O serviço de supervisão escolar participa de várias ações na escola como

Você sabe o que um supervisor escolar faz? Bom, o papel desse profissional vem se modificando cada vez mais e já deixou de ser o de um fiscalizador. Com a crescente evolução, os avanços nos sistemas de ensino e as mudanças sociais e políticas ocorridas no Brasil, geraram diversas alterações no setor pedagógico que o supervisor precisa estar atento.

Hoje nossas crianças aprendem muito mais conhecimentos teóricos do que práticos dentro das escolas. Nossos pequenos interagem com outras pessoas, se deparam com culturas diferentes e precisam aprender a lidar com várias questões no dia a dia que não envolvem só a compreensão de português e matemática.

E um supervisor escolar deve acompanhar toda a movimentação que acontece na escola, além disso, é preciso saber criar estratégias para que os alunos possam se desenvolver dentro e fora da instituição, não apenas como futuros profissionais, mas também como cidadãos.

Qual a função de um supervisor escolar?

Sua função é garantir que o processo de ensino-aprendizagem esteja de acordo com o oque foi traçado dentro do planejamento escolar. Antigamente, ele tinha uma função mais hierarquizada perante os professores, já que era visto como um fiscalizador.

Mas este conceito mudou bastante e, atualmente, o supervisor escolar precisa atuar em conjunto com a equipe, não só acompanhando o passo a passo do processo de ensino, com também promovendo mudanças. Sendo assim, sua função é acompanhar, apoiar e dar suporte pedagógico baseado na organização coletiva do trabalho escolar.

E qual seu papel dentro da escola?

O supervisor precisa garantir que todo o professor educativo dentro da escola funcione e dê resultados. Para isso, ele também precisa direcionar a formação dos professores para que ela corresponda  aos padrões exigidos pela escola a fim de alcançar o objetivo almejado.

Como dito anteriormente, o papel do supervisor era visto como o de um fiscalizador das ações dos docentes. Ele tinha o papel de conferir a lista de chamadas, participar dos conselhos de classe e se algum aluno era reprovado, então, era necessário pontuar o erro e entender porque isso ocorreu.

Porém, o que vemos hoje é que esse profissional vem se modificando e se aprimorando. Hoje, um bom supervisor escolar precisa participar ativamente de todo o processo e não somente apontar o erro, esperando que tudo melhore sem uma intervenção em grupo.

E quais as novas tendências pedagógicas?

As escolas já perceberam que olhar os jovens como simples alunos é um erro. Eles são pessoas que enfrentam problemas, que possuem familiares e exercem outras atividades fora da escola. Sendo assim é preciso ampliar o olhar e o supervisor escolar e sua equipe precisam estar preparados para lidar com pessoas complexas e situações adversas.

Por conta desses inúmeros fatores é imprescindível que a escola e sua equipe estejam em sintonia, para fornecer uma ótima infraestrutura para possibilitar a criação de novas soluções para corrigir evasões, indisciplinas e tentar melhorar o que já está bom.

Ter um playground infantil, por exemplo, pode ajudar muito no desenvolvimento de seus alunos, além disso, se torna um grande diferencial para sua escola.

Em resumo, o supervisor escolar precisa estar cada vez mais longe de um cargo inalcançável e mais próximo da equipe. É preciso ver a escola e as pessoas que ali estão na totalidade e tentar encontrar a melhor solução para cada problema.

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o papel do supervisor escolar, que tal saber quais são os elementos indispensáveis para uma escola particular?

O serviço de supervisão escolar participa de várias ações na escola como

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1. Introdução

A história da educação brasileira aponta as várias tentativas de resolução dos problemas recorrentes ao longo de sua existência. Foram várias as teorias criadas e uma gama de mecanismos que prometiam – e prometem – promover o encontro do ensino com a aprendizagem, do processo pedagógico com o sucesso.

Dentre os mecanismos encontrados pelos pensadores da educação – pessoas engajadas na busca por melhor qualidade do ensino – está a supervisão escolar. A palavra supervisão é etimologicamente explicada da seguinte maneira: super (sobre) + visão (ação de ver), ou seja, ação de ver sobre, visão sobre, visão abrangente. A supervisão está relacionada à visão panorâmica de alguma coisa que, no nosso caso, são as ações promovidas no contexto educacional.

Nesse contexto, supervisor é o profissional que pratica a supervisão. A sua função é ficar sempre atento a todos os acontecimentos da escola, seja no âmbito pedagógico ou administrativo.

2. Um pouco de história

Segundo informa Giancaterino (apud Lagar et al., 2013, p. 44) A supervisão no Brasil surgiu a partir da Reforma Francisco Campos, com o Decreto 18.890 de 1931. Ainda no século XIX, com o PA-AEE (Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Fundamental) foram formados os primeiros supervisores, com vista na sua atuação no ensino primário, conhecido por “elementar”. A finalidade desta atuação, segundo o que se pregava, era a modernização do ensino e o preparo do professor leigo. A formação ofertada aos supervisores pioneiros dava ênfase aos métodos e técnicas de ensino, “sendo a supervisão a ação necessária ao controle do trabalho docente”. (Lagar et al., 2013, p. 45)

Para Medeiros (apud Lagar et al., 2013, p. 45):

A supervisão escolar passa a incorporar tanto em sua concepção como na prática os pressupostos e a linguagem das teorias de administração de empresas, configurando-se como um serviço técnico independente de qualquer opção política e ideológica, ou seja, um serviço neutro.

Em análise do contexto acima, o que se conclui é que “a aparente neutralidade escondia as forças que buscavam enfraquecer a participação social. O papel do supervisor concentrava-se nos aspectos tecnoburocráticos educacionais”. (Lagar et al., 2013, p. 45)

O supervisor, de acordo com essa visão tecnicista, desempenhava o papel de controlar a execução das tarefas, respectivamente ligadas aos devidos profissionais competentes. Havia a separação entre aqueles que criavam e os que executavam e, apesar de ser pregada uma formação de supervisores voltados às práticas pedagógicas, eles na verdade voltavam-se exclusivamente às questões burocráticas, deixando de lado o que se referia ao processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com Rangel (apud Lagar et al., 2013 p. 45), o supervisor era “considerado o instrumento de execução das políticas centralmente decididas e, simultaneamente, o verificador de que essas mesmas políticas eram seguidas”.

2.1. A supervisão na atualidade

Atualmente, a concepção de supervisor e de supervisão escolar é revestida por profundas mudanças. Se antes o supervisor tinha uma função completamente técnica e burocrática, hoje ele é ligado fundamentalmente ao trabalho docente, orientando, coordenando, sendo parceiro no processo de ensino-aprendizagem. Porém, mesmo essa sendo a atual concepção de supervisão, ainda se ver frequentemente, na prática, atuações impregnadas de influências pretéritas.

Na ótica de Rangel (apud Lagar et al., 2013, p. 45):

O supervisor não é um técnico encarregado da eficiência do trabalho e, muito menos, um controlador de produção; sua função e seu papel assumem uma posição social e politicamente maior, de líder, de coordenador, que estimula o grupo à compreensão – contextualizada e crítica – de suas ações e, também, de seus direitos.

Nesse sentido, o supervisor transcende a função meramente de inspeção e passa a coordenar o trabalho pedagógico. Nesse novo cenário ele torna-se um parceiro do docente, com vistas na conclusão de uma aprendizagem real, significativa. Isso significa que essa é a atual prática dos supervisores nas escolas? Receio que não, pelo menos na grande maioria. O grande problema da educação brasileira é esse distanciamento entre teoria e prática. Enquanto os costumes insistirem em arquivar as teorias revolucionárias e fazer prevalecer as práticas defasadas, continuaremos rumando ao insucesso.

Em relação ao atual papel de líder que o profissional da supervisão assume, é bom que se compreenda essa liderança como sendo a capacidade de ouvir e ser ouvido, de conduzir os trabalhos de acordo com o diálogo, com as competências necessárias. Essa é uma liderança que se confunde com a parceria. Em dias atuais, não devemos relacionar a postura do líder com ações ou imposições meramente autoritárias escondidas na definição de hierarquia. A educação não funciona por imposições, mas sim por parceiras e compartilhamentos.

3. Considerações finais

A supervisão escolar, necessário ao bom andamento das ações da educação, deve ser praticada com cuidado e conhecimento de causa. É importante uma formação complementar para o educador que resolver assumir o compromisso de supervisionar os trabalhos escolares. Na atualidade, o supervisor deverá ser um profissional consciente de seu papel de mediador do trabalho docente, de facilitador das ações pedagógicas, de orientador de práticas condizentes com o cenário onde se foca o seu trabalho. A supervisão perpassa a função burocrática e prioriza as ações pedagógicas.

Num cenário de incertezas e incoerências nas práticas de ensino, o papel do supervisor escolar é de fundamental importância para a construção de um novo paradigma de educação, que priorize os saberes prévios dos alunos e concilie as novas teorias da aprendizagem com as práticas necessárias para o sucesso do ensino que, como consequência, conduzirá à aprendizagem.

Referência bibliográfica:
LAGAR, Fabiana; SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos Pedagógicos para Concursos Públicos. 3. ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/pedagogia/supervisao-escolar/

Qual é a função da supervisão na escola?

A supervisão passa de escolar, como é freqüentemente designada, a pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem.

São ações essenciais do supervisor escolar?

São ações essenciais do supervisor escolar: I – Desenvolvimento de ações que equilibrem o binômio autonomia/colaboração. II – Atuação pautada em princípios éticos. III – Atuar em sala de aula com o processo de ensino-aprendizagem. IV – Consideração e criação de estratégias para lidar com a diversidade.

Que atividades devem ser desenvolvidas pelo supervisor?

O supervisor precisa estar a par da performance de seu corpo docente. Cabe ao supervisor proporcionar treinamento constante para seus educadores, quer seja por conta de inovações que aparecem no campo pedagógico, quer seja no caso de algum professor estar enfrentando dificuldades ao ministrar suas aulas.

Qual é o foco do supervisor escolar?

O supervisor escolar tem como objeto de trabalho não só os professores e alunos, mas sim os pais de alunos também. Frente os resultados encontrados na escola o supervisor apresenta-se como um líder, pois ele coloca resultados, dinamiza encontro e orienta conceitos e práticas na escola.