em três grupos de acordo com a idade e eles se sentam no chão em círculos. Então, ensina conteúdos de diferentes graus de complexidade a todos. Eles aprendem matemática, português, história, geografia e a língua nativa, do tron- co linguístico macro-jê. Enquanto a tarde cai, as mulheres preparam farinha de mandioca em grandes tachos — é a matéria-prima da tapioca que será servida no dia seguinte. Os homens caçam e cultivam a roça, quando não vão para a cidade fazer trabalhos temporários, como de empacotador em mercado. [...] No que o céu se tinge de azul profundo, é possível ver as estrelas. Iluminação elétri- ca é escassa, apenas uma lâmpada por casa. O jantar é o mesmo do almoço, ou o que sobrou dele. Às 20 horas, todos estão cansados. É o momento de dormir. As famílias se recolhem em suas casas e dormem em redes ou colchões sobre o chão de terra. No si- lêncio da noite, bebês não choram. esturrica: [...] seca demais, queima. Disponível em: Acesso em: 4 set. 2017. Lalo de Almeida/Editora Globo Teda, 62 anos, ao lado da neta Meime, 2, prepara farinha de mandioca no entardecer. O alimento é a base da dieta indígena. 150 UNIDADE 5 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido. 150 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 5


Que palavra poderia substituir a expressão perdeu a vida?

Perder a vida: 1 arrefecer, abotoar o paletó, falecer, fenecer, faltar, expirar, desviver, descansar, bater as botas, desencarnar, finar-se, ir-se, partir, passar, perecer, sucumbir.

Qual é o sentido dessa expressão figurada?

Sentido figurado é aquele em que as palavras ou expressões adquirem significados que dependem do seu contexto de uso.

Que palavra tem o mesmo sentido da palavra mas o primeiro balão?

A conjunção adversativa “mas” (primeiro balão) pode ser substituída por “e” sem prejuízo de significação.