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Elementos de Geometria Euclidiana Ariadine C.Ozan Material desta p�gina
1 Introdu��o � Geometria EuclidianaEste trabalho trata da Geometria Euclidiana, mas existem outros tipos de Geometria. A morte de Alexandre, o Grande, gerou v�rias disputas entre os generais do ex�rcito grego mas em \(306\) a.C., o controle da parte eg�pcia do imp�rio passou �s m�os de Ptolomeu I e uma de suas primeiras cria��es foi uma escola ou instituto conhecido como Museu, em Alexandria. Chamou um grupo de s�bios como professores, entre eles Euclides, o compilador de Os Elementos, que � o texto matem�tico de maior sucesso de todos os tempos. O grande organizador da geometria foi Euclides (\(300\) a.C.), cuja vida e at� mesmo o local de nascimento � algo d�bio. Ele � conhecido como Euclides de Alexandria, pois l� esteve para ensinar Matem�tica. 2 Ponto, Reta e PlanoPonto, Reta e Plano s�o no��es primitivas dentre na Geometria. Os conceitos geom�tricos s�o estabelecidos por meio de defini��es. As no��es primitivas s�o adotadas sem defini��o. Como podemos imaginar ou formar conceitos de ponto, reta e plano, ent�o ser�o aceitos sem defini��o. Podemos ilustrar com as seguintes ideias para entender alguns conceitos primitivos em Geometria:
Nota��es de Ponto, Reta e Plano: As representa��es de objetos geom�tricos podem ser realizadas por letras usadas em nosso cotidiano, da seguinte forma:
Nota: Por um �nico ponto passam infinitas retas. De um ponto de vista pr�tico, imagine o Polo Norte e todas as linhas meridianas (imagin�rias) da Terra passam por este ponto. Numa reta, bem como fora dela, existem infinitos pontos, mas dois pontos distintos determinam uma �nica reta. Em um plano e tamb�m fora dele, h� infinitos pontos. As express�es infinitos pontos ou infinitas retas, significam tantos pontos ou retas quantas voc� desejar. 3 Pontos Colineares e semirretasPontos colineares: s�o pontos que pertencem a uma mesma reta. Na figura da esquerda, os pontos \(A\), \(B\) e \(C\) s�o colineares, pois todos pertencem � mesma reta \(r\). Na figura da direita, os pontos \(R\), \(S\) e \(T\) n�o s�o colineares, pois \(T\) n�o pertence � reta \(s\). Semirretas: Um ponto \(O\) sobre uma reta \(s\), divide esta reta em duas semirretas. O ponto \(O\) � a origem comum �s duas semirretas que s�o denominadas semirretas opostas. O ponto \(A\) � a origem da semirreta que cont�m os pontos \(A\) e \(B\) e tamb�m � a origem da semirreta que cont�m os pontos \(A\) e \(C\), nas duas figuras saeguintes. A semirreta que cont�m os pontos \(A\) e \(B\) e a semirreta que cont�m os pontos \(A\) e \(C\) s�o semirretas opostas. A nota��o \(XY\) para uma semirreta significa uma semirreta que cont�m os pontos \(X\) e \(Y\). As semirretas \(AB\) e \(AC\) est�o na mesma reta, t�m a mesma origem e s�o infinitas em sentidos contr�rios, isto �, iniciam em um ponto e se prolongam infinitamente. 4 Segmentos consecutivos, colineares, congruentes e adjacentesDada uma reta \(s\) e dois pontos distintos \(A\) e \(B\) sobre esta reta, o conjunto de todos os pontos localizados entre \(A\) e \(B\), inclusive os pr�prios \(A\) e \(B\), recebe o nome de segmento de reta, neste caso, denotado por \(AB.\) �s vezes, � interessante trabalhar com segmentos que tem in�cio em um ponto denominado origem e terminam em outro ponto denominado extremidade. Os segmentos de reta s�o classificados como: consecutivos, colineares, congruentes e adjacentes. Segmentos Consecutivos: Dois segmentos de reta s�o consecutivos se, a extremidade de um deles � tamb�m extremidade do outro, ou seja, uma extremidade de um coincide com uma extremidade do outro.
Segmentos Colineares: Dois segmentos de reta s�o colineares se est�o numa mesma reta.
Sobre segmentos consecutivos e colineares, podemos ter algumas situa��es: Os segmentos \(AB\), \(BC\) e \(CD\) s�o consecutivos e colineares, mas os segmentos \(AB\) e \(CD\) n�o s�o consecutivos embora sejam colineares, mas os segmentos de reta \(EF\) e \(FG\) s�o consecutivos e n�o s�o colineares Segmentos Congruentes: s�o aqueles que t�m as mesmas medidas. No desenho seguinte \(AB\) e \(CD\) s�o congruentes. A congru�ncia entre os segmentos \(AB\) e \(CD\) � denotada por \(AB \cong CD\), que se l�: \(AB\) � congruente a \(CD\), onde \(\cong\) � o s�mbolo de congru�ncia. Segmentos Adjacentes: Dois segmentos consecutivos e colineares s�o adjacentes, se possuem em comum apenas uma extremidade e n�o t�m outros pontos em comum. \(MN\) e \(NP\) s�o adjacentes, tendo somente \(N\) em comum. \(MP\) e \(NP\) n�o s�o adjacentes, pois existem muitos pontos em comum. 5 Ponto M�dio de um segmento\(M\) � o ponto m�dio do segmento de reta \(AB\), se \(M\) divide o segmento \(AB\) em dois segmentos congruentes, ou seja, \(AM \cong MB\). O ponto m�dio � o ponto de equil�brio de um segmento de reta. Na sequ�ncia, vamos obter o ponto m�dio \(M\) de um segmento de reta \(AB\), usando com r�gua e compasso.
6 �ngulos Congruentes em um plano�ngulos congruentes: S�o �ngulos que possuem a mesma medida. No desenho seguinte, os �ngulos \(a\) e \(b\) s�o congruentes e os �ngulos \(c\) e \(d\) tamb�m s�o congruentes.
7 Posi��es relativas de duas retas em um planoCom rela��o �s posi��es relativas de duas retas no plano, existem pelo menos tr�s situa��es importantes, que s�o as retas paralelas, concorrentes e perpendiculares. As retas perpendiculares representam casos especiais de retas concorrentes. Na sequ�ncia, estudaremos cada uma dessas posi��es relativas.8 Retas paralelasDuas retas s�o paralelas se est�o em um mesmo plano e n�o possuem qualquer ponto em comum. Se as retas s�o coincidentes (a mesma reta) elas s�o paralelas. � usual a nota��o \(a//b\), para indicar que as retas \(a\) e \(b\) s�o paralelas. Propriedade da paralela: Por um ponto localizado fora de uma reta dada, pode ser tra�ada apenas uma reta paralela. Este fato � verdadeiro apenas na Geometria Euclidiana, que � a Geometria do nosso cotidiano. Constru��o de paralela com r�gua e compasso Dada uma reta \(r\) e um ponto \(C\) fora dessa reta, podemos construir uma reta paralela � reta dada que passa por \(C\). Este tipo de constru��o gerou muitas controv�rsias e culminou com outras defini��es de geometrias denominadas n�o Euclidianas, que mesmo sendo utilizadas na pr�tica, n�o se comportam da forma usual como um ser humano olha localmente para um objeto geom�trico.
9 Retas concorrentesDuas retas s�o concorrentes se possuem um �nico ponto em comum. Um exemplo de retas concorrentes pode ser obtido pelas linhas retas que representam ruas no mapa de uma cidade e a concorr�ncia ocorre no cruzamento das retas (ruas). 10 Retas perpendiculares�ngulo reto: Um �ngulo que mede 90 graus. Todos os �ngulos retos s�o congruentes. Este tipo de �ngulo � fundamental nas edifica��es. Retas perpendiculares: s�o retas concorrentes que formam �ngulos de 90 graus. Usamos a nota��o \(a \perp b\) para indicar que as retas \(a\) e \(b\) s�o perpendiculares. Propriedade da reta perpendicular: Por um ponto localizado fora de uma reta dada, pode ser tra�ada apenas uma reta perpendicular. Constru��o da perpendicular com r�gua e compasso (1) Dada uma reta e um ponto fora da reta, podemos construir uma outra reta perpendicular � primeira, da seguinte forma:
Constru��o da perpendicular com r�gua e compasso (2) Dada uma reta e um ponto P na reta, podemos obter uma reta perpendicular � reta dada, do seguinte modo:
11 Retas transversais e �ngulos especiaisUma Reta transversal a outras retas, � uma reta que tem interse��o com as outras retas em pontos diferentes. Na figura anterior, a reta \(t\) � transversal �s retas \(m\) e \(n\) e estas tr�s retas formam \(8\) �ngulos, sendo que os �ngulos \(3,4,5,6\) s�o �ngulos internos e os �ngulos \(1,2,7,8\) s�o �ngulos externos. Cada par destes �ngulos, recebe nomes de acordo com a localiza��o em rela��o � reta transversal e �s retas \(m\) e \(n\).
�ngulos alternos e colaterais ainda podem ser internos ou externos: \[\begin{array}{l|lll} \hline \text{alternos} & \text{internos} & (3,6)\;e\;(4,5) & \text{externos} & (1,8)\;e\;(2,7) \\ \hline \text{colaterais} & \text{internos} & (3,5)\;e\;(4,6) & \text{externos} & (1,7)\;e\;(2,8) \\ \hline \end{array}\] Propriedades das retas tranversais Se duas retas paralelas s�o cortadas por uma reta transversal (em cor vermelha), os �ngulos correspondentes s�o congruentes, isto �, t�m as mesmas medidas. Se duas retas paralelas s�o cortadas por uma reta transversal, os �ngulos alternos internos s�o congruentes. Na figura, o �ngulo \(3\) tamb�m � congruente aos �ngulos \(1\) e \(2\). Quando duas retas \(r\) e \(s\) s�o paralelas e uma reta transversal \(t\) � perpendicular a uma das paralelas, ent�o ela tamb�m ser� perpendicular � outra. �ngulos com lados paralelos: Sejam os �ngulos \(A\) e \(A'\) suplementares cujos lados s�o indicados pelas retas \(A_1\) e \(A_2\), e os �ngulos \(B\) e \(B'\) suplementares cujos lados s�o indicados pelas retas \(B_1\) e \(B_2\). Se a reta \(A_1\) � paralela � reta \(B_1\) e a reta \(A_2\) � paralela � reta \(B_2\), ent�o os �ngulos \(A\) e \(B\) s�o congruentes e os �ngulos \(A'\) e \(B'\) tamb�m s�o congruentes. Ainda temos uma outra informa��o que os �ngulos \(A\) e \(B'\) s�o suplementares, da mesma forma que os �ngulos \(A'\) e \(B\) s�o suplementares. Um �ngulo � obtido pela rota��o do outro em torno do seu v�rtice: CSeja a situa��o em que dois �ngulos \(A\) e \(B\) possuem lados paralelos, como no caso acima. Se a reta \(B_1\) for rodada de um �ngulo \(\theta=0\) em torno do v�rtice \(V_b\) para obter a reta \(R_1\) e a reta \(B_2\) for rodada de um �ngulo \(\theta\) em torno do v�rtice \(V_b\) para obter a reta \(R_2\), ocorre a forma��o de dois �ngulos suplementares \(R\) e \(R'\). Assim, os �ngulos \(A\) e \(R\) s�o congruentes e os �ngulos \(A'\) e \(R'\) tamb�m s�o congruentes. A outra informa��o � que os �ngulos \(A\) e \(R'\) s�o suplementares, da mesma forma que os �ngulos \(A'\) e \(R\) s�o suplementares. Um importante caso particular deste fato, � quando \(\theta=90\) graus , que ser� explicitado abaixo. �ngulos que possuem lados perpendiculares: Sejam os �ngulos \(A\) e \(A'\) suplementares cujos lados s�o indicados pelas retas \(A_1\) e \(A_2\) e, os �ngulos \(B\) e \(B'\) suplementares cujos lados s�o indicados pelas retas \(B_1\) e \(B_2\). Se a reta \(A_1\) � perpendicular � reta \(B_1\) e a reta \(A_2\) � perpendicular � reta \(B_2\), ent�o os �ngulos \(A\) e \(B\) s�o congruentes e os �ngulos \(A'\) e \(B'\) tamb�m s�o congruentes. Temos outra informa��o que os �ngulos \(A\) e \(B'\) s�o suplementares, da mesma forma que os �ngulos \(A'\) e \(B\) s�o suplementares. �ngulos de lados perpendiculares: s�o �ngulos cujos lados s�o perpendiculares e nesse caso, podem ser congruentes ou suplementares. 12 Alguns exerc�cios resolvidosNos exerc�cios abaixo, voc� deve obter as medidas dos �ngulos, a partir de cada figura anexada.
Qual é a relação existente entre as medidas dos ângulos internos ΘΘ é ΓΓ dessas?Resposta verificada por especialistas
Quando temos figuras que são completamente proporcionais pelos seus lados, através de uma escala de redução ou alargamento, os valores angulares internos permanecerão os mesmos, uma vez que se variarem os lados perderiam a proporcionalidade, para este caso é cumprido que: θ=γ.
Qual é a relação existente entre as medidas dos ângulos internos?A soma dos ângulos internos de um polígono é dada pela expressão: S = (n – 2 )*180º, onde n = número de lados. Para calcular o valor de cada ângulo é preciso dividir a soma dos ângulos internos pelo número de lados do polígono.
Qual é a relação entre as medidas dos lados entre os ângulos desse polígono?Em todo polígono, o número de lados é igual ao número de ângulos.
Como calcular as medidas dos ângulos internos de um triângulo?Construa sobre o ponto C uma reta paralela ao lado AB desse triângulo. Observe que os lados AC e BC podem ser encarados como retas transversais, que cortam as duas retas paralelas. Os ângulos x e y formados nessa construção são, respectivamente, alternos internos com os ângulos a e b. Assim, x = a e y = b.
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