Que fatores dificultam o crescimento ainda maior da economia japonesa?

Localizado no continente asiático e com extensão territorial de 377.801 quilômetros quadrados, o Japão é formado por cerca de 4 mil ilhas, sendo que 4 delas (Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kiushu) correspondem a 97% da área total do país, onde residem 127,1 milhões de pessoas.

O Japão se destaca no cenário internacional por apresentar elevadas médias nos indicadores socioeconômicos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) japonês, com média de 0,884, é o décimo primeiro maior do planeta. O país apresenta grande desenvolvimento industrial, sendo, atualmente, a segunda nação mais industrializada do mundo. Mesmo com todos esses indicadores econômicos positivos, ele possui um problema quanto a um setor da economia: a agricultura.

A maior parte do território é formada por grandes conjuntos montanhosos (apenas 16% do território nacional é composto por planícies), fato que dificulta o desenvolvimento da agricultura, pois reduzidas áreas se tornam disponíveis para a sua realização. Nesse sentido, houve a necessidade da utilização de tecnologia na produção agrícola a fim de maximizar a produção alimentícia.

O alto desenvolvimento tecnológico nas atividades rurais resultou num significativo aumento da produção, entretanto, reduziu a captação de mão de obra para o trabalho no campo. Somente 7% da População Economicamente Ativa (PEA) do Japão está empregada no campo.

Mesmo com a aplicação de técnicas avançadas nas atividades rurais, a produção de alimentos no Japão é insuficiente para abastecer o mercado nacional, havendo necessidade de importar a maioria dos alimentos consumidos pelos japoneses. O arroz, porém, é o único produto agrícola que supre a demanda interna.

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A rizicultura (cultivo do arroz) foi uma das principais atividades econômicas do Japão até meados do século XIX. Esse cereal é considerado o alimento mais importante dos japoneses, e o governo do país destina altos subsídios para o seu cultivo, pois o arroz faz parte da história e da cultura nacional, estando associado às comemorações tradicionais do país.

Além da rizicultura, no Japão também há o cultivo de beterraba açucareira, hortaliças, legumes e frutas, no entanto, a produção desses gêneros alimentícios é insuficiente para abastecer o mercado interno.

Todo esse processo faz com que os preços dos alimentos no Japão fiquem elevados. Para se ter uma ideia, até mesmo o arroz, que é produzido no país e recebe benefícios governamentais para o seu cultivo, possui valores bem superiores ao do mercado internacional. Essa regra também é aplicada para os outros alimentos importados pelo país.
 

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Gradudado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Japão - Brasil Escola

O Japão é a terceira maior economia do mundo, ficando atrás da China, em segundo lugar, e dos Estados Unidos, em primeiro.

Nas décadas de 80 e 90, contudo, o Japão ocupava o posto de segunda nação mais rica do mundo, tendo os EUA em primeiro lugar.

Entre os principais fatores que justificam o desempenho econômico japonês em relação às demais nações asiáticas e mesmo ao restante dos países do mundo, estão as imposições norte-americanas após a Segunda Guerra Mundial.

Derrotado, o Japão assinou a rendição em 1945 e permaneceu sob o domínio norte-americano até 1952, quando recuperou a autonomia.

Pós-Guerra

No comando, os Estados Unidos aplicaram medidas para transformar a economia, a cultura e a política japonesas. Com a realização da reforma agrária, o país deixou para trás o passado feudal. O Exército foi desfeito e transformado em força de autodefesa, cuja interferência externa estava proibida pela Constituição.

A Constituição também transformou o Japão em um estado laico. Antes disso, a religião oficial eram o xintoísmo, em que o próprio imperador era considerado um deus. Em decorrência desse fato, o imperador Hiroíto, que governou entre 1929 e 1989, renunciou à sua divindade e atuou diretamente na reforma política, cultural e econômica do Japão.

Sendo colaborador dos EUA, o governo japonês recebeu empréstimos dos e modernizou a indústria, fornecendo equipamento bélicos para os norte-americanos, que atuavam no sufocamento da atividade comunista na Ásia.

Guerra da Coreia

Foi a indústria japonesa uma das principais responsáveis pelo fornecimento de armas para os EUA durante a Guerra da Coreia, que ocorreu entre 1950 e 1953, e a do Vietnã, entre 1960 e 1975.

O desempenho econômico japonês foi influenciado também pela mão-de-obra barata, o aumento de investimentos na pesquisa tecnológica e, ainda, na educação em massa. No período de 1947 a 1970, o Japão cresceu proporcionalmente, mais que qualquer nação do mundo.

A economia japonesa cresceu 9,7% entre 1947 e 1950, enquanto os Estados Unidos, evoluíram 2,4% no mesmo período, e o Reino Unido 1,5%. No período compreendido entre 1966 e 1970, o Japão cresceu 14,6%, mais que o dobro da França, com 6%, e muito acima dos Estados Unidos (3,1%%), Reino Unido (2,6%) e Alemanha (5,2%).

A indústria japonesa já era bastante diversificada em 1880, com a atuação de fábricas de produtos têxteis, sobretudo algodão e seda. A partir de 1901, começam a aparecer a siderurgia, a metalurgia, a química e a mecânica.

Tecnologia Japonesa

É a indústria tecnológica, contudo, o principal indutor do crescimento na era moderna. O Japão está na ponta da pesquisa da robótica, da nanotecnologia, eletrônica e informática. Embora com escassa matéria prima, sendo dependente de exportação, a transformação dos produtos pelo suporte tecnológico garantiu ao Japão destacado crescimento econômico.

Em resumo, o Japão importa produtos primários e exporta tecnologia. Essa tendência só foi freada nos anos 90, quando o país enfrentou uma das piores crises econômicas da história e decorrência da especulação financeira no setor de imóveis. Esse fenômeno é denominado bolha imobiliária.

Leia também: Japão, Cultura Japonesa.

Quais fatores têm dificultado a economia japonesa?

Sabe-se que os fatores naturais do país são um empecilho para o seu desenvolvimento econômico. Boa parte de seu território é formada por cadeias de montanhas e relevo bastante acidentado, o que prejudica a moradia e a agricultura. Com isso, o país importa grande parte da matéria-prima que necessita para a produção.

Porque a economia do Japão não cresce?

O Japãonão possui mais horizonte de alto crescimento. O fato de ser a população mais velha do mundo (que pressiona os gastos com políticas sociais e reduz a força de trabalho) gera efeitos deflacionários difíceis de serem superados. A prova disso foi que a economia pouco reagiu aos estímulos fiscais.

Quais são os fatores que explicam o alto crescimento da economia japonesa?

Devido aos altos salários pagos pelas empresas, essa sociedade possui um elevado poder de consumo, contribuindo com o desenvolvimento do mercado interno. Existe um alto índice de exportação no país, principalmente dos produtos industrializados.

O que aconteceu com a economia do Japão?

A retomada no Japão, como em muitas outras economias, tem sido prejudicado pela guerra da Ucrânia e pelo aumento dos preços das commodities, mesmo que a alta do consumo tenha sustentado o crescimento entre abril e junho. "O consumo e os gastos de capital continuarão a impulsionar o crescimento em julho-setembro.