Que tipo de dor sente um paciente com câncer no esôfago?

Na maioria dos casos, o câncer do esôfago é diagnosticado em função dos sintomas. A questão, explica o gastroenterologista e endoscopista Roberto Barreto, é que a maioria dos tipos de cânceres de esôfago não causam sintomas até que tenham atingido um estágio avançado.

“Daí a importância de manter uma vida saudável e check-up anual em busca da prevenção”, ressalta o especialista, fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso.

Dr. Roberto Barreto explica que o câncer de esôfago é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem os tecidos desse importante órgão do sistema digestivo, responsável pela condução dos alimentos e líquidos da garganta até o estômago.

“O sintoma mais comum de câncer de esôfago é o problema da deglutição, a sensação de que a comida está presa na garganta, denominada disfagia. A disfagia é geralmente um sintoma causado por um câncer já de tamanho considerável”, detalha.

Quando a deglutição se torna difícil, as pessoas costumam mudar a dieta e os hábitos alimentares sem perceber, passam a comer pequenas porções e a mastigar os alimentos lentamente, com mais cuidado e por mais tempo.

Que tipo de dor sente um paciente com câncer no esôfago?

O sintoma mais comum de câncer de esôfago é a sensação de que a comida está presa na garganta, denominada disfagia

“As pessoas tendem a comer alimentos mais macios, evitando pão e carne. O problema da deglutição pode piorar a ponto de algumas pessoas trocarem os alimentos sólidos por uma dieta líquida”, pontua.

Outro sintoma é a dor no peito ou desconforto na parte central do tórax. Cerca da metade dos pacientes com câncer de esôfago perde peso sem fazer qualquer dieta alimentar. Também podem surgir rouquidão, tosse persistente, vômitos, soluços, dor óssea e hemorragia.

Ter um ou mais destes sintomas não significa que a pessoa tenha câncer de esôfago. “Ainda assim, se você tiver algum destes sintomas, principalmente dificuldade para engolir, é importante que seja acompanhado por um especialista para que a causa possa ser diagnosticada e tratada”, orienta.

Dr. Roberto Barreto é um dos diretores da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, de Várzea Grande, onde também atende; é responsável técnico do Centro de Endoscopia de Cuiabá (CEC) e integra a equipe multidisciplinar do Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA).

Estatística

No Brasil, é o 6º tipo mais frequente de tumor entre os homens e o 15º entre as mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Incidindo cerca de duas vezes mais nos indivíduos do sexo masculino, ele afeta particularmente pessoas na faixa etária dos 55 aos 85 anos. A idade média de diagnóstico é 68 anos.

Prevenção

Que tipo de dor sente um paciente com câncer no esôfago?

O tabaco é extremamente nocivo para a saúde e é um dos principais fatores de risco para o câncer de esôfago

Algumas medidas simples ajudam a prevenir o câncer de esôfago, entre elas não fumar, moderar o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso sob controle, adotar uma dieta saudável e tratar o refluxo gastroesofágico.

Também é importante ficar atento aos sintomas e procurar um especialista caso observá-los. A detecção precoce do câncer do esôfago aumenta as chances de cura. Quanto mais cedo, melhor, porque essa doença tende a apresentar rapidamente metástase para os gânglios linfáticos.

O câncer de esôfago é um tipo grave de câncer, mais comum de acontecer em pessoas acima dos 50 anos, que acontece devido a alterações das células do esôfago, que passam a se tornar malignas, resultando no aparecimento de alguns sinais e sintomas como dificuldade para engolir, aparecimento de um nódulo na parte superior do estômago e fezes escuras, sendo mais comuns de surgirem na fase mais avançada da doença.

Por isso, no caso da pessoa apresentar qualquer sinal ou sintoma relacionado ao câncer no esôfago e possuir algum dos fatores de risco associados à doença, é recomendado que consulte o gastroenterologista para que seja feito o diagnóstico e o tratamento possa ser estabelecido, sendo na maioria das vezes recomendada a realização de cirurgia para remover uma porção do esôfago, além de quimio e radioterapia para eliminar as células cancerosas que podem não ter sido eliminadas durante a cirurgia.

Principais sintomas

Normalmente, o câncer de esôfago não causa qualquer sinal ou sintoma, no entanto à medida que a doença evolui, podem começar a ser notados os sintomas característicos, sendo os principais.

  • Dificuldade e dor para engolir, inicialmente alimentos sólidos e depois líquidos;
  • Rouquidão e tosse constante;
  • Perda de apetite e de peso;
  • Cansaço ao realizar exercícios simples, como arrumar a cama ou subir escadas;
  • Sensação de estômago cheio;
  • Vômitos com sangue e náuseas;
  • Fezes escuras, pastosas e com cheiro forte ou com sangue;
  • Desconforto abdominal que não passa;
  • Nódulo no estômago, que é possível palpar;
  • Ínguas inchadas no lado esquerda do pescoço;
  • Nódulos ao redor do umbigo.

Assim, na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de câncer de esôfago, é importante que o gastroenterologista ou clínico geral seja consultado para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de esôfago é feito através da endoscopia, que é um exame de imagem que tem como objetivo visualizar o interior do esôfago e do estômago e, assim, verificar se há qualquer sinal de alteração.

Caso seja verificado durante o exame a presença de algum nódulo ou qualquer outra alteração, é recomendada a realização de biópsia de uma amostra do tecido do esôfago para verificar as características das células, além de também ser indicada a realização de raio-X do esôfago, principalmente se a pessoa apresentar dificuldade para engolir.

Durante o exame endoscópico, é possível também que o médico verifique qual o estágio da doença de acordo com as características observadas:

  • Estágio I - Tumor na parede do esôfago com cerca de 3 a 5 mm e sem metástases, com maiores chances de cura;
  • Estágio II - Aumento da parede do esôfago com mais de 5 mm e sem metástases com algumas chances de cura;
  • Estágio III - Espessamento da parede esofágica que afeta o tecido em redor do esôfago com poucas chances de cura;
  • Estádio IV - Presença de metástases pelo organismo, com muito poucas chances de cura.

Além disso, o médico poderá indicar a realização de exames complementares, como hemograma e exame de fezes, que também ajudam a avaliar a gravidade do câncer.

Causas do câncer de esôfago

O desenvolvimento do câncer de esôfago pode ser favorecido por alguns fatores, como por exemplo:

  • Consumo exagerado de bebidas alcoólicas e de cigarro;
  • Ingestão de bebidas quentes acima de 65º C como café, chá ou chimarrão, por exemplo;
  • Ingestão de substâncias alcalinas, como cloro utilizado para limpeza que leva ao estreitamento do esôfago;
  • ​Antecedentes de câncer de cabeça ou pescoço.

Além disso, este tipo de câncer é mais comum em pacientes com doenças como gastrite, refluxo gastroesofágico ou síndrome de Plummer-Vinson, acalásia ou esôfago de Barrett por exemplo, sendo que normalmente a irritação do esôfago ocorre devido ao refluxo do suco do estômago ou de bile.

Tipos de câncer de esôfago

De acordo com a localização das células atingidas, o câncer de esôfago pode ser classificado em dois tipos principais:

  • Carcinoma epidermoide, que é o tipo mais frequente de câncer no esôfago e que acomete a parte superior do esôfago e, por isso, é mais comum de acontecer em fumantes e/ou alcoólatras;
  • Adenocarcinoma, que na maioria das vezes surge na porção que junta o esôfago ao estômago e é mais frequente em pessoas com refluxo gástrico crônico, esôfago de Barrett e quando a pessoa encontra-se acima do peso.

De acordo com o tipo de câncer de esôfago, o médico pode indicar o tratamento mais adequado para aliviar os sintomas e prevenir a progressão da doença.

Como é feito o tratamento

O tratamento para câncer de esôfago leva em consideração a localização do tumor e estágio da doença, além da história clínica da pessoa, idade e sintomas apresentados. Dessa forma, o tratamento para esse tipo de câncer indicado pelo oncologista e gastroenterologista pode incluir:

  • Cirurgia para remoção do esôfago: remove-se a porção que tem o tumor e o restante é unido ao estômago. No entanto, quando o esôfago tem de ser retirado totalmente é necessária a colocação de uma prótese artificial de esôfago ou remover uma porção do intestino para substituir o esôfago, por exemplo;
  • Radioterapia: é feito para impedir o crescimento das células tumorais no esôfago;
  • Quimioterapia: através de injeções na veia ou no músculo e em alguns casos através de comprimidos para também promover a eliminação de células cancerígenas que podem estar ainda presentes..

Na maioria dos casos estes tratamentos não curam totalmente o câncer, apenas ajudam a reduzir os sintomas de câncer e prolongar a vida do paciente.

Alimentação para câncer no esôfago

No caso de câncer de esôfago pode ser necessário fazer algumas alterações na alimentação, devido à dificuldade para engolir e aos efeitos colaterais dos tratamentos, principalmente da quimioterapia que causa náuseas e desconforto abdominal.

Desta forma, pode ser necessário preparar alimentos pastosos, como mingau e sopa batida no liquidificador ou adicionar espessante aos alimentos líquidos. Além disso, pode ser necessário receber nutrientes diretamente pela veia ou usar sonda nasogástrica, que é um tubinho que vai do nariz até ao estômago, para ajudar a receber os alimentos adequados. Confira algumas opções alimentares para quando não se pode mastigar.

Como é a dor do câncer de esôfago?

A doença não apresenta sintomas em sua fase inicial. Conforme o quadro avança, no entanto, os sinais mais comuns são dificuldade ou dor ao engolir, dor no osso do meio do peito, dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda de apetite.

Como é a dor no esôfago?

Principais sintomas: são, principalmente, dificuldade para deglutir e dor no tórax, que podem acontecer durante o sono, piorar após as refeições, e serem acompanhadas de queimação, refluxo e dificuldade para engolir. Em alguns casos, a dor pode ser tão intensa que pode simular um infarto agudo do miocárdio.

Quando o câncer começa a doer?

A maior parte dos casos de dor ocorre quando um tumor pressiona os ossos, nervos e órgãos do corpo. Pacientes com doença avançada são mais propensos a sentirem dor. Compressão da medula espinhal. Quando um tumor invade a coluna vertebral, pode pressionar a medula espinhal.

Como é a dor de quem tem câncer?

Como é a dor do câncer? O Dr. Murta explica que ela é classificada seguindo uma escala numérica verbal: dor leve (1-3), moderada (4-6) ou intensa (7-10). Além disso, ela pode ser aguda ou crônica (mais de três meses) e se manifestar na forma de choque, queimação, frio doloroso, coceira, dormência ou pulsante.