Apos tomar vacina covid pode beber

A Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) declarou que ainda não há estudos específicos que relacionem os efeitos do consumo de bebidas alcóolicas com a vacinação do coronavírus. Porém, de acordo com outras pesquisas imunológicas sobre os impactos do álcool no organismo, é possível relacionar e entender os impactos do álcool no organismo.

De acordo com a SBIm, nenhuma vacina, incluindo todas para prevenir o coronavírus, têm contraindicação para o consumo de bebidas alcoólicas ou exige alguma precaução. Os pesquisadores explicam que pode haver um aumento de efeitos colaterais após a vacina se houver o consumo de bebidas alcoólicas antes ou depois da vacinação. No caso dos bebedores assíduos, a orientação do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) é que tentem parar ou pelo menos diminuir o consumo durante o processo de imunização.

Existe alguma restrição à ingestão de bebida alcoólica antes ou após tomar a vacina Covid-19?

  • Imprimir
  • Email

Detalhes Publicado: 25/08/2021 Atualizado em: 01/11/2021

Não. O consumo moderado de bebidas alcoólicas não interfere na resposta gerada por nenhuma vacina e não aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinais. Por outro lado, a ingestão excessiva ou o uso crônico e abusivo podem enfraquecer o organismo como um todo, incluindo o sistema imunológico, o que facilita infecções.

VacinAção pela Vida - Covid-19. Assista aos vídeos.

Mesmo depois de um ano do início da vacinação contra a COVID-19 no Brasil ainda há dúvidas sobre os efeitos do consumo de álcool na efetividade da imunização. Algo compreensível, tendo em vista as fake news criadas sobre o assunto e que volta e meia são compartilhadas nas redes sociais. Por isso é importante consultar fontes confiáveis, embasadas cientificamente, para se informar.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), o consumo moderado de bebidas alcoólicas não interfere na resposta imunológica gerada por nenhuma vacina (inclusive contra a COVID-19) e não aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinais. A Fiocruz, responsável pela vacina da AstraZeneca no Brasil, também afirmou que não há, atualmente, evidências de que o consumo de álcool interfira na eficácia das vacinas contra a COVID-19.

Mas é preciso atenção: estamos falando de um consumo sem excessos, o que significa até uma dose por dia para mulheres e até duas doses por dia para homens*, sendo que uma dose de álcool corresponde a 350 mL de cerveja (uma lata), 150 mL de vinho (uma taça) ou 45 mL de destilado (um shot).

Ultrapassar esses limites pode comprometer a imunidade, o que não é interessante no período de imunização. Por exemplo, beber muito em uma única ocasião, conhecido como Beber Pesado Episódico (BPE), que equivale ao consumo de quatro ou mais doses para mulheres e de cinco ou mais doses para homens numa única ocasião, também pode diminuir a capacidade do corpo de evitar infecções em até 24 horas depois do consumo.

Outro alerta importante é para quem faz uso abusivo ou crônico da bebida. Pesquisas mostram que a resposta do sistema imune para as outras vacinas é menor em bebedores pesados, particularmente entre aqueles que possuem uma doença hepática. Entretanto, vale reforçar: a vacinação contra COVID-19 é benéfica mesmo para quem bebe pesado.

LEIA TAMBÉM: Álcool x COVID-19: ingerir bebidas diminui a imunização?

Portanto, a recomendação para as pessoas que bebem em excesso é de que busquem ajuda para pararem ou reduzirem seu uso de álcool enquanto o processo de imunização está ocorrendo. Não é possível indicar com exatidão quantos dias antes da vacinação uma pessoa deve parar de beber, mas, certamente, quanto antes melhor.

Lembre-se que a escolha pela moderação e por comportamentos responsáveis sempre é a melhor opção. Vacine-se e siga as medidas sanitárias para a prevenção da COVID-19: use máscara, mãos higienizadas, mantenha o distanciamento sempre que possível e evite aglomerações.

* Recomendação feita pela renomada instituição National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) de limite diário de consumo do álcool.

Especialistas explicam que o consumo de álcool não altera a eficácia da vacinação, mas em excesso pode afetar a imunidade, e a resposta vacinal está ligada à eficiência do sistema imunológico

"Posso beber depois de tomar a vacina?". Essa foi a pergunta mais buscada na internet em relação ao imunizante da Covid-19 em 2021. A dúvida, comum entre os brasileiros, permanece devido à aplicação das doses de reforço em todo o país. Além disso, muitas pessoas estão tomando a primeira ou a segunda dose do imunizante nestes primeiros meses do ano. Para nos ajudar a responder essa pergunta, o EU Atleta conversou com a médica Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e com o médico pneumologista Arthur Feltrin, atuante na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

+ O que acontece no corpo quando se para de beber álcool
+ Exercícios aumentam imunidade conferida pela vacina da Covid
+ 90 minutos de exercícios aeróbicos aumentam eficácia da vacina contra Covid

Bravo já adianta que ainda não há evidências científicas relacionadas ao álcool interferir ou não na resposta imunológica da vacinação da Covid-19. O ponto principal da questão, na verdade, é sobre a quantidade do consumo. Se ingerida de forma moderada, a bebida não chega a afetar de forma permanente as funções orgânicas e, consequentemente, não deve interferir no sistema imune. Mas o excesso de álcool afeta fígado, rins, cérebro e outros órgão, e nesse caso há impacto na imunidade. Ou seja, tomar um drink depois de se vacinar não afeta diretamente a eficácia da vacina, mas álcool em excesso pode interferir na resposta vacinal por baixar a imunidade. Vamos entender melhor? Abaixo, vamos responder às seguintes perguntas:

  • O álcool pode reduzir a eficácia da vacina?
  • O álcool pode piorar as reações à vacina?
  • Qual a quantidade segura de álcool que pode ser consumida após a vacinação?
  • Qual o efeito do álcool no sistema imunológico?
  • Posso beber e fazer exercício físico depois de tomar a vacina da Covid-19?
O álcool pode reduzir a eficácia da vacina?

Com o aumento das buscas em relação ao consumo de álcool após se vacinar, a Fundação Oswaldo Cruz (fabricante da AstraZeneca) emitiu um vídeo da pesquisadora e médica Margareth Dalcomo explicando que a bebida alcoólica não tira a ação da vacina. Para a pesquisadora, a questão é mais de bom senso do que biológica, uma vez que o ideal é observar como seu corpo reagirá ao imunizante sem ingerir substâncias que podem mascarar tal efeito.

A médica Flávia Bravo alerta para o efeito do álcool em pessoas que costumam beber em grandes quantidades cronicamente.

— Não existe nenhuma evidência para não beber depois da vacina, mas é claro que beber exageradamente não é bom para ninguém, pois a ingestão excessiva de álcool tem efeito no organismo como um todo, prejudicando os sistemas orgânicos, inclusive, no que diz respeito à resposta imune. Então, a gente observa certas infecções com mais facilidade em alcoólatras crônicos, ou seja, o álcool, na verdade, interfere na função do fígado, renal e outras funções orgânicas — pontua a médica.

Segundo o médico pneumologista Arthur Feltrin, a relação do consumo de álcool e vacinação tem sido muito discutida no meio médico acadêmico nos últimos meses. Um dos motivos que contribuem com a dúvida dos brasileiros se dá pelo fato de que as bulas das vacinas disponíveis no Brasil (AstraZeneca, CoronaVac, Janssen e Pfizer) não trouxeram uma especificação sobre o consumo do álcool. De acordo com Feltrin, a falta de indicações e contraindicações nas bulas dos imunizantes ocorre porque os estudos sobre os efeitos da interação da vacina com o álcool são recentes e muitos ainda não têm revisão por pares. As orientações sobre evitar o consumo de bebidas alcoólicas levam em conta a baixa resposta imunológica que elas causam no organismo, não diretamente na eficácia da vacina.

— Em geral, nada em excesso faz bem para a saúde e, claro, isso inclui o consumo de bebidas alcoólicas, já que elas podem reduzir a produção de anticorpos e diminuem as funções hepáticas, sobrecarregando o trato gastrointestinal, onde as células imunes encontram-se em maior concentração. O recomendado é esperar de três a cinco dias após a aplicação da vacina para ingerir bebida alcóolica para que não haja uma baixa na resposta imunológica do organismo— explica o médico.

+ Álcool: beber antes de dormir ajuda ou atrapalha o sono?

O álcool pode piorar as reações à vacina?
Segundo Bravo, também não existe nenhuma evidência que associe o álcool à piora das reações da vacina.

— Beber em grandes quantidades pode provocar a famosa ressaca, que pode se confundir com eventos adversos. Dessa forma, se uma pessoa toma a vacina, bebe exageradamente e acorda no dia seguinte com dor no corpo, dor de cabeça ou náusea, confunde quais sintomas são decorrentes da ingestão excessiva de álcool ou da reação vacinal. Ao mesmo tempo que não aumenta o risco de reação, a bebida pode mascarar à reação pós vacinação — informa a médica.

Já Feltrin pontua que o consumo de álcool apresenta um efeito imunossupressor, ou seja, quando consumido em excesso reduz a atividade ou eficiência do sistema imunológico (responsável por gerar defesas contra vírus e infecções). Nesse sentido, o consumo de bebidas alcoólicas poderia piorar as reações à vacina.

Qual a quantidade segura de álcool que pode ser consumida após a vacinação?

Para a diretora da SBIm, o consumo de álcool é uma questão de bom senso. Beber em excesso nunca é bom. O álcool em quantidades moderadas não vai interferir em nenhuma função orgânica ou vai afetar a vacinação. Nesse caso, o organismo é capaz de se recuperar de qualquer alteração.

Mas afinal, o que é beber de forma moderada? Vale ressaltar que, no Brasil, não há evidências relacionadas à quantidade "normal" de ingestão de álcool. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma dose padrão de bebida alcoólica possui 10 gramas de etanol puro. A organização indica que homens não tomem mais de duas doses por dia, enquanto mulheres devem limitar o consumo em uma dose diária. Para elucidar essa quantidade, uma lata de cerveja de 300 ml possui cerca de 12 gramas de etanol. Sendo assim, o consumo recomendado é, em média, duas latas de cerveja por dia para homens e uma lata para mulheres. Vale também para o vinho, por exemplo: no máximo duas taças para homem e uma para mulher. Além disso, a OMS recomenda não beber ao menos dois dias da semana.

— É claro que ocorre alteração fisiológica. O álcool é diurético, age nas células do cérebro, mas isso é recuperado se você não exagerar no consumo. Eu acho que a ideia principal é dizer que a resposta vacinal depende do status do seu sistema imune. Sendo assim, uma pessoa saudável, que tem um organismo bem cuidado, faz exercícios e se alimenta bem, possui um sistema imune mais eficaz e mais eficiente — analisa Flávia Bravo.

Arthur Feltrin ainda indica para a população conversar frequentemente com o seu médico. Segundo ele, o álcool é uma droga lícita altamente viciante e que pode afetar negativamente a sua rotina e bem-estar. Um profissional especialista, além de avaliar a saúde dos seus órgãos e orientar sobre os efeitos das bebidas no sistema imune, poderá ajudar na melhora da qualidade de vida pós-vacina e pós-covid.

Qual o efeito do álcool no sistema imunológico?

O álcool em exagero prejudica todo o organismo, inclusive as funções cerebrais e dos nossos neurônios, aumentando o risco de infartos, diabetes, câncer e doenças hepáticas, entre outros. Segundo Bravo, quantidades excessivas de álcool nunca devem ser consumidas.

— O excesso de qualquer coisa pode prejudicar o organismo como um todo e, consequentemente, as funções do sistema imune e dos órgãos que participam da defesa do organismo — explica Flávia Bravo

Posso beber e fazer exercício físico depois de tomar a vacina da Covid-19?

Não existe uma contraindicação para realizar exercícios após tomar uma dose do imunizante. Ao contrário, estudos revelam que a prática regular de exercícios físicos está associada ao aumento da resposta imunológica à vacina.

— Mas, atenção, não é recomendado beber antes de se exercitar. Essa orientação é válida independente da aplicação da dose do imunizante ou não. Afinal, o consumo de bebidas alcoólicas pode impactar na concentração e equilíbrio essenciais para a boa prática dos exercícios — explica o médico Arthur Feltrin.

+ Se beber, não malhe: álcool tem impacto negativo sobre desempenho esportivo

Fontes:
Arthur Feltrin é médico pneumologista e especialista em longevidade saudável. Trabalha na UTI na linha de frente no combate à Covid-19.
Flávia Bravo é médica pediatra diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Fonte: (Por Marcela Franco, para o EU Atleta)

Quanto tempo depois de tomar injeção pode beber?

A resposta é sim. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), não há contraindicação de bebidas alcóolicas, e a ingestão não interfere na vacina. A dúvida é justificada. Muitos medicamentos interagem com o álcool e provocam efeitos indesejados, além de poder prejudicar seu efeito.

Quais são os sintomas da vacina da Pfizer?

As reações mais comuns após a aplicação da vacina da Pfizer são dor de cabeça, fadiga e febre, além de dor no local da aplicação. Também, é possível ainda sentir desconforto estomacal, entre outros sintomas.

Quando a pessoa não pode tomar a vacina do Covid?

As pessoas que tenham história de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina não a devem tomar. A vacina apenas foi testada em crianças com mais de 16 anos de idade. Por conseguinte, neste momento, a OMS não recomenda a vacinação a crianças menores de 16 anos, ainda que pertençam a um grupo de alto risco.

Pode beber depois de tomar vacina contra raiva?

Eu tomei vacina anti-rábica quarta feira hoje é sábado posso tomar cerveja? Pode, não há contraindicação formal para esta combinação.